Designa-se cirurgia estética reparadora as intervenções plásticas realizadas para remover excessos de gordura ou de pele – ou ambas -, de várias partes do corpo, especialmente do abdómen, das coxas e nádegas.
Estas cirurgias podem efetivamente melhorar a aparência nos locais de acumulação de gordura ou o excesso de pele que persistem após uma grande perda de peso.
Graças às novas técnicas de cirurgia estética, é possível remodelar quase todas as partes do corpo. Contudo, paga-se um preço por isso: a cirurgia estética extensiva deixa cicatrizes bem visíveis.
O dilema é o seguinte: ficar com uma boa aparência corporal quando se está vestida ou não mostrar cicatrizes quando se está nua? Se se decidir pela primeira hipótese, então a cirurgia estética é uma opção a considerar. Se, pelo contrário, der importância à visibilidade das cicatrizes, aconselha-se a esquecer o recurso à cirurgia estética.
Abdominoplastia
A abdominoplastia é a remoção de pele e de camadas de gordura no baixo abdômen. Esta operação faz-se por razões de estética ou no caso de se ter a pele do abdómen às pregas, após uma substancial perda de peso.
De uma forma geral, os médicos aconselham as mulheres a só fazerem abdominoplastia depois de terem todos os filhos que pretendem, pois cada gravidez conduz a mais estrias e novas gorduras acumuladas.
Como é realizada a abdominoplastia?
O paciente terá de ficar internado num hospital ou clínica, durante cerca de cinco dias. Sob anestesia geral, o cirurgião faz uma incisão horizontal na pele do abdómen, o mais abaixo possível; separa, depois, a camada de gordura do músculo. A aba de pele e gordura é puxada para baixo e o excesso é removido.
Por vezes, quando a quantidade a remover é grande, torna-se necessária uma incisão vertical, além da horizontal. Nalguns casos, o umbigo tem de ser deslocado para uma posição mais acima, uma vez que foi puxado juntamente com a aba de pele.
Outras vezes, é feito um reforço da parede muscular, já que é frequente haver uma certa flacidez, sobretudo após a gravidez.
No fim da operação – que dura cerca de duas horas -, a pele é suturada e são inseridos drenos na ferida, os quais se mantêm durante três a cinco dias, para evitar o risco de acumulação de sangue ou de soro, o que poderia conduzir a infecção.
Os pontos são retirados duas semanas depois, mas durante os primeiros três a cinco dias, o paciente terá de se manter numa posição ligeiramente dobrada, para que a ferida não seja esticada. A mobilidade geral fica restringida até três meses.
Plastia das nádegas, ancas e coxas
Na cirurgia de redução das coxas, remove-se gordura e pele. Na intervenção para a redução das nádegas, prevê-se que a cicatriz fique dissimulada na prega glútea, entre as nádegas e as coxas.
Em ambos os casos, as cicatrizes são, frequentemente, largas e de aspecto pouco agradável e a redução raramente satisfaz o paciente.
Há, também, o perigo de complicações: com alguma frequência, a pele em torno da incisão sofre necrose, causando infecção e atrasando a cicatrização. Por vezes, torna-se necessário proceder a um enxerto de pele.
Plastia dos braços (braquioplastia)
Através da Plastia dos braços conhecida como braquioplastia é possível remover a gordura excedente e a pele dos braços, numa operação simples e rápida.
O internamento não ultrapassa as 48 horas e o paciente não sofre praticamente nenhum incómodo, podendo retomar as suas atividades normais após duas semanas. Ficará com cicatrizes no lado de dentro dos braços.
Lipoaspiração
A lipoaspiração, também designada por lipectomia por sucção ou lipossucção, é a técnica cirúrgica adequada para eliminar o temido excesso de gordura localizada, normalmente nas nádegas, ancas, coxas, abdómen, joelhos, tornozelos, barriga das pernas e região lombar.
Esta técnica – a mais utilizada de entre as cirurgias de estética corporal – permite modelar – praticamente «esculpir» – um novo contorno do corpo. Consiste em extrair a gordura sobrenadante, por aspiração, através de uma cânula ligada a um aparelho de vácuo.
No caso da celulite, se a acumulação for muito grande, pode tratar-se com uma lipoaspiração, combinada com um estiramento da pele.
Como é realizada a lipoaspiração
Para vencer o problema das cicatrizes visíveis, foram concebidos instrumentos para remover a gordura através de incisões muito reduzidas, de apenas 2 milímetros. A cicatriz é, assim, praticamente imperceptível.
Sob anestesia local, uma fina cânula é introduzida na zona do corpo a tratar, após o que se desloca de um lado para outro debaixo da pele, para desagregar grandes áreas de gordura, que pode, então, ser aspirada pelo instrumento.
Porém, devido à abundante irrigação sanguínea no interior da gordura, pode haver uma significativa perda de sangue, que deve ser controlada, para evitar o choque ou a anemia. Assim, a quantidade total gordura que pode ser removida de cada vez é limitada.
Hoje em dia, uma intervenção deste tipo já não requer internamento hospitalar. Depois da operação, o paciente pode ir para casa, embora se recomende que, dependendo da importância da lipoaspiração, permaneça entre dois e cinco dias em repouso absoluto.
Ao fim desse tempo, volta à consulta, para controlar a evolução e receber alta, o que permite o regresso à actividade normal, evitando, no entanto, o esforço excessivo.
É necessário esperar que decorram cerca de seis meses para ver o resultado final, uma vez que a absorção, a desinflamação e a retração da pele são processos habitualmente lentos.
Mais recentemente, esta técnica passou a ser utilizada, não apenas para eliminar as gorduras localizadas, mas também para as injetar numa zona em que faça falta ou onde exista um afundamento. Recebe, neste caso, a designação de lipoescultura ou lipoplastia.
Lipoaspiração ultra sónica
A lipoaspiração ultrasônica ou ultra-sônica associa à técnica tradicional a emissão de ultra-sons por cânulas especiais, que fragmentam a gordura, facilitando a aspiração.
Esta técnica tem a vantagem de ser menos traumática, com menos hemorragia; e a desvantagem de ser um procedimento mais lento, com o consequente aumento dos tempos de cirurgia.
Mamoplastia de redução
Frequentemente, as mulheres que se submetem a uma cirurgia estética do corpo – para remover excessos de gordura, optam também por aumentar os seios.
Com efeito, as alterações hormonais, os factores hereditários e a tendência para a obesidade podem ser algumas das causas que conduzem ao desenvolvimento de uns seios excessivamente grandes, um grave inconveniente para muitas jovens.
Este sofrimento traduz-se, inicialmente, por variações de humor e dos hábitos de vida próprios da idade: as jovens evitam sair com amigos, mudam o estilo de indumentária e isolam-se em si mesmas; a prazo, o detalhe anatómico de possuir um peito grande acaba tendo repercussões psicológicas.
Fisicamente, também o corpo se ressente: as costas são as mais prejudicadas, ao terem de compensar o peso excessivo e a existência de uma certa tendência para puxar os ombros para a frente, o que provoca uma má postura.
Para a coluna vertebral, ter de suportar um excesso de peso pode culminar num desvio. Da mesma forma, o tamanho pode tornar impossível uma atividade desportiva.
Nas mulheres adultas, o volume pode ser consequência da obesidade ou de uma gravidez.
É o especialista em cirurgia estética quem determinará se existe ou não solução para o problema; mas, em princípio, a mamoplastia redutora pode constituir um bom remédio. Qualquer idade é boa para levar a cabo esta cirurgia.
A candidata à realização de uma mamoplastia de redução deverá, pois, discutir o tamanho e o formato dos seios que gostaria de ter com o cirurgião; e ele deverá prepará-la para os eventuais inconvenientes: as cicatrizes que ficam e o facto dos mamilos poderem perder sensibilidade.
Se a mulher quer amamentar, é fundamental dizê-lo ao médico, pois as operações que implicam o enxerto do mamilo tornam impossível a amamentação.
Como é realizada a mamoplastia de redução
A paciente passará cerca de dois dias nos hospital. A operação demora entre duas e quatro horas, conforme a sua complexidade, e é feita com anestesia geral.
São muitas as técnicas existentes e pode quase dizer-se que cada especialista tem a sua. Em geral, as incisões de abordagem são realizadas ao redor da auréola e na prega que fica por debaixo da mama. Ficam unidas por uma terceira incisão vertical, desenhando um T invertido.
Outras técnicas originais agrupam-se segundo o tipo de cicatriz final: em L, em I, em O ou em /.
A tendência é no sentido de reduzir ao mínimo o número e a extensão das cicatrizes, uma das maiores preocupações das mulheres. Atualmente, muitos cirurgiões prescindem da incisão no sulco submamário.
Seja qual for o tipo de incisão, é sempre extirpada pele, gordura e parte da glândula mamária. A maioria das técnicas de redução tem associada uma técnica de elevação, com o objectivo de corrigir o peito descaído e de alcançar um resultado totalmente satisfatório.
Complicações e resultados da mamoplastia redutora
Após a operação, o mamilo pode ficar totalmente entorpecido e haver dor e formigueiro. As infecções e os hematomas constituem as principais complicações, as quais podem ser facilmente debeladas.
A complicação mais temida, embora menos frequente, é a necrose dos tecidos, ou seja, a morte de uma dada zona da pele. Para resolver este problema, é preciso efetuar uma segunda operação.
As operações de mamoplastia realizam-se com uma perspectiva de futuro, pelo que é recomendável uma série de cuidados posteriores, para prolongar os resultados e evitar ter de intervir novamente.
As cicatrizes, roxas no princípio, demorarão entre seis meses e um ano até branquearem e cerca de dois anos para adquirirem o seu aspecto definitivo. Este aspecto, menos importante na mamoplastia de aumento – cujas incisões são menores -, ganha relevância quando se trata de uma mamoplastia de redução.
Também é necessário manter o equilíbrio hormonal, seguir uma dieta adequada e não sofrer aumentos ou reduções de peso, num curto espaço de tempo. O uso do «soutien» é muito aconselhado para evitar que a tensão da pele origine ptose, isto é, seios descaídos.
A esmagadora maioria das mulheres que efetuam esta cirurgia – cerca de 99% – fica radiante com os resultados.
Isto porque, para além das cicatrizes ficarem praticamente invisíveis – passado o tempo adequado -, os procedimentos atuais também permitem que a auréola e o mamilo conservem a coloração e a sensibilidade próprias.
Mastopexia (seios caídos e flacidez nos seios)
Os seios descaídos – vítimas de ptose mamária – não têm gordura a mais: apenas precisam de ver removido o excesso de pele e que lhes confiram melhores contornos, além de uma recolocação mais natural do mamilo.
A isso chama-se mastopexia ou mastotomia. As incisões e o procedimento cirúrgico são semelhantes à mamoplastia de redução, mas mais simples e mais rápidos. Bastará à paciente ficar internada um dia e a operação executar-se-á com anestesia geral.
As restrições à atividade são as mesmas que se seguem a uma redução mamária. O período de recuperação, porém, é menor e os resultados definitivos podem ser observados ao fim de 90 dias.
Nalguns casos de ptose, em que existe, simultaneamente, pouco volume mamário, pode ser associado ao procedimento da mastopexia a inclusão de próteses mamárias, para obtenção de uma morfologia mais equilibrada.
Cirurgias estéticas para o rosto
Existem depois as cirurgias estéticas faciais:
– lifting facial (face lift) – (restaura totalmente um rosto envelhecido provocado pela idade);
– blefaroplastia (cirurgia das pálpebras);
– rinoplastia (melhora a estética do nariz);
– queiloplastia (para uns lábios perfeitos);
– mentoplastia (para quem sofre de queixo duplo),
– otoplastia (para todas as pessoas com orelhas proeminentes (orelhas de abano);
– implante capilar (se sofre de queda de cabelo esta é a unica solução eficaz);
– implante dentário (técnica desenvolvida para uma restauração total dos seus dentes e com resultados fantasticos, embora os preços praticados não estejam ao alcance de qualquer bolsa);
– implante de silicone (usado para aumentar os lábios, bochechas, nádegas, panturrilhas entre outras zonas corporais);
– bioplastia (usada para as mesmas áreas corporais referidas anteriormente).
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