O melanoma é um tumor cutâneo maligno com origem nos melanócitos, que são as células da epiderme produtoras de pigmento e responsáveis pela tonalidade da pele (Fig. 1). Embora seja responsável por somente 4 por cento dos tumores da pele, é a neoplasia cutânea com maior mortalidade, devido ao seu potencial de metastização.

Figura 1
Nas últimas décadas, observou-se uma incidência crescente de melanoma.
Atendendo à falta de terapias adequadas para a doença metastática, o melhor tratamento continua a ser o diagnóstico precoce e a excisão cirúrgica atempada.
De acordo com o DR. Rubens Pontobello, Membro de Sociedade Brasileira de Dermatologia, é importante ter em mente que a cura para os tumores cutâneos está diretamente relacionada com a prevenção. As diferentes campanhas de sensibilização levadas a cabo pelos serviços de saúde e pela comunicação social têm despertado a opinião pública para um problema anteriormente desconhecido por muitos, mas que cada vez mais é uma realidade entre nós.
Tem-se verificado uma maior preocupação da população geral no que diz respeito à vigilância das alterações na pele e uma maior procura por cuidados médicos especializados.
A prevenção primária é fundamental. Embora tenha um maior impacto nas camadas mais jovens da sociedade, continua a ter o seu papel relevante, transversal a todas as faixas etárias. A evicção da exposição solar prolongada (natural e artificial) deve ser encorajada pela diminuição da exposição direta ao sol, sobretudo entre as 12 e as 17 horas, uso de vestuário protetor (como é o caso do chapéu) e aplicação de filtros solares de índice de proteção 50+.
Alguns grupos são considerados de risco e devem ser sujeitos a uma vigilância mais apertada.
Doentes de pele e olhos claros, com mais de 50 nevos (vulgarmente denominados «sinais »), história pessoal de queimaduras solares, a fazer medicação imunossupressora ou familiares de doentes com antecedentes de melanoma maligno têm um risco aumentado de desenvolver este tipo de neoplasia.
Entenda como identificar um melanoma
O auto-exame da pele é parte integrante do diagnóstico precoce das neoplasias cutâneas.
Deve ser encorajado o exame mensal de todo o tegumento cutâneo, incluindo mucosas e unhas, sendo por vezes necessário o auxílio de um segundo espelho (de mão), nas áreas difíceis de visualizar, como é o caso do dorso (Fig. 2).

Figura 2
SHAPE * MERGEFORMAT
Os doentes devem ser instruídos a distinguir uma lesão suspeita de uma não suspeita. É importante reconhecer a diferença entre um nevo e um melanoma.
Um nevo é uma lesão redonda ou oval, simétrica, plana ou saliente, de contornos regulares e SHAPE* MERGEFORMAT precisos, coloração homogénea, que pode variar entre o castanho claro e escuro (Fig. 3). Pode estar presente ao nascimento ou surgir durante toda a vida do indivíduo.
Geralmente, mantém as dimensões e características ao longo dos anos. Os nevos são universais, sendo a maior parte deles inofensivos.
Quando um nevo sofre alterações, o doente deve estar familiarizado a reconhece-las e procurar prontamente uma observação por um médico.

Figura 3
A regra «ABCDE» é um método simples, fácil e rápido de executar e tem como objectivo distinguir lesões suspeitas de não suspeitas. Deve ser explicada aos doentes, para que a apliquem mensalmente.
Para além de reconhecer lesões suspeitas, este gesto, uma vez tornado rotineiro, possibilita o reconhecimento de modificações discretas, que muitas vezes despertam a suspeita clínica.
Estudos australianos mostraram que os doentes com melanoma que executavam regularmente o auto-exame de pele tinham uma maior sobrevida após o diagnóstico.
Fazer do doente parte integrante na cadeia da prevenção aumenta a taxa de lesões diagnosticadas precocemente, assim como a sobrevida dos doentes com melanoma maligno.
Para além do exame clínico, existe a possibilidade de observar as estruturas profundas do nevo com o auxílio de um dermatoscópio.
A dermatoscopia é um método in vivo para o diagnóstico precoce do melanoma e de outros tumores cutâneos.
O seu uso aumenta a precisão diagnóstica em 5-30 por cento comparativamente à inspeção clínica. Atualmente, é executada por dermatologistas e requer uma aprendizagem e treino especializados.
Para além da visualização de estruturas profundas da pele não observáveis a olho nu, a dermatoscopia pode ser acoplada a um sistema informático, possibilitando o armazenamento de imagens, muitas vezes essencial na avaliação sequencial das lesões (Fig. 5).

Figura 5
Neste momento, o diagnóstico precoce de melanoma maligno depende de três pilares básicos: o auto-exame, o exame clínico e o exame dermatoscópico (Fig. 6). Todos eles com uma importância própria e complementares entre si.

Figura 4 – Regra ABCDE

Figura 6
Para identificar um melanoma o indivíduo deve observar atentamente uma pinta, verruga ou mancha na pele suspeita, com uma lupa e observar se:
• metade é exatamente igual à outra ou se há assimetria (suspeite se houver diferença);
• As bordas da pinta são bem firmes e delineadas ou se são irregulares (suspeite se elas forem irregulares);
• A cor da pinta, ou da manchinha, é uniforme ou há mais de uma cor (suspeite se tiver mais de uma cor);
• O tamanho é maior que 6 mm, suspeitando se for.
O melanoma costuma arder, coçar, doer, sangrar ou ser diferente de outras pintas, verrugas ou manchas que o paciente possui, ficando atento em todos os sinais e procurando um médico dermatologista sempre que surgir dúvidas.
Dermatologista - CRM: 46.608 / RQE: 32.368
O Dr. Daniel Seixas Dourado é Graduado em Medicina pela Universidade Severino Sombra – RJ – 2007. Para além disso possui:
- Especialização em Dermatologia: Hospital Eduardo de Meneses (FHEMIG) – 2009.
- Pós-Graduação Lato-Sensu em Medicina e Cirurgia Aplicada a Estética: CEMEPE – Belo Horizonte – 2010.
- Título de especialista em Dermatologia: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela associação médica brasileira – AMB.
- Especialização em cirurgia da restauração capilar: Facultè de médecine Pierre et Marie de Curie de Paris / France – 2014.
- É membro titular da sociedade brasileira de dermatologia – SBD.
- Membro titular da sociedade brasileira de cirurgia Dermatológica (SBCD).
- Membro da associação brasileira de cirurgia e restauração capilar- ABCRC.
Endereço: Rua Bernardo Guimarães, 2717, sala 903 - Santo Agostinho, Belo Horizonte – MG
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Telefone: (31) 9 9446 2446
Também pode encontrar o Dr. Daniel no Linkedin, Facebook e Instagram. Pode consultar o Currículo Lattes Aqui.
- Oncoguia
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-pele-melanoma/556/187/ - American Cancer Society
https://www.cancer.org/cancer/melanoma-skin-cancer/detection-diagnosis-staging/signs-and-symptoms.html - CUF
https://www.cuf.pt/mais-saude/aprenda-reconhecer-o-melanoma - DR. RUBENS PONTELLO | CRM: 24645 | Especialista em dermatologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)
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