Cistos: o que são, causas, sintomas e tratamentos

Os cistos são pequenos nódulos cujo interior é composto por um material líquido, sólido ou gasoso. Na maioria das vezes, esses nódulos não representam grandes problemas, pois são benignos e não apresentam sintomas colaterais. Não existe apenas uma área corporal em que os cistos aparecem, portanto eles podem se desenvolver nos seios, nos ovários, colo do útero, vagina, fígado, ânus, rins, punho, cérebro e até mesmo nas articulações.

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Como acometem várias áreas do corpo, existem muitas causas possíveis. As mais comuns são infecções e traumatismos, mas os cistos também podem aparecer por conta de uma obstrução nas glândulas sebáceas. Em casos mais raros, a genética é a responsável pelo surgimento destes tumores benignos.

Para a maior parte das pessoas, o surgimento dos cistos dispensa de tratamento médico, a não ser quando eles mostram sintomas suspeitos. Nos casos em que a intervenção médica é necessária, são removidos através de cirurgia ou aspirados por meio de agulhas.

Os 11 tipos de cistos mais frequentes

São muitos os tipos possíveis de cistos, de acordo com os sintomas ou com as áreas que acometem. Apenas um especialista poderá indicar um diagnóstico adequado, mas vale ficar atento às classificações a seguir para conseguir identificar quais são os mais frequentes.

Cisto de Bartholin

A glândula de Bartholin encontra-se na parte anterior da vagina. Quando essa glândula se apresenta obstruída, gera o que é conhecido como cisto de Bartholin. Em boa parte dos casos o cisto é assintomático e regride sem intervenção médica. Em caso de desconforto vaginal, deve ser procurado um ginecologista para avaliar a necessidade de tratamento, que poderá ser feito com o uso de antibióticos, inflamatórios, ou cirurgia. Veja o que pode causar o desenvolvimento do cisto de Bartholin.

Cisto De Baker

Cisto de Baker

O cisto de Baker aparece na região dos joelhos, especificamente em suas articulações. Apresentam-se como caroços na parte anterior do joelho e aparecem por conta de um acúmulo de secreções líquidas na articulação. São assintomáticos, na maior parte dos casos, mas também podem gerar algum desconforto e dificuldade na realização de movimentos na área.

O cisto de Baker normalmente tem sua origem em doenças no joelho que proporcionam traumas em sua estrutura, como por exemplo a artrose e a lesão do menisco. Além dessas, também pode aparecer por conta da artrite reumatoide ou gota, em casos mais raros.

Cisto no ovário

Na maioria dos casos, quando presente no ovário, o cisto não é maligno, portanto não apresenta danos à saúde feminina. Boa parte desses cistos, por serem assintomáticos, muitas vezes nem são percebidos pela mulher. Podem surgir por conta de oscilações hormonais (que acontecem durante a menstruação, durante a gravidez ou durante a menopausa).

A maior parte dos cistos ovarianos não necessita de uma intervenção médica mais séria e podem regredir espontaneamente. Há casos mais raros, no entanto, em que somente uma cirurgia consegue retirá-lo, seja por conta do tamanho ou por conta de sintomas secundários envolvidos.

Através de um exame de imagem, o médico consegue diagnosticar possíveis características de que um cisto é maligno ou não. Nos casos em que apresenta risco à vida da paciente, a cirurgia é a opção escolhida.

Existem vários tipos de cistos ovarianos, veja quais, como identificar e como é feito o tratamento.

Cisto Sebáceo No Pescoço

Cisto sebáceo

O cisto sebáceo é um dos mais comuns nos casos relatados em consultórios. É um caroço que se forma abaixo da pele e é composto por sebo, como o próprio nome sugere.

Esse cisto é bastante frequente dentro de folículos pilosos. Não são malignos, portanto a resolução do problema costuma ser simples. Em casos mais incômodos, desencadeados por infecções que levam a processos inflamatórios, o médico deve ser consultado para que possa realizar a sua remoção. Como é um procedimento relativamente rápido, o próprio dermatologista conseguirá executá-lo, sem que seja necessária a intervenção de um cirurgião.

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Cisto de Naboth

Tal como o cisto no ovário, o cisto de Naboth também envolve o público feminino. Ele se forma no colo do útero, por meio do acúmulo de secreção que as glândulas de Naboth liberam. Quando os dutos estão obstruídos, os mucos não conseguem sair e geram os cistos.

Aparecem em mulheres mais jovens, ainda em idade fértil, e não costumam gerar complicações, já que se apresentam em forma benigna. Quando não desaparecem de forma espontânea, o especialista pode indicar um tratamento que geralmente é feito por meio de eletrocauterização.

Cisto no rim

Quando surge no rim, na maioria das vezes o cisto não apresenta malefícios ao paciente, mas deve ser monitorado por um médico de confiança. Se os exames de imagens apresentarem resultados preocupantes, como indícios de câncer ou um abscesso, o médico deve realizar uma análise mais cuidda, recorrendo a outros exames, que podem incluir: Punção aspirativa para análise em laboratório, tomografia e ressonância magnética. Se for detectado algo mais grave, o paciente receberá o tratamento de acordo com o seu diagnóstico.

Cisto pilonidal

Também um dos mais recorrentes, o cisto pilonidal (ou sacral) é encontrado normalmente no fim da coluna, na região dos glúteos. Geralmente apresenta desconforto para o paciente, que se queixa de dor e calor no local. Trata-se de uma infecção cutânea perto do cóccix. Forma-se pelo material das glândulas sebáceas juntamente com fragmentos da pele e de pêlos. O tratamento, em boa parte dos casos, é realizado através de cirurgia, sendo necessária a avaliação de um especialista, para perceber qual a melhor forma de intervenção para a situação. Saiba mais sobre a sua origem e como tratar este tipo de cisto.

Cisto no fígado

O cisto no fígado exige atenção! Em boa parte dos casos, é assintomático e não apresenta danos graves. Em casos de cistos grandes, no entanto, ou com sintomas suspeitos de malignidade, um médico poderá exigir exames adicionais para garantir um diagnóstico preciso.

Cisto sinovial

Esse cisto acomete as articulações, sobretudo na região do punho e dos joelhos. Também se apresenta nos tornozelos e, em casos menos frequentes, nos pés.

É um tumor benigno, por isso não representa grandes riscos aos pacientes. As origens são desconhecidas, mas os especialistas acreditam que surgem a partir de lesões locais. Normalmente é assintomático, mas em casos mais raros os pacientes apresentam queixas de incômodo ou falta de sensibilidade no local.

Cisto aracnoide

O cisto aracnoide é um dos tumores mais raros encontrados no corpo humano. É um acumulado de líquido cefalorraquidiano no cérebro, especificamente entre as suas membranas. É um problema que normalmente é atribuído aos recém-nascidos, portanto é uma lesão congênita. Os bebês não apresentam sintomas mas, em caso de crescimento excessivo, esses cistos podem representar riscos à saúde cerebral da criança e ao seu desenvolvimento. Quando necessário, o tratamento é feito através de cirurgia:

  • Sistema de drenagem permanente;
  • Fenestração;
  • Fenestração endoscópica.

Cisto Na Mama

Cisto na mama

Quando surgem nos seios, em boa parte dos casos os cistos não representam grandes problemas. Normalmente acometem mulheres jovens, até os cinquenta anos. As lesões são acompanhadas, em boa parte dos casos, apenas por meio de um exame de toque. Quando apresentam sintomas colaterais, como dor ou desconforto, o médico poderá pedir um exame mais aprofundado, como por exemplo uma punção para análise laboratorial.

Para conseguir detectar o aparecimento de cistos a tempo e obter um diagnóstico favorável, é fundamental que as mulheres realizem um autoexame de toque diário.

Outros tipos

Além dos já descritos, os cistos também podem ocorrer no epidídimo, trompa de Falópio, cordas vocais, cavidade torácica e pâncreas.

Possíveis causas

São vários os fatores que podem originar o desenvolvimento de um cisto (dos mais simples aos mais graves). Normalmente, são causados por infecções, doenças inflamatórias, traumas locais ou pelo simples bloqueio de algumas glândulas corporais. Há também os casos congênitos, genéticos e, em casos mais raros, o crescimento de tumores.

Os cistos podem virar câncer?

Esta é uma dúvida que paira no imaginário coletivo de boa parte da população. Na maioria dos casos, os cistos não apresentam riscos e regridem sem qualquer intervenção médica. Devem apenas ser monitorados para evitar que surjam complicações inesperadas, como o crescimento desenfreado ou características atípicas.

Portanto, é mínima a chance de um cisto se tornar um câncer, mas o acompanhamento médico é fundamental para perceber os casos graves e os casos benignos.

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Qual é a diferença entre um tumor e um cisto?

Tumores e cistos são duas coisas diferentes:

Cisto: o cisto é uma bolsa que pode conter ar, líquido ou outro material. Pode se formar em qualquer parte do corpo, mesmo nos ossos, órgãos e tecidos moles. A maioria não é cancerígena. No entanto, o câncer pode dar origem à formação de cistos.

Tumor: o tumor é uma massa anormal de tecido ou inchaço. Da mesma forma que os cistos, os tumores formam-se em qualquer parte do corpo, mas podem ser benignos ou cancerosos (malignos).

Quando o cisto contém componentes sólidos, pode ser benigno ou maligno. Nestes casos, deve ser realizado um estudo mais aprofundado. A melhor forma de determinar se um cisto ou tumor é benigno ou maligno é recolhendo uma amostra do tecido afetado (através de biópsia) e analisar em laboratório.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Dr Diogo Olive Gomes (Médico de família e comunidade e Homeopata - CRM/PR: 34.257)

Dr. Diogo Olive Gomes - CRM/PR 34.257

Medicina de Família e Comunidade - RQE Nº: 23995

Homeopatia - RQE Nº: 23996

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Profissional graduado há 10 anos, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Com Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, pela Faculdade de Medicina da USP. E também com Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Brasileira.

Trabalhou como Auditor Médico pelo Exercito Brasileiro. Atua com Atenção Primária à Saúde na Saúde Suplementar, com experiência em atendimento de urgência e emergência, ambulatorial e domiciliar.

Hoje atua como Coordenador Médico de Ambulatório de Medicina de Família, dentro do Hospital da Cruz Vermelha - Regional Paraná. Atende também em Consultório Particular, como Homeopata. É diretor da Associação Médica Homeopatica do Paraná.

Também pode encontrar o Dr. Diogo no Linkedin, ou no Google.


Bibliografia
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    Última atualização da página em 08/09/24