Complicações da abdominoplastia

Revisão Clínica: Reinaldo Rodrigues (Enfermeiro - Coren nº 491692). Atualizado: 09/09/24

Seguindo a máxima de que todo procedimento cirúrgico agrega um determinado risco inerente ao processo, a cirurgia plástica denominada abdominoplastia não foge à regra. Desse modo, a remoção do tecido adiposo presente na região abdominal, principal objetivo do método, pode trazer algumas complicações, conforme será exposto a seguir.

Continua depois da Publicidade

fotos da abdominoplastia 12

Seromas

Um dos riscos mais comuns e preocupantes atrelados à abdominoplastia é o aparecimento de seromas, espécies de bolsas de líquido que se formam nas imediações das cicatrizes geradas pela cirurgia. Provocados em virtude da ausência de um curativo apropriado ao término da cirurgia, geralmente esses seromas culminam em processos inflamatórios.

Segundo os especialistas, as chances de surgimento dos seromas são minimizadas quando a abdominoplastia é realizada em conjunto com a lipoaspiração. Neste caso, os vasos sanguíneos presentes na área superior da região abdominal acabam sendo conservados com relação ao contato do cirurgião.

Infecções e necroses

A abdominoplastia também pode acarretar infecções e necroses nas cicatrizes pós-cirúrgicas. Contudo, essas complicações são mais comuns em pessoas que levam um ritmo de vida sedentário, são obesas, ou adeptas do tabagismo. Visando diminuir o índice de risco relacionado aos problemas citados, os indivíduos que se enquadram em alguma das três condições acima passam por um tratamento especial antes de se submeterem à cirurgia.

Abertura dos pontos

Como qualquer ato cirúrgico, a abdominoplastia também está sujeita à abertura dos pontos, o que expõe a região a possíveis infecções. Para evitar que isso aconteça, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações médicas quanto ao período pós-cirúrgico.

Dentre as recomendações mais importantes estão o uso da cinta abdominal em período integral ao longo de um mês (deve ser retirada apenas para a realização de necessidades fisiológicas e durante o banho), além do repouso absoluto nos próximos 30 dias posteriores à cirurgia.

No que concerne à fase pós-cirúrgica, o paciente deve ter plena dedicação ao repouso. O processo de cicatrização é relativamente lento, podendo ser concluído apenas após um ano, aproximadamente. Tendo em vista que 70% desse processo é finalizado após cerca de 42 dias, o ideal é que os primeiros exercícios físicos sejam efetuados a partir do 45º dia depois da abdominoplastia.

Mesmo assim, essas atividades devem ser leves. Movimentos que requeiram uma grande dose de esforço, como a natação, devem ser realizados somente depois de quatro meses. Em contrapartida, cabe ressaltar que todos esses prazos são apenas especulações, podendo variar de acordo com a capacidade de recuperação de cada organismo.

Trombose venosa profunda

Dentre todas as complicações tipicamente correlacionadas à abdominoplastia, o risco de trombose venosa profunda é o mais preocupante, uma vez que ele possui um elevado potencial para provocar a morte do paciente.

O teor destrutivo e arrasador dessa complicação se deve à interferência causada por ela no funcionamento de órgãos vitais para a manutenção da vida, principalmente os pulmões e o coração. Como alternativa de prevenção do problema, os médicos costumam recorrer à administração de remédios com função anticoagulante.

Como minimizar os riscos de complicações da abdominoplastia

Para correr o menor risco possível, o paciente deve realizar uma consulta prévia quanto à reputação do cirurgião plástico incumbido de conduzir a cirurgia, bem como do local destinado à mesma. Além disso, um cirurgião experiente detém uma capacidade maior para lidar com complicações durante o procedimento. Afinal, problemas podem acontecer mesmo quando são tomadas todas as precauções.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Reinaldo Rodrigues (Enfermeiro - Coren nº 491692)

Enfermeiro - Coren nº 491692

O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.

Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.

Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.

A informação foi útil? Sim / Não

Ajude-nos a melhorar a informação do Educar Saúde.

Encontrou um erro? Está faltando a informação que está procurando? Se ficou com alguma dúvida ou encontrou algum erro escreva-nos para que possamos verificar e melhorar o conteúdo. Não lhe iremos responder diretamente. Se pretende uma resposta use a nossa página de Contato.


    Nota: O Educar Saúde não é um prestador de cuidados de saúde. Não podemos responder a questões sobre a sua saúde ou aconselhá-lo/a nesse sentido.
    Última atualização da página em 09/09/24