Atualmente, o que tem atrapalhado a qualidade de vida, são as novidades no que se refere à alimentação e estilo de vida.
Na idade das cavernas, a dieta era balanceada, à base de carne, peixe, frutas, legumes e verduras, além de haver uma constante prática de exercícios físicos.
A dieta do paleolítico era, verdadeiramente, uma dieta saudável.
Com o tempo, passamos a comer comidas processadas, industrializadas, com muito carboidrato e muito ômega 6.
E o que é ômega 6?
É um ácido graxo essencial para o funcionamento do corpo humano. Ele participa como um processo de defesa, pois é um agente inflamatório, ou seja, ele ajuda a destruir as infecções, ajuda a brigar contra as infecções.
Além do ômega 6, cada célula do nosso corpo carrega, na membrana, ômega 3. A membrana é aquela parte que reveste a célula, como se fosse a parte que reveste a gema do ovo.
Os dois, tanto ômega 3, quanto ômega 6, participam de várias reações químicas celulares o nosso corpo.
E qual o problema de se ter muito mais ômega 6 do que 3?
É que, sendo o ômega 6 um agente inflamatório e o ômega 3, um agente anti-inflamatório, o corpo fica mais inflamado do que desinflamado.
E qual a necessidade dos dois?
É que têm momentos que o nosso corpo precisa de inflamação, pois é importante para combater bactérias, pois é através da inflamação que as bactérias são expulsas.
Só que, às vezes, o processo inflamatório é muito forte, necessitando assim de anti-inflamatório, que é, exatamente, como o ômega 3 age.
Mas, o ômega 6 faz mal?
Não, O ômega 6 não faz mal. O que complica é o seu excesso.
A proporção ideal entre o ômega 3 e ômega 6 é, para cada 6 de ômega 6, nós tenhamos um ômega 3.
No entanto, o que tem acontecido hoje na dieta ocidental é que para cada um ômega 3, nós temos 40 ômega 6, ou seja, estamos cheios de ômega 6 e, portanto, inflamados.
Por isso, é importante a suplementação do ômega 3 hoje em dia.
Alguém que consome muito alimento com ômega 6, fica com o corpo vermelho, inchado e ruborizado, além de estar predisposto a doenças inflamatórias, podendo desenvolver câncer, esclerose múltipla e doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson ou doenças autoimunes como lúpus.
Existe três tipos de ômega 3
Os dois primeiros: ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosa-hexaenóico (DHA), são os mais famosos e são encontrados no peixe, sendo muitas vezes chamados, por esse motivo, de ômega 3 marinho.
Esse tipo de ômega 3, ajuda a formar todo nosso sistema nervoso central, além de ajudar também na formação da bainha de mielina, que é como se fosse um fio condutor dos nossos neurônios, do sistema nervoso central do nosso cérebro.
O terceiro é o ácido alfa-linolênico (ALA) e é encontrado em alimentos à base de plantas, tais como linhaça, nozes e óleo de soja.
Até o presente momento, investigações científicas existentes, indicam que os ômegas 3 marinhos (EPA e DHA) possuem mais benefícios do que o ômega 3 à base de plantas (ALA).
Sobre a suplementação de ômega 3 durante a gestação, é importante, antes de qualquer decisão, que a gestante pergunte ao seu obstetra se ela deve ou não suplementar.
Caso seja liberado e achar que deve, é bastante importante em doses certas.
Por que é importante? Porque a gestação em si já é um estado inflamatório, de dores e inchaços e o ômega 3 ajuda a aliviar tudo isso.
Além disso, estudos mostram que mulheres que suplementam ômega 3 na gestação, tem filhos mais inteligentes, com desenvolvimento neurológico melhor.
No entanto, há um problema.
O ômega 3 também mexe com a coagulação, dessa forma, a mulher que está grávida, tem que saber se não corre nenhum risco de sangramento, descola-mento de placenta e alguma ruptura uterina ou pode ter um parto prematuro.
Caso haja suspeita de algum desses problemas, é importante que o uso dessa substância seja suspenso em torno de 10 dias antes do parto, sob o risco de poder haver um sangramento maior durante o trabalho de parto.
Diante disso, é importante suplementar apenas com o aval do seu médico, pois cada pessoa tem a sua suplementação específica, tanto no que suplementar, como na quantidade a ser suplementada.
Algo também bastante significativo é que o ômega 3 diminui o processo inflamatório pós-stress de atividade física, melhorando a recuperação muscular.
Uma pessoa que treina e usa ômega 3 se recupera muito mais rápido do treino anterior.
Age também no intestino, auxiliando na absorção de todos os nutrientes.
Para quem não sabe, o intestino é a base de tudo, sendo um dos órgãos mais importantes do corpo humano, uma vez que 70% da produção de serotonina, que é o hormônio do bem-estar e prazer, que combate a depressão e melhora muitas outras coisas, é produzido nele.
Nesse caso, um processo de inflamação intestinal, impede a produção de serotonina adequada, causando compulsão alimentar, fazendo surgir a necessidade de comer alimentos que o corpo não precisa.
Se não há um cuidado com o intestino, haverá, com certeza, uma complicação na vida.
Outro fator, é que o ômega 3 também auxilia no processo de emagrecimento, porque, ao agir no organismo, ele diminui a vontade de comer doces e salgados sem necessidade.
E onde encontrar os diversos tipos de ômega?
Vimos anteriormente que o ômega 3 pode ser de origem marinha, sendo encontrado em peixes de águas profundas, como o atum, o salmão e a sardinha, e de origem vegetal, como a linhaça, nozes e óleo de soja.
Já o ômega 6 pode ser encontrado no ovo, nas nozes e nas castanhas e o ômega 9, que é o ácido oleico, se encontra muito no azeite, no azeite de oliva.
Sobre o azeite de oliva, é importante que se saiba que o ideal é que ele seja prensado e acondicionado em vidro escuro e não em lata, pois a lata tem alumínio e esse alumínio vai para o organismo quando o azeite é consumido.
Além disso, ele não pode ser usado para fritar nada, porque, quando é submetido a altas temperaturas, o ácido oleico é transformado em ácido elaídico e o ácido elaídico é uma gordura trans, que faz mal para o corpo.
Sobre a gordura trans, ela é uma forma maléfica de gordura que os fabricantes encontraram de deixar os olhos vegetais e muitos outros produtos, como biscoitos, por exemplo, durarem mais tempo nas gôndolas dos supermercados.
E como isso foi feito?
Eles pegaram aquela gordura que existe nos alimentos e fizeram algo chamado hidrogenação parcial, para que o alimento perdure por, pelo menos, seis meses.
E sabe o que acontece?
Essa gordura trans, como não serve para o corpo, o organismo não sabe o que fazer com ela e dessa forma, ela vira uma espécie de um saco plástico ao redor das células, que ficam abafadas e bloqueiam qualquer tipo de reação química.
É como se, de repente, pegássemos um saco plástico, envolvêssemos nossa cabeça e tentássemos respirar.
Isso é o que acontece com as células de pessoas que comem muito biscoito, muito óleo vegetal, como óleo de milho ou aqueles que ficam em latas nos supermercados.
Por isso, é muito melhor consumir a banha de porco do que comprar esses olhos vegetais.
Um pastel frito é carregado de gordura trans e é altamente cancerígeno, se constituindo um dos piores alimentos do mundo, pois é, geralmente feito com óleo requentado e esse óleo, quando reutilizado, as proteínas mudam e se transformam em proteínas cancerígenas, maléficas ao organismo.
Juntamente dele, estão outras coisas, como refrigerantes ou sucos artificiais, que vêm carregados de açúcar branco.
Atenção aos biscoitos que dizem: “0% gordura trans”, pois isso é mentira! Se não tivessem, eles não poderiam ficar ali armazenado por tanto tempo.
Para mascarar, eles diminuíram o tamanho do biscoito, colocaram mais biscoitos por embalagem e a quantidade de gordura trans por biscoito ficou menor, sendo níveis aceitáveis no Brasil, podendo dizer que não possuem gordura trans.
Sobre um exame específico para saber a quantidade de ômegas no organismo, não existe nenhum que possa comprovar.
Para esse diagnóstico, o paciente deverá contar com o olhar clínico de médicos nutrólogos, ortomoleculares, químicos gerais, que avaliarão os aspectos através da cor e volume do rosto.
Sobre a dieta de todo e qualquer ser humano, 30% (trinta por cento) tem que ser de gordura.
O problema é o tipo de gordura que está sendo consumida hoje, onde mais de 50% da dieta de gordura é carboidrato, fast-food e biscoitos, que só causam mal e engordam.
Em resumo, o corpo humano precisa de ômega 3, 6 e 9. Ômega 6 e 9 inflamam e ômega 3 desinflama. Se você está precisando desinflamar suplementa com ômega 3.
Se está precisando combater as infecções, suplementa com ômega 6 e 9. Se quer emagrecer, consuma os três produtos. Se está precisando baixar a colesterol, tome ômega 3.
Se você está precisando melhorar a tua imunidade e quer adoecer menos, suplemente os ômegas 3, 6 e 9.
Em caso da suplementação, o mais importante é o equilíbrio e esse equilíbrio é que precisa ser feito por um profissional.
Não caia na onda de comprar e ficar tomando do seu jeito, da sua forma, nem de esperar a suplementação apenas através da alimentação, pois a quantidade existente nos peixes ou vegetais, ainda é muito pequena para suprir a quantidade que o organismo exige.
Referências
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Nutricionista Clínica e Estética - CRN-3 nº 37006
A Drª Caroline Vallinhos é graduada em ciências da nutrição pela Universidade de Guarulhos/SP. Possui 7 anos de experiência em Nutrição clínica e estética. Forte atuação em coaching de emagrecimento e qualidade de vida para pessoas em busca de melhoria alimentar e enfermos com necessidade de melhoria de quadro clínico.
Vasta experiência com consultoria para empresas do ramo alimentício, tais como grandes indústrias de alimentos, cozinhas experimentais e mercado de food service.
Com registro no Conselho Regional de Nutricionistas CRN-3 (Brasil) nº 37006
Também pode encontrar a Drª Caroline Vallinhos no Linkedin, Facebook: e Instagram.
Telefone: (11) 97670-1909 Atendimento em Guarulhos - SP (Região Jardim Maia)
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