As dores de crescimento são muitas vezes erradamente confundidas com problemas ósseos ou musculares. Contudo, é um erro natural, já que, tal como o nome indica, implica dor em alguns membros, especialmente nas pernas. A dor nas pernas é uma das causas mais frequentes para consultas de reumatologista pediátrica, e numa parte significativa, a sua origem são as dores de crescimento.
Zonas do corpo mais afetadas
Afeta principalmente os membros inferiores, musculares na sua maioria, particularmente na região das pernas: panturrilha, atrás dos joelhos, coxas. No entanto em alguns casos, embora em menor percentagem, atinge outras zonas como os pés, calcanhares, e outros membros superiores como os braços e a cabeça.
Idade
A dor de crescimento é uma doença cientificamente chamada de síndrome Osgood-Schlatter que afeta crianças e adolescentes, iniciando-se por volta dos 3, 4 anos, podendo esses episódios de dor persistir até aos 18 ou 20 anos.
Um problema de saúde infantil cujas causas não são conhecidas, mas que provocam a sensação de dor em crianças sem qualquer motivo físico para a existência desse problema.
No entanto, esta é uma doença de natureza benigna, que desaparece com o tempo e que não traz consigo quaisquer complicações ou consequências futuras. Saiba mais sobre esta doença, as prováveis causas, os sintomas e como tratar.
O que é a dor de crescimento
A dor de crescimento é uma doença caracterizada pelo surgimento de episódios repetitivos de dores nas pernas em crianças saudáveis, normais e ativas. Estes episódios podem ser esporádicos ou ocorrer diariamente, podendo durar poucos dias ou prolongar-se mais no tempo.
A sensação de dor é descrita pela criança como intensa e profunda, ocorrendo mais frequentemente no final do dia ou durante a noite. Esta dor não tem associada sintomas como inchaço, ardor ou vermelhidão, habituais em inflamações articulares.
Uma situação habitual nestes casos é a criança acordar a meio da noite com a dor, e após a toma de analgésicos ou a realização de uma massagem, ela desaparece, podendo no dia seguinte realizar as suas atividades habituais sem quaisquer dores associadas.
Este problema pode afetar tanto meninos como meninas, em qualquer idade. Contudo, há predominância deste problema nas meninas, especialmente entre os 3 e os 13 anos.
Causas da dor de crescimento
Não existem ainda causas conhecidas para a dor de crescimento. Contudo, há alguns fatores que estão associados ao surgimento desta doença, e que podem ajudar a explicar um pouco a sua origem.
Fatores como situações de crises durante a infância (ir para uma escola nova, início de um emprego do pai mais presente, nascimento de um irmão, etc.) ou a existência de distúrbios emocionais, estão normalmente presentes ao mesmo tempo que a doença.
Existem também fatores hereditários associados, já que é comum filhos de pais que já sofreram de dor de crescimento sofrerem também do mesmo problema.
Além disso, parece haver uma tendência destes casos para dores crônicas, já que filhos de pais que também tiveram este problema costumam ter também outras dores associadas, como dor abdominal ou dores de cabeças.
No entanto, e como referimos em cima, a dor de crescimento acaba sempre por desaparecer, sem deixar quaisquer sequelas para a vida.
Há ainda teorias que defendem que a dor de crescimento tem uma origem física. Estas propõem que as dores de crescimento durante a infância e adolescência estão relacionados a períodos de grande fadiga, ou então, associados a atividades de grande impacto perto das áreas de crescimento.
Sintomas das dores de crescimento
As dores de crescimento, apesar de poderem ocorrer em outras zonas, surgem comummente nas pernas, principalmente na região anterior da coxa e perna.
Além da dor, há ainda outros sintomas que podem surgir, como por exemplo a criança mancar. Estes sintomas, associados a uma fadiga grande, pode no entanto ser sinal de outro problema, sendo por isso importante consultar um médico ortopedista.
Tratamento para a dor de crescimento
Não existindo nenhuma doença ou problema físico por detrás das dores de crescimento, não existe um tratamento específico. Contudo, é essencial que se excluam todas as outras possibilidades, através da realização de exames adequados.
Após se confirmar realmente a existências de dores de crescimento, é importante conversar com os pais, de modo a explicar a natureza deste problema. Como mencionamos anteriormente, a dor de crescimento é uma doença benigna, que irá desaparecer e não tem nenhum impacto no desenvolvimento e crescimento da criança.
Como aliviar
Apesar de não existir nenhum tratamento específico, há várias coisas que pode fazer de modo a ajudar a aliviar a dor. Pode utilizar analgésicos, calor ou massagens.
Uma das ações que ajuda a criança a ficar melhor é deitá-la com as pernas elevadas, e com elas assim, massagear levemente a zona dorida. Há ainda algumas situações, mais específicas, onde o acompanhamento por parte de um psicoterapeuta pode ser importante para ajudar a tratar o problema.
A criança que sofra de dor de crescimento não é na verdade uma criança “doente” e como tal, não há qualquer razão para que ela tenha quaisquer limitações à sua vida habitual. Pode assim ter uma alimentação normal, realizar exercício físico e manter a sua rotina diária.
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
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