Como Tratar a Gordura no Fígado? Quais as causas e Como identificar?

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 08/09/24

O Fígado gordo não é uma doença, mas sim uma patologia. Podemos dizer que se trata da infiltração de gorduras no fígado.

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O que faz o fígado ficar gordo?

A gordura no fígado pode ser causada por alguns compostos químicos, distúrbios nutricionais e endócrinos, e devido fatores genéticos.

As principais drogas e compostos químicos que podem estar na origem da gordura no fígado são o álcool, a tetraciclina, o metotrexato, o ácido valpróico, a cortisona, e os medicamentos semelhantes à cortisona, tetracloreto de carbono e outros solventes.

De todos estes, o álcool é de longe a causa mais comum.

A inflamação do fígado pode acompanhar a exposição a estas toxinas e é responsável pelos sintomas associados á febre, fadiga e icterícia. As causas nutricionais para o problema incluem a desnutrição ou a obesidade.

A gordura no fígado também pode ocorrer com a redução rápida de peso ou extremos, como pode ocorrer após uma operação de bypass gástrico ou intestinal para a obesidade.

Em alguns pacientes com esteatose hepática a gordura é acompanhada por inflamação (esteatohepatite) e, ocasionalmente, a gordura e a inflamação pode levar a cicatrizes do fígado (fibrose).

As causas endócrinas do fígado gorduroso incluem a diabetes, colesterol elevado ou triglicéridos, e fígado gorduroso da gravidez.

A gordura no fígado durante a gravidez ocorre perto do final da gravidez e pode resultar em um parto prematuro ou de cessação da gravidez.

Como identificar

Gordura No Fígado

A Gordura no fígado geralmente não produz quaisquer sinais ou sintomas específicos. Ocasionalmente os pacientes irão sentir uma dor no abdômen superior direito.

Os exames de sangue podem revelar uma elevação da química do fígado (TGO ou AST, TGP ou ALT, GGT e fosfatase alcalina).

A esteatose hepática pode ser detectada por um ultra-som, tomografia computadorizada ou ressonância magnética (MRI), o exame do fígado.

A confirmação do diagnóstico requer uma biópsia hepática.

Em casos leves, onde o paciente não tem sintomas químicos do fígado são normais ou minimamente elevados, e pode ser necessário fazer uma biópsia.

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O que fazer para evitar o acúmulo de gordura no fígado?

A gordura entra no fígado a partir do intestino depois de ser digerido e modificado por células que revestem a parede intestinal.

As gorduras derivadas dos tecidos gordurosos do resto do corpo também podem entrar no fígado.

Os pacientes incapazes de quebrarem a entrada de gordura que está sendo transportada para o fígado podem vir a desenvolver um acúmulo anormal de gordura dentro das células do fígado e do fígado inteiro (esteatose).

Este problema pode originar outras doenças hepáticas?

Sim, estas gorduras associadas à ingestão de álcool podem evoluir rapidamente para uma doença mais grave, incluindo hepatite alcoólica e cirrose , e em pessoas que não bebem, esteatose hepática associada à inflamação e tecido cicatricial, esteatohepatite não alcoólica (NASH), raramente leva à cirrose.

Como tratar a gordura no fígado

O Tratamento da gordura no fígado depende da causa. A esteatose hepática devida ao álcool pode ser revertida se a ingestão de álcool for interrompida.

Da mesma forma, um fígado neste estado provocado pela ingestão de drogas ou exposição a produtos químicos pode ser revertido se a droga for deixada de consumir ou a exposição a substâncias químicas parar.

Se devido a obesidade a melhor forma é fazer um programa de redução de peso, composto por uma dieta com nutrição em baixo teor de gorduras e exercício físico.

Em pacientes com diabetes pode ser controlado com uma dieta e um melhor controlo dos niveis de açúcar no sangue.

Nos indivíduos com colesterol elevado ou triglicéridos a dietoterapia é a prescrita em primeiro lugar.

Em pacientes que não respondem à dieta, e naqueles com graves elevações de colesterol e triglicéridos, devem ser prescritos medicamentos específicos para reduzir os níveis destes (por exemplo o, Cholestyramine, Colestid, Lopid, Lipitor, Pravachol, Lescol, Zocor, Mevacor).

A niacina é geralmente evitada, devido à sua tendência de causar elevados teste de fígado.

Alguns pacientes podem ser tratados com suplementos alimentares. (por exemplo, lecitina, L-carnitina).

A L-carnitina pode aumentar o metabolismo da gordura no fígado, enquanto que a lecitina pode prevenir alguns dos danos nos tecidos causados quando o oxigênio reage com a gordura durante as reações químicas de rotina no fígado (peroxidação lipídica).

Uma vez que muitos medicamentos podem causar anormalidades no fígado, é sempre recomendoda uma consulta com um médico especialista na área.

Como Prevenir

Não beba em excesso …

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Preste atenção à sua dieta ….

Em especial, evite doces concentrados, gorduras saturadas e alimentos ricos em colesterol (dieta saudável para o coração).

Sempre que possível utilize gorduras nonossaturadas como o (azeite, óleo de canola), em vez de gorduras polinsaturadas.

Consultar um médico é talvez a primeira questão a por em pratica …

O Seu nutricionista a trabalhar em paralelo com o seu medico de família por exemplo pode orientá-lo quanto à alimentação adequada a seguir.

Podem ser utilizados Suplementos polivitamínicos e vitamina E (<1000 UI / dia).

Mas evite grandes doses de vitamina A, a vitamina A em doses altas pode causar lesão hepática.

Estatísticas

Portugueses sofrem de fígado gordo” – Cerca de 15% da população tem gordura no fígado.

Os cerca de 1,2 milhões de portugueses afectados representam ainda um numero crescente da doença.

A grande preocupação dos médicos, é o facto de cada vez mais crianças aparecerem em consultas de especialidade com esta patologia, que pode levar à cirrose ou à insuficiência hepática.

Os dados foram revelados recentemente, na Conferência Europeia de Esteato-hepatite Não Alcoólica.

No caso dos mais novos, a obesidade infantil é a grande causa; nos restantes a diabetes, obesidade, falta de exercício e a hipertensão estão na origem da doença.

Links úteis:

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube

Marcação de consultas 85-99992-2120


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    Última atualização da página em 08/09/24