É a foto mais desejada embora não seja essa, nem de longe, a mais importante das suas funções.
Tecnicamente falando, o ecógrafo é um aparelho que emite ondas de ultrasom, como um radar. Ao encontrar-se com um obstáculo (tecido, um osso …), umas ondas ressoam e, o computador recolhe toda a informação que transmitem. Depois, graças a um programa informático, traduz a informação em imagens. É assim que podemos apreciar o pequeno corpo que se vai formando e transformando ao longo dos nove meses de gestação.
Na prática, a futura mãe deita-se sobre uma cama enquanto o médico aplica sobre a sua barriga um gel que atua como condutor. Depois passa por cima um tradutor (uma sonda) que emite ultrasons até às zonas que se querem explorar e, o feto materializa-se no ecrã do computador para que se possa ver.
As primeiras ecografias obstétricas devem ser vaginais
O primeiro procedimento descrito corresponde a uma ecografia externa ou abdominal, a mais habitual. No entanto, no primeiro trimestre deve-se fazer uma ecografia interna ou vaginal. Nestes casos, a sonda é introduzida pela vagina e pega-se à parede uterina. A informação que proporciona é mais fiável e mais nítida mas, quando a gravidez está mais avançada, este sistema deixa de ser efetivo.
O protocolo da Segurança Social prescreve três ecografias obstétricas durante a gravidez, sempre que a gravidez seja normal e a mãe não entre no grupo de “gravidezes de risco”. Sem dúvidas, há especialistas que indicam a necessidade de uma quarta ecografia, vaginal, no momento que a mulher conhece o seu estado. É útil para detectar uma gravidez ectópica e comprovar que a gestação é viável.
Quanto às novas tecnologias, a técnica mais nova é a ecografia a 3 dimensões. Pese as suas limitações, a imagem do computador é muito mais precisa e real. É mais complicada de conseguir e requer a conjunção de muitos factores como a posição fetal e a ausência de movimento, mas uma vez conseguida, podem-se ver detalhes muito precisos do aspecto externo do feto.
Além disso, serve para detectar possíveis anomalias morfológicas (como cardiopatias), para estudar e medir o volume dos órgãos e para avaliar o líquido amniótico e o estado da placenta. De momento, continua a ser uma opção excessivamente cara para o bolso do comum cidadão e só é realizada em clínicas privadas.
Obtêm-se imagens cada vez mais nítidas
Hoje em dia, a ecografia goza de uma excelente reputação. Os resultados estão a anos luz das primeiras aplicações, lá pelos anos sessenta, quando só logravam reconstruir uma imagem fixa e se usavam para medir o perímetro craniano do feto.
Agora, com a imagem de alta resolução e o zoom, a qualidade e claridade do estudo são absolutamente espetaculares. E, um último dado de interesse: a prova não é dolorosa nem magoa e, o que é mais importante, não é prejudicial nem para a mãe nem para o feto.
É uma ferramenta imprescindível para avaliar a evolução da gravidez. No ecrã do computador, a futura mãe pode ver a imagem do seu bebé.
As ecografias
Primeiro trimestre
Realizado entre as 8, 9, 10, 11 e 12 semanas. A ecografia é vaginal.
Para que serve: O médico já pode comprovar se é uma gestação simples ou múltipla e se é viável. Medindo o tamanho do feto (desde o crânio até ao fim da coluna) determina-se o momento da gestação e, graças a isto, pode-se calcular a data do parto.
Segundo trimestre
Realizado entre as 18, 19 e 20 semanas
Podem-se detectar certas malformações no feto. Em tal caso, informa-se os pais das possíveis consequências e, quando é necessário, oferece-se a oportunidade de aborto terapêutico (esta medida só é possível até à semana 22 da gravidez).
Para que serve: Comprova-se a existência dos órgãos e detectam-se possíveis anomalias estruturais. Às vezes pode-se descobrir qual é o sexo. Neste período é importante verificar a posição da placenta.
Terceiro trimestre
Realizado entre as 34, 35 e 36 semanas
Na última ecografia comprova-se o volume do líquido amniótico e o estado da placenta. O médico observa o crescimento do bebé e a posição e apresentação do feto.
Para que serve: Estas medidas servem para avaliar o sucesso do parto, considerar a necessidade de uma cesariana ou prever um parto prematuro.
Ginecologista e Obstetra - CRM SP-119093
Dra Camille Vitoria Rocha Risegato - CRM SP nº 119093 é formada há 14 anos pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro.
> Consultar CRM (Fonte: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos&Itemid=59)
Dra Camille mudou-se para São Paulo onde realizou e concluiu residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (RQE nº 25978) no Centro de Referência de Saúde da Mulher no Hospital Pérola Byington em 2007.
Em 2008 se especializou em Patologia do Trato Genital Inferior nesse mesmo serviço. Ainda fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia na Escola Cetrus.
Trabalha em setor público e privado, atendendo atualmente em seu consultório médico particular situado na Avenida Leoncio de Magalhães 1192, no bairro do jardim São Paulo, zona norte de São Paulo.
Também pode encontrar a Dra Camille no Linkedin, Facebook e Instagram
.- Ecografia obstétrica
www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/ecografia-obstetrica/
Autor: Drª Elsa Pereira, médica ginecologista (NOM 39980).
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