O que são antidepressivos? Muito comuns no tratamento de pessoas que sofrem de depressão, crises de ansiedade, transtornos do sono e dependências químicas — para citar os distúrbios mais populares —, os medicamentos antidepressivos atuam no SNC (sistema nervoso central).
Além de regularizar a distribuição dos neurotransmissores, esse tipo de remédio psiquiátrico também proporciona equilíbrio à parte eletroquímica do cérebro. Daí a eficiência em relação à eliminação dos sintomas causados pela depressão.
No entanto, é preciso ressaltar que a ação dos antidepressivos não é imediata, já que são necessárias de uma a duas semanas para que a droga surta o efeito esperado. Além disso, a maximização desse resultado só se manifesta após cerca de 40 dias de tratamento.
Até que alcance esse período, é possível que não só o paciente não sinta qualquer efeito, como também pode vir a experimentar algum agravamento dos sintomas.
Isso acontece porque o cérebro precisa de um tempo para aprender a reagir aos novos compostos. De qualquer forma, cabe notar que os antidepressivos não fornecem qualquer tipo de cura.
Eles apenas ajudam a controlar a depressão, evitando que ela ocasione consequências devastadoras.
Outro ponto importante a saber é que a pessoa com depressão não precisa, necessariamente, utilizar os antidepressivos por tempo indeterminado.
Contudo, por se tratar de uma terapia crônica é bem possível que ela se prolongue.
Os antidepressivos precisam ser ingeridos regularmente (conforme instrução médica) até que o indivíduo desenvolva a estabilidade emocional necessária, ao ponto de conseguir dispensar o auxílio da medicação.
Por fim, vale frisar que os remédios antidepressivos não tornam pessoas depressivas em indivíduos felizes. Tampouco, eles surtem qualquer efeito em quem não apresenta depressão. Na verdade, tudo envolve um processo de equilíbrio dos compostos químicos presentes no cérebro. Esse reequilíbrio é fundamental para a recuperação das sinapses neurais.
Como os antidepressivos atuam no organismo?
A ação dos antidepressivos se dá sobre os neurotransmissores, que são responsáveis pela comunicação intraneuronal, uma vez que levam a mensagem de um neurônio ao outro.
Os neurotransmissores executam diversas funções relacionadas à regulação do apetite, sono, humor e libido, dentre outras igualmente vitais para uma vida equilibrada.
A depressão é caracterizada pela escassez dos neurotransmissores dopamina, serotonina e noradrenalina. A relação de cada um deles com a depressão varia conforme os sintomas. Os pensamentos suicidas, por exemplo, estão diretamente ligados a uma deficiência de serotonina.
A função dos antidepressivos consiste em elevar a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica (canal de ligação entre um neurônio e outro), através da qual eles transitam.
Ao ser disponibilizado por um neurônio, o neurotransmissor pode ser direcionado a outro neurônio. Outra possibilidade é o seu uso pelo próprio neurônio gerador, processo culminado com a eliminação do neurotransmissor por meio de uma ação enzimática.
Vale observar que os medicamentos antidepressivos têm a missão de reduzir o número de neurotransmissores que permanecem no neurônio e acabam aniquilados pelas enzimas.
Tipos de antidepressivos
Não há um efeito universal dos antidepressivos. Isso significa que a ação deles varia, conforme as características do organismo de cada pessoa. Por essa razão, é bem comum que o tipo de medicamento seja substituído até que ele passe a causar o efeito desejado.
Antidepressivos tricíclicos — ADT
Lançados em 1950, os antidepressivos tricíclicos (possuem três anéis de carbono) são os mais antigos dentre os disponíveis no mercado.
O objetivo principal desse remédio é ampliar a concentração de noradrenalina e serotonina, enquanto o secundário consiste em aumentar a presença da dopamina.
Inibidores da monoaminoxidase — IMAO
Os antidepressivos IMAO dificultam a atuação da enzima monoaminoxidase, responsável pela destruição dos neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e serotonina) absorvidos pelo próprio neurônio gerador. Com isso, eles ficam prontos para serem captados por outros neurônios.
Há uma ressalva quanto à atuação dos antidepressivos IMAO: eles também se relacionam a tiramina (derivada de uma substância chamada tirosina), um composto encontrado em diversas variedades de bebidas alcoólicas, carnes e queijos.
Como essa relação costuma culminar na elevação da pressão arterial, a prescrição dos antidepressivos IMAO é bem específica. Felizmente, existem outros inibidores da monoaminoxidase, conforme será apresentado a seguir.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina — ISRS
Os antidepressivos ISRS estão dentre os mais utilizados atualmente. Nesse caso, o objetivo é diminuir a destruição de serotonina.
Preservado, esse neurotransmissor fica livre para ser atraído por outro neurônio. É importante notar que essa preservação da quantidade de serotonina não afeta a concentração dos demais neurotransmissores.
Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina — ISRN
Os antidepressivos ISRN ajudam na manutenção da noradrenalina. Em algumas situações, é possível que o paciente não responda muito bem à ação dos ISRS. Assim, o uso dos ISRN se torna bem interessante.
Inibidores seletivos da recaptação da dopamina — ISRD
Por fim, nós temos os antidepressivos ISRD, que agem sobre a preservação da dopamina. Esse tipo de medicamento tem uso recorrente por pacientes que reagem mal à ampliação da disponibilidade de serotonina no organismo. Dentre as reações adversas está a ejaculação retardada.
Inibidores seletivos de recaptação da serotonina e noradrenalina (ISRSN)
Como é possível deduzir pela sigla ISRSN, trata-se de um tipo de antidepressivo que ajuda a evitar a destruição da noradrenalina e serotonina. Embora o mecanismo de ação seja semelhante àquele apresentado pelos antidepressivos ADT, uma das vantagens dos ISRSN reside na diminuição das reações adversas.
Antidepressivos tetracíclicos
Nos casos em que os efeitos dos antidepressivos ISRN e ISRS não provocam os resultados esperados, os medicamentos do tipo tetracíclicos aparecem como uma boa solução.
Além disso, quando comparados com os tricíclicos, os tetracíclicos tendem a gerar uma quantidade reduzida de efeitos colaterais.
Os antidepressivos tetracíclicos contribuem no controle dos neurotransmissores que ficam livres para se direcionarem a outros neurônios. Vale observar que os receptores abertos para a captação desses neurotransmissores são específicos.
Além de agirem como analgésicos, os antidepressivos dessa categoria costumam sedar o indivíduo. Eles também interagem negativamente com bebidas alcoólicas, o que pode causar graves consequências.
Nomes dos antidepressivos
Embora o Prozac (um ATD ISRS) seja o mais famoso, existem vários outros antidepressivos que carregam uma nomenclatura comercial. Dentre os ADTs, estão:
- Tofranil; Impra — imipramina;
- Anafril; Clo — clomipramina;
- Tryptanol, Amytril, Neurotrypt — amitriptilina;
- Sinequan; Zonalon — doxepina;
- Norpramin — desipramina;
- Pamelor — Nortriptilina.
Já os destaques da categoria ISRS e ISRSN são:
- Prozac — fluoxetina;
- Pondera; Aropax — paroxetina;
- Luvox — fluvoxamina;
- Zoloft — sertralina;
- Efexor XR — venlafaxina (um ISRSN).
Como antidepressivos IMAO, alguns nomes conhecidos são:
- Parnate — tranilcipromina;
- Nardil — fenelzina;
- Marplan —
ATENÇÃO!
Antes de abordar as indicações de uso de antidepressivos, convém fazer um alerta: Ninguém deve se automedicar ou suspender qualquer tipo de tratamento medicamentoso sem uma prévia consulta médica.
O especialista é diretamente responsável pela indicação do antidepressivo e dosagem mais adequada a cada tipo de situação. O médico também é quem define o período da terapia.
Portanto, JAMAIS faça uso de um antidepressivo (ou qualquer outra medicação) apenas após se informar por meio de uma publicação como essa. Embora preciosas, as informações contidas aqui não têm a menor pretensão de substituírem o aval médico.
Finalmente, sempre leia a bula antes de utilizar qualquer tipo de remédio. Os efeitos devem ser relatados ao médico regularmente.
Indicações: quando se deve tomar antidepressivos?
Em primeiro lugar, é importante destacar que medicamentos antidepressivos não se limitam a tratar os transtornos causados pela depressão. Além desse distúrbio, esses tipos de remédios também são bem eficazes nas terapias voltadas à recuperação causada por problemas neurológicos — a doença de Parkinson é um bom exemplo. Na sequência, acompanhe algumas indicações clássicas dos antidepressivos.
Transtornos de ansiedade
Os antidepressivos tratam variados transtornos correlacionados a uma ansiedade descontrolada, como a síndrome do pânico e a fobia social, além do transtorno de estresse pós-traumático e o TOC (transtorno obsessivo compulsivo).
Transtornos alimentares
A bulimia nervosa e a compulsão exagerada pelo consumo de alimentos também podem ser tratadas com antidepressivos. Os resultados costumam ser bem efetivos.
Transtornos depressivos
Esse tipo de transtorno é marcado por uma longa sensação de tristeza profunda. Como consequência, o indivíduo afetado se torna apático e perde a vontade de realizar uma série de tarefas que, antes, eram extremamente agradáveis. O estresse também pode surgir como resultado desse estado de letargia emocional.
Dentre os transtornos depressivos mais preocupantes estão a depressão atípica, a depressão maior, o transtorno pré-menstrual e a distimia (transtorno depressivo persistente).
Transtornos afetivos e de personalidade
Os antidepressivos também podem ser utilizados por pessoas que sofrem de transtorno bipolar, a fim de combater os momentos depressivos. Contudo, o uso simultâneo dos medicamentos que estabilizam o humor é essencial. Sem esse uso concomitante, o indivíduo corre o risco de apresentar crises de mania.
As pessoas diagnosticadas com a Síndrome de Borderline, que também gera episódios de depressão, são igualmente beneficiadas com o uso de antidepressivos.
Insônia
Geralmente, os casos crônicos de insônia são tratados com remédios classificados como benzodiazepínicos. Porém, é igualmente comum que o uso de determinados antidepressivos ajude nesse tipo de tratamento.
Tabagismo, alcoolismo e dependência química
Após pesquisas científicas realizadas com uma série de pessoas, ficou constatado que certos antidepressivos auxiliam na superação de algumas dependências químicas — o vício no consumo de álcool, cigarro e drogas ilícitas.
O mecanismo específico de atuação dos antidepressivos quanto à inibição desses vícios ainda não está totalmente claro. No entanto, já se sabe que determinados compostos, como a nortriptilina e a bupropiona, são bem efetivas na suspensão do vício ligado ao fumo — e isso acontece mesmo se a pessoa não apresentar um quadro depressivo.
Dores crônicas neurológicas
Uma dor crônica neurológica bem conhecida é a fibromialgia, que provoca dores por todo o corpo. Esse tipo de dor também pode ser tratado com o uso de antidepressivos que amplifiquem a concentração de noradrenalina.
Antidepressivos e Mal de Parkinson, faz mal?
Em geral, as pessoas acometidas pela doença de Parkinson exibem quadros de depressão. Algumas pesquisas demonstram, inclusive, um aumento da probabilidade de desenvolvimento da doença em pacientes que utilizam medicamentos que combatem a depressão.
Por outro lado, outros estudos apontam que não há uma correlação direta entre antidepressivos e o Mal de Parkinson. Logo, o consumo desses medicamentos não levaria, necessariamente, ao aparecimento da doença.
De qualquer forma, pesquisas recentes assinalam que é perfeitamente viável consumir antidepressivos simultaneamente ao tratamento do Parkinson. A adoção de medicamentos ISRS não agrava os sintomas vinculados à referida doença, por exemplo.
Efeitos colaterais dos antidepressivos
Embora indispensáveis para o tratamento da depressão e de alguns outros casos, como demonstrado anteriormente, o fato é que os antidepressivos causam efeitos secundários — o uso do plural é mais do que necessário, haja vista a quantidade de possíveis efeitos colaterais.
Diante disso, é necessário conhecer essas consequências antes de passar a consumir antidepressivos. Além disso, cada pessoa deve conhecer os próprios limites. Isso significa que, a partir do momento em que um ou mais efeitos colaterais se tornem insuportáveis, ela deve comunicar isso ao médico.
O limite do suportável pode ser medido pela influência do medicamento na execução de atividades cotidianas. Caso a vida diária fique mais complicada, em vez de se tornar mais suave, talvez seja o momento de dialogar com o psiquiatra e, possivelmente, trocar de antidepressivo. A recusa a qualquer tipo de terapia medicamentosa também é uma opção do paciente. Isso pode acontecer, caso nenhum dos antidepressivos testados seja confortável para ele.
A título de conhecimento, eis os principais efeitos colaterais provocados por medicamentos antidepressivos:
Alterações na libido
Um dos efeitos colaterais mais frequentes é a queda da libido, mas o desejo sexual também pode aumentar. Isso se deve às alterações da concentração de serotonina.
Em se tratando do aumento ou baixa da libido, isso dependerá da reação de cada organismo. Fato é que a vida sexual de homens e mulheres pode sofrer uma mudança drástica. Enquanto o risco de disfunção erétil passa a ser uma realidade exclusiva eles, ambos podem desenvolver uma dificuldade para chegar ao orgasmo, um transtorno que leva o nome de anorgasmia.
Efeitos anticolinérgicos
Os efeitos anticolinérgicos são os seguintes:
- Retenção urinária;
- Visão turva;
- Boca seca;
- Movimentos involuntários;
- Aceleração dos batimentos cardíacos;
- Constipação intestinal.
Vale dizer que esses efeitos tendem a ficar menos acentuados com o passar do tempo ou da redução da dosagem do antidepressivo. Além disso, essas reações estão mais ligadas ao uso de ADTs.
Síndrome de abstinência
À medida que o organismo se acostuma com a presença constante de uma determinada concentração de substâncias, isso cria uma dependência química. Assim como no caso das drogas, a suspensão do uso de antidepressivos também pode ocasionar uma síndrome de abstinência. No caso desses medicamentos, as chances de abstinência aumentam se o paciente suspender a utilização de forma brusca.
Desse modo, qualquer intenção em interromper o uso ou reduzir a dosagem do remédio deve ser relatada ao psiquiatra. O ideal é que, caso necessário, a suspensão do uso ocorra paulatinamente, e não de uma forma repentina. É preciso dar tempo para que, aos poucos, o corpo se acostume com a ideia de não ter mais aqueles substâncias disponíveis na mesma quantidade anterior.
Em se tratando de abstinência, os sintomas são os seguintes:
- Inquietação;
- Vertigens;
- Distúrbios do sono — pesadelos e insônia, por exemplo;
- Ansiedade;
- Nervosismo;
- Parestesia — sensação de formigamento em qualquer região corporal;
- Fadiga.
Normalmente, os sintomas mencionados acima surgem em até 10 dias após a suspensão do uso do antidepressivo. No entanto, há exceções. Em se tratando da fluoxetina, por exemplo, a abstinência pode se manifestar 48 horas depois da paralisação da utilização. O resultado, nestes casos, é uma hiperatividade do sistema colinérgico.
Na prática, isso significa que o organismo inicia o chamado “efeito rebote”. Logo, ele tenta recuperar as reações que foram bloqueadas durante um longo período. Dentre as consequências sentidas pelo paciente estão estados marcados por confusão mental, arritmias cardíacas e ataques de pânico.
Crises hipertensivas
As interações medicamentosas entre determinados alimentos e os antidepressivos tricíclicos tende a ocasionar o aumento excessivo da pressão arterial. Assim, o mais recomendável é que o uso desse tipo de medicamento não ocorra simultaneamente com o consumo de alimentos altamente concentrados em tiramina, como esses:
- Peixes ou carnes vermelhas embutidos ou defumados;
- Queijos maturados;
- Bebidas alcoólicas;
- Bebidas com leveduras (vinho e cerveja, por exemplo), mesmo destituídas de álcool.
Síndrome serotoninérgica
O nome dessa síndrome deriva do excesso de serotonina disponível para ser incorporada pelos neurônios. Quando isso acontece, pode haver uma série de sintomas, que caracterizam a síndrome serotoninérgica.
Esse acúmulo de serotonina, por sua vez, resulta da adoção concomitante de antidepressivos que preservam a serotonina dos processos destrutivos com remédios fitoterápicos — as ervas com efeitos medicinais, como a erva-de-São-João, também exercem a mesma influência.
Dentre os sintomas gerados pela referida síndrome, convém destacar os seguintes:
- Letargia;
- Crises convulsivas;
- Tremores;
- Insônia;
- Febre;
- Tonturas;
- Excesso de salivação;
- Aumento da sensibilidade dos reflexos musculares;
- Rigidez dos músculos;
- Momentos de perda da consciência;
- Hiperatividade;
- Hipomania;
- Diarreia;
- Pupilas dilatadas;
- Vermelhidão na face;
- Coma;
- Câimbras na região abdominal;
- Calafrios;
- Taquicardia.
Mania e hipomania
O diagnóstico incorreto da depressão é, infelizmente, algo frequente. Ao ser confundido com um indivíduo depressivo, o paciente com distúrbio bipolar que fizer uso de antidepressivo corre o risco de desenvolver episódios de mania (ou hipomania).
Para evitar tais episódios, além de uma redefinição do tipo de medicamento utilizado, é necessário introduzir estabilizadores de humor.
As crises de mania podem manifestar sintomas diversos, como:
- Hiperatividade;
- Maior dificuldade em sentir cansaço;
- Euforia;
- Pensamentos rápidos.
Tendência suicida
Essencialmente no início de uma terapia antidepressiva, os medicamentos amplificam os pensamentos suicidas. Isso ocorre devido a uma série de razões. Dentre elas, nós podemos citar:
A readaptação cerebral à reconfiguração química das substâncias — essa etapa de reorganização e adaptação do cérebro pode desencadear novos comportamentos no indivíduo, como o desejo suicida;
A persistência dos sintomas depressivos — o início do tratamento é marcado pela manutenção dos sintomas da depressão. Isso acontece porque se leva um tempo até que os medicamentos atinjam o ápice do efeito.
Enquanto isso não acontece, há o risco latente de que o indivíduo possa praticar ações autodestrutivas — sendo o suicídio uma das mais perigosas.
Por tudo isso, é fundamental que o início do consumo de antidepressivos aconteça simultaneamente com as sessões conduzidas por um psicólogo.
Como tomar?
As fases inicial e terminal da terapia antidepressiva sempre devem ser realizadas com o máximo cuidado. A fim de se evitar crises de abstinência em qualquer uma dessas etapas, o uso do antidepressivo e sua posterior interrupção precisam ser gradativos.
Tendo isso em vista, é comum que a prescrição inicial do medicamento contenha uma dose mínima. A dosagem será ampliada no decurso das semanas seguintes gradativamente. Quando chegar o momento de suspender a ingestão do remédio, deve-se ocorrer a mesma gradação com relação às dosagens.
Para exemplificar essas as situações, considere um paciente fictício chamado João. Ao notar possíveis sintomas da depressão, João decide buscar auxílio médico. Após se consultar com um psiquiatra e expor o que estava sentindo, o médico conclui que, de fato, João apresenta um quadro de depressão.
No decorrer dos primeiros 7 dias, o psiquiatra orienta João a consumir 10 mg de um dado antidepressivo (selecionado conforme as características daquele caso).
Essa dosagem inicial também deveria ser acrescida de 10 mg (totalizando 20 mg) a partir do 8º dia de tratamento.
Durante todo o período, o psiquiatra também pede para que João anote e relate possíveis reações adversas que venha a sofrer.
Simultaneamente ao tratamento medicamentoso, o médico também orienta João a realizar sessões de análise com um psicólogo, algo indispensável para o sucesso da terapia.
Cerca de 2 anos após o tratamento completo — com antidepressivos e acompanhamento psicológico —, o psiquiatra faz uma avaliação geral e conclui que já é hora de interromper o processo.
Para evitar quaisquer crises de abstinência relacionadas à suspensão do antidepressivo usado, o médico estabelece uma nova orientação a João:
- Ingerir 20 mg por mais 7 dias;
- Passar a 10 mg a partir do 8º dia, mantendo essa dosagem por 2 semanas;
- Passar a ingerir 5 gm diários por mais 2 semanas.
Por quanto tempo deve-se tomar antidepressivos?
O período total de uma terapia com antidepressivos é imprevisível. Afinal, o tempo necessário depende de alguns fatores, sendo o tipo de transtorno e a reação do organismo ao medicamento os principais.
De qualquer forma, o período mínimo costuma ser de 6 meses, pois dificilmente um tratamento desse tipo é concluído antes disso.
Há casos em que a depressão é oriunda de uma influência congênita, o que a classifica como endógena. Para esse tipo de desequilíbrio químico dos compostos presentes no cérebro, é provável que o tratamento do quadro se prolongue até o fim da vida do paciente.
Enquanto isso, há quadros de depressão que exigem o consumo de antidepressivos durante, no máximo, 2 anos. Um bom exemplo é a chamada depressão maior.
De uma forma ou outra, sempre é válido frisar que as crises de depressão podem exibir recorrências.
Cada reincidência deve ser submetida a uma nova avaliação psiquiátrica, a qual deve determinar o início de uma nova terapia antidepressiva.
Contraindicações
Assim como acontece com outros remédios, os antidepressivos também exibem suas contraindicações.
Uso concomitante ao álcool
Durante o tratamento com antidepressivos, o paciente não pode, em hipótese alguma, consumir bebidas alcoólicas. Essa restrição se justifica pelo fato de que esse tipo de medicação e o álcool exercem um efeito em comum: o relaxamento do sistema nervoso central.
Uma vez que o álcool potencializa os efeitos do antidepressivo, o resultado pode ser trágico. O paciente pode, por exemplo, sofrer um coma.
Por outro lado, nada impede que o antidepressivo atue como substituto das bebidas alcoólicas, já que proporciona um efeito bem similar. Essa substituição ajuda nas terapias voltadas a pessoas alcoólatras.
Como melhorar o efeito do antidepressivo?
Independentemente do nível de intensidade e eficácia do medicamento antidepressivo usado, é preciso que saiba que este remédio não atua sozinho.
O consumo da medicação, em si, controla as concentrações e o fluxo de determinados neurotransmissores. Contudo, essa ação isolada não é responsável pela cura da depressão, mas apenas pela amenização dos sintomas vinculados a ela.
Os desequilíbrios causados nesses neurotransmissores podem ter mais de uma origem (ambiental, traumática, congênita, etc.). O antidepressivo atua somente em uma dessas frentes. Logo, as demais precisam ser tratadas de outras formas.
Quais seriam essas outras formas? Confira a seguir!
Psicoterapia
O acompanhamento psicológico atua como um co-tratamento da depressão. Embora a psicoterapia não seja obrigatória em todas as terapias de combate à depressão, quando ela está presente os resultados costumam ser bem mais produtivos.
O papel do psicólogo consiste em detectar os gatilhos envolvidos durante os primeiros episódios da depressão. Ao fazer isso, ele pode indicar maneiras de se evitar a repetição desses gatilhos e a lidar melhor com eles, fazendo com que o paciente volte a viver em paz consigo mesmo.
Durante esse processo de análise, certos hábitos nocivos (constantemente desconhecidos pelo próprio paciente) também podem ser identificados.
Dentre as diferentes abordagens psicoterápicas, a terapia cognitivo-comportamental é, possivelmente, a mais conhecida. Mas também existem a psicologia sistêmica, a gestal-terapia, a psicologia corporal, e a psicoterapia de orientação psicanalítica — dentre outras.
A escolha do método de abordagem depende do paciente, que deve optar por aquela que lhe seja mais agradável.
Alimentação e exercícios físicos
Por interferir diretamente na síntese de neurotransmissores, a alimentação é uma das chaves para o combate à depressão.
Para se ter uma ideia desse grau de influência dos alimentos, uma descoberta recente apontou que o intestino grosso é responsável pela produção de uma parcela da serotonina presente no organismo.
Logo, a manutenção de uma alimentação saudável é essencial para aperfeiçoar a ação desenvolvida por um remédio antidepressivo. Dentre aqueles alimentos que são aliados na luta contra a depressão estão os seguintes:
- Tomate;
- Amendoim;
- Espinafre;
- Salmão;
- Chocolate amargo;
- Queijo.
O hábito de praticar atividade física regularmente é igualmente fundamental, a fim de amenizar a intensidade dos sintomas ligados à depressão.
Apesar de ainda não existir uma justificativa para o fato, a aquisição do hábito de praticar exercícios físicos melhora o humor significativamente — e isso independe da existência de um quadro depressivo.
Vitamina D
Segundo o resultado de uma pesquisa científica, apresentado no 94º Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, em Houston (EUA), a vitamina D desempenha um papel relevante na inibição dos sintomas tipicamente depressivos.
De acordo com a pesquisa, a complementação da dieta com suplementos desse nutriente diminuiu os sintomas de depressão de várias mulheres (com deficiência de vitamina D).
O mesmo resultado também foi observado nos pacientes que vivem em regiões que exibem invernos longos e mais rigorosos.
Nesses lugares, essa estação do ano é caracterizada por dias muito curtos. Com o baixo tempo de incidência solar, o organismo não consegue sintetizar uma quantidade adequada de vitamina D, a qual não pode ser suprida somente por meio da alimentação.
Diante disso, a suplementação do nutriente se torna obrigatória em áreas com baixa incidência solar.
Vale enfatizar que a contribuição da vitamina D nos casos de depressão é estritamente ligada à escassez desse nutriente no organismo. Ainda não há comprovação científica quanto à ajuda desse tipo de suplementação nos casos em que os níveis de vitamina D estão normais.
Alternativas Naturais aos Antidepressivos
Para um número considerável de pessoas que rejeita a possibilidade de usar remédios sintéticos, há as opções naturais. No entanto, é importante salientar que a eficácia dessas alternativas não se equivale àquela propiciada pelos antidepressivos tradicionais.
Além disso, a adoção de um “método natural” não elimina a necessidade de se conversar com o médico a respeito. O psiquiatra precisa saber quais são ervas constituintes desses medicamentos alternativos. Dessa forma, ele poderá desaconselhar o uso, quando necessário.
Por fim, vale ainda acrescentar que o fato de um medicamento ser natural não indica que ele está à prova de riscos.
Por sinal, o consumo simultâneo de remédios sintéticos com fitoterápicos pode exibir interações repletas de perigo. Uma delas diz respeito à síndrome serotoninérgica, caracterizada pelo aumento de serotonina.
Eis algumas alternativas naturais em relação aos antidepressivos convencionais:
Raiz de Ouro (Rhodiola rosea)
Caso a depressão seja leve, a Raiz de Ouro, ou rhodiola (uma planta nativa da Europa) pode se mostrar bem eficaz.
Ela não só diminui a frequência de pensamentos depressivos, como também aprimora o poder de concentração e os processos cognitivos. Tudo isso, evidentemente, ocorre em um nível relativamente baixo — não se trata de nenhum recurso milagroso.
Erva-de-São-João / Hipericão, Hipérico (Hypericum perforatum)
Essa erva leva a fama de ser uma valorosa aliada no combate de depressões suaves. Com uma atuação similar a de um medicamento antidepressivo comum, a erva aumenta a concentração de serotonina.
Contudo, esse crescimento da oferta do neurotransmissor não é o mesmo proporcionado pelo medicamento sintético. Com relação ao consumo da erva, ele ocorre por meio da ingestão de cápsulas ou chás.
Conheça 5 chás antidepressivos
Uso de antidepressivos no Brasil
Talvez para a surpresa de algumas pessoas, um ranking emitido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a depressão apontou que, dentre os países latinoamericanos, o Brasil ocupa o topo da lista.
Uma das formas de se evidenciar esse resultado consiste em observar o consumo dos antidepressivos. De acordo com uma determinada companhia de seguros do país, a ingestão de antidepressivos entre 2010 e 2016 exibiu um acréscimo de quase 75%.
O relatório da OMS também revelou o perfil das pessoas que mais consomem esse tipo de remédio: indivíduos com idade superior a 50 anos, e as mulheres. E embora haja outros remédios de ordem psiquiátrica que figuram entre os mais vendidos, os antidepressivos continuam na frente.
Perguntas frequentes
Por ser um medicamento muito controverso, os antidepressivos geram muitas incertezas. Confira as principais dúvidas relacionadas a eles!
Antidepressivo engorda?
Muitas pessoas afirmam que engordaram após o uso de medicamentos antidepressivos. Porém, não se trata de uma consequência inevitável.
Além disso, é importante destacar que, geralmente, esse ganho de peso está correlacionado à melhora do quadro de depressão do paciente.
A falta de apetite pode ser um efeito do próprio desequilíbrio químico dos compostos do cérebro. Logo, é natural que, uma vez restabelecido esse equilíbrio, o indivíduo passe a se alimentar regularmente — sob o risco de, inclusive, por vezes exagerar.
O aumento do peso pode se tornar ainda mais evidente, caso o indivíduo mantenha hábitos sedentários. Em contrapartida, não há provas de que esse processo ocorra exclusivamente devido ao uso de antidepressivos. O ganho de peso pode estar ligado a uma série de fatores, como:
- Frequência de atividade física mantida pelo indivíduo;
- A velocidade dos processos metabólicos do organismo daquele paciente;
- A carga calórica consumida e eliminada no decorrer da terapia.
As pesquisas mostram que o ganho de peso pode estar ligado principalmente a estes três antidepressivos:
- O inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) Paxil (paroxetina)
- O antidepressivo tricíclico Elavil (amitriptilina)
- O antidepressivo atípico Remeron (mirtazapina)
Os antidepressivos tricíclicos que podem causar ganho de peso incluem:
- amitriptilina (Elavil)
- amoxapina
- desipramina (Norpramin)
- doxepina (Adapin)
- imipramina ( Tofranil-PM )
- nortriptilina (Pamelor)
- protriptilina (Vivactil)
- trimipramina ( Surmontil )
Os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs) que causam ganho de peso incluem:
- fenelzina ( Nardil )
- isocarboxazida (Marplan)
- tranilcipromina ( Parnate )
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) que podem causar ganho de peso quando usados a longo prazo:
- paroxetina (Paxil, Pexeva, Brisdelle)
- sertralina ( Zoloft )
- citalopram (Celexa)
Antidepressivos que não engordam
Medicamentos associados a um menor ganho de peso como efeito colateral. Estes incluem:
- Escitalopram (Lexapro, Cipralex), um ISRS
- duloxetina ( Cymbalta ), outro ISRS
- buproprion ( Wellbutrin , Forfivo e Aplenzin), um antidepressivo atípico
- nefazodona (Serzona), um antagonista da serotonina e inibidor da recaptação
- venlafaxina (Effexor) e venlafaxina ER (Effexor XR), ambos inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (SNRIs)
- desvenlafaxina ( Pristiq ), um SNRI
- levomilnaciprano (Fetzima), outro SNRI
- vilazodona (Viibryd), um antidepressivo serotoninérgico
- vortioxetina (Trintellix), um antidepressivo atípico
- selegilina (Emsam), um novo MAOI que é aplicado na pele, que pode levar a menos efeitos colaterais que os inibidores da MAO tomados por via oral.
O wellbutrin (bupropiona) e o Prozac (Fluoxetina) são duas das melhores marcas de antidepressivos sensatas para, pelo menos, evitar o ganho de peso.
Independentemente das causas do aumento de peso, vale frisar a importância de se consultar um nutricionista sobre o assunto. Esse especialista pode, inclusive, elaborar uma dieta alimentar direcionada a evitar o problema do sobrepeso.
Antidepressivos Emagrecem?
Existem dois antidepressivos ligados à perda de peso. Esses incluem:
- O inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) Prozac (fluoxetina)
- O antidepressivo atípico Wellbutrin (bupropiona)
Como um ISRS, o Prozac (fluoxetina) aumenta os níveis de serotonina no cérebro. Os SSRIs são geralmente o tratamento de primeira linha para a depressão.
O Wellbutrin (bupropiona) é um antidepressivo que não altera os níveis de serotonina no cérebro. Em vez disso, ele altera outras substâncias químicas presentes no cérebro, como a noradrenalina e a dopamina, e está associado não só à perda de peso, como também à melhora do funcionamento sexual.
Dito tudo isto, o Wellbutrin pode não ser indicado para todas as pessoas, especialmente aquelas com historial médico de convulsões ou distúrbios alimentares como a anorexia ou a bulimia, aumentando o risco de convulsão durante a sua utilização.
Tal como todos os antidepressivos, o Wellbutrin e o Prozac apresentam uma advertência sobre a possibilidade de aumento do risco de pensamentos e ações suicidas em crianças, adolescentes e adultos jovens, durante os primeiros estágios do tratamento.
Os antidepressivos são sempre eficazes?
Apesar de serem muito eficazes em um número significativo de situações, os antidepressivos podem falhar em outras.
Essa oscilação acontece por conta das diferentes reações orgânicas a cada tipo de medicamento antidepressivo. O número de antidepressivos diferentes demonstra o quão diversificados podem ser o tratamento e o resultado.
Devido principalmente ao fato de os antidepressivos existentes ainda serem inócuos para muitas pessoas, novos medicamentos continuam em desenvolvimento.
Enquanto isso não acontece, essas pessoas precisam se contentar apenas com as psicoterapias. Felizmente, um bom número de pacientes obtém resultados bem satisfatórios por meio desses tratamentos.
Os efeitos colaterais são os mesmos para todas as pessoas?
As reações adversas variam bastante entre os pacientes. Elas dependem do tipo de metabolização realizada sobre cada medicamento. A dosagem utilizada também influencia no aparecimento de efeitos colaterais.
Antidepressivos funcionam como efeito placebo?
Algumas pessoas acreditam, erroneamente, que o estado depressivo deriva de um momento emocional ruim e efêmero. Se fosse assim, um mantra de pensamentos positivos bastaria para resolver o problema.
O fato é que a depressão é caracterizada por uma tristeza profunda e insiste. Como qualquer outro transtorno mental, ela requer tratamento medicamentoso.
Embora existam pessoas que apresentam uma sensível melhora dos seus quadros de depressão após o consumo de placebos, elas compõem um grupo restrito.
Além disso, são pessoas que manifestam um tipo de depressão que não está vinculada a um desequilíbrio químico cerebral. Normalmente, esses indivíduos se tornam depressivos devido a outros fatores, como os ambientais e os sociais.
Nos casos em que a depressão é consequência de uma deficiência de neurotransmissores, nenhum comprimido placebo é capaz de proporcionar resultados convincentes e significativos.
Antidepressivos fazem mal ao cérebro?
Não há qualquer prova de que medicamentos antidepressivos consigam danificar a estrutura cerebral. Desde que sejam consumidos de acordo com a orientação psiquiátrica, esses remédios não deixam nenhuma sequela.
Por outro lado, o risco de a enzima monoaminoxidase perder suas características iniciais de ação é real. Isso acontece porque a inibição sobre ela é, em alguns casos, irreversível. Mesmo assim, o antidepressivo causador dessa mudança está em fase de desuso.
Antidepressivos afetam a vida sexual?
Os antidepressivos atuam sobre alguns neurotransmissores ligados às funções sexuais. Embora o apetite sexual possa aumentar em alguns pacientes, outros apresentam algum nível de disfunção erétil.
Conforme mencionado no item a respeito de efeitos colaterais, a anorgasmia (dificuldade para se chegar ao orgasmo) também é uma consequência previsível.
Quem toma antidepressivo pode beber álcool?
O consumo concomitante entre bebidas alcoólicas e antidepressivos depende do tipo de medicamento usado e da dose prescrita.
Embora a recomendação seja para não consumir álcool em hipótese alguma, alguns médicos fazem uma concessão para a ingestão de pequenas doses.
Porém, lembre-se que nenhuma dose de álcool pode ser considerada segura perante o consumo regular de antidepressivos ou quaisquer drogas psicotrópicas.
O risco do que pode acontecer é ilustrado por vários casos de morte envolvendo pessoas famosas. Muitas delas faleceram justamente devido à mistura de antidepressivos com bebidas alcoólicas.
Portanto, mesmo que o psiquiatra libere a ingestão de álcool, é altamente aconselhável ingerir a bebida muito tempo após o uso da medicação — atentando-se para os horários específicos de utilização.
De qualquer forma, essas são orientações genéricas. Se o paciente quiser consumir bebidas alcoólicas, independentemente do motivo ou evento, ele sempre deve expor a situação para o psiquiatra, único qualificado para avaliar a situação e informar sobre os possíveis riscos.
Apesar de certo preconceito atrelado ao uso de antidepressivos, esses medicamentos são essenciais no tratamento da depressão de origem química.
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Referências
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Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
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