A Amêndoa Amarga é Venenosa? Conheça a Resposta e Quais os Seus Usos?

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 09/09/24

Se ainda não adicionou a amêndoa amarga à sua alimentação diária, isso significa que está a perder um lanche extremamente saudável e delicioso, capaz de fornecer variados e surpreendentes benefícios para a sua saúde.

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Amêndoa Amarga Prunus Dulcis

O que é a amêndoa amarga?

A amêndoa amarga é a semente de algumas árvores pertencentes à espécie Prunus dulcis, especificamente aquelas que crescem no Médio Oriente e na Ásia.

Geralmente classificadas como nozes, estas sementes não são nozes verdadeiras, mas sim um tipo de caroço, em que a semente fica contida em uma casca externa e dura.

Embora existam vários tipos de amêndoas, a amêndoa amarga é uma das duas amêndoas mais comuns — ao lado das amêndoas doces.

Amêndoas amargas tendem a ser mais úteis em óleos de cozinha e em preparações culinárias, diferentemente das amêndoas doces, que costumam ser consumidas como petisco.

Curiosamente, a amêndoa amarga crua contêm algumas toxinas, que podem ser fatais (venenosas) para os seres humanos — mesmo em doses pequenas.

De acordo com a wikipédia, se você comer de 7 a 10 amêndoas amargas que ainda não foram processadas (aquecidas, cozidas, assadas, etc), estará a consumir ácido cianídrico de níveis tóxicos que podem ser fatais. Por essa razão, o consumo de amêndoa amarga crua é proibido em alguns países, incluindo os Estados Unidos.

Por outro lado, uma vez que a amêndoa amarga seja tratada, o ácido cianídrico é removido ou neutralizado, tornando estas seguras para o uso em aplicações culinárias.

Diferença entre amêndoas doces e amêndoas amargas

A maioria das pessoas está familiarizada com as amêndoas doces, pois elas podem ser encontradas na maioria das sobremesas e em sortidos de frutos secos.

As amêndoas doces são muito mais comuns uma vez que são produzidas apenas nas árvores que têm um gene recessivo — o único gene que produz o sabor amargo.

Assim tal como as amêndoas amargas, as doces costumam ser assadas ou cozidas, mas o preparo não é necessário para eliminar a toxicidade do cianeto. As amêndoas amargas podem ter 40 vezes mais ácido cianídrico do que as doces.

Em termos de formato, ambas são bastante semelhantes. Ambas tem uma casca marrom e um interior branco. No entanto, a amêndoa amarga tende a ser ligeiramente menor.

O sabor é a característica mais distintiva das duas, ao ponto de ser notado após provar uma única amêndoa. Devido ao excesso de gorduras insaturadas, a amêndoa amarga tende a ter uma vida mais curta do que as amêndoas doces.

Portanto, qualquer amêndoa amarga ou produto derivado destas, deve ser armazenado em recipientes hermeticamente fechados e protegidos da luz direta do sol, calor ou excesso de umidade.

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Usos da amêndoa amarga

Ao se falar em amêndoas, a primeira coisa que normalmente vem à cabeça das pessoas são as amêndoas doces, mas a amêndoa amarga também tem uma série de utilidades.

Após aquecidas (de variadas formas), é usada para fazer manteiga de amêndoa, licores, extratos ou, extrair os seus excelentes óleos essenciais. O aroma desses óleo é mais intenso do que o das amêndoas doces.

Medicinalmente falando, a amêndoa amarga e os seus extratos e óleos essenciais são usados para o tratamento de espasmos (contracção muscular involuntária), dificuldade respiratória, inflamação, inibir o crescimento de fungos, eliminar vermes intestinais e bactérias, tosse, coceira, promover a micção, prevenir o câncer e dor localizada, tanto na forma tópica quanto por ingestão oral.

Antigamente, a amêndoa amarga crua era usada para tratar alguns problemas de saúde, mas o método deixou de ser recomendado devido ao elevado risco de toxicidade.

As variedades amargas destas frutas também são usadas na produção de alguns produtos estéticos, como sabonetes, condicionadores e loções. E é priorizado o seu uso, tanto pelo cheiro quanto pela elevada concentração de ingredientes ativos que podem ajudar a reduzir a inflamação, além de melhorar a beleza da pele.

Contra-indicações

O consumo do fruto está proibido a quem tem alergia ao produto, bem como durante a gravidez ou fase de aleitamento.

O consumo destas não é recomendado em mulheres grávidas ou a amamentar, devido aos dados insuficientes e ao risco teórico de possíveis defeitos de nascimento.

Sinónimos desta variedade: Prunus amygdalus; Amygdalus communis.

Conheça os Benefícios da Manteiga de Amêndoa

Referências

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
http://pubs.acs.org/
https://link.springer.com/
http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jf970143d
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube

Marcação de consultas 85-99992-2120

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    Última atualização da página em 09/09/24