A embolia é o bloqueio súbito de uma artéria provocado por qualquer matéria (sólida, semi-sólida ou gasosa) que é transportada na corrente sanguínea até ao local onde forma uma obstrução.
O objecto ou matéria que causa a embolia designa-se por êmbolo.
A presença de alguma matéria não líquida na circulação é sempre anómala e porque a movimentação do sangue nas artérias se alastra por todas pequenas ramificações dos vasos sanguíneos, o bloqueio dar-se-á inevitavelmente algures privando uma parte do corpo da irrigação de sangue que lhe é essencial.
Causas de embolia
Existem diversas formas de embolia.
A embolia é provocada, habitualmente, por coágulos de sangue que, por vezes, se originam nas veias e atravessam o lado direito do coração penetrando as artérias que levam o sangue aos pulmões.
Também pode ser causada pelas seguintes razões:
- cristais de colesterol nas placas de ateroma das grandes artérias.
- extensões de matéria infectada devido a lesões graves
- ar ou azoto em acidentes de mergulho
- tutano e gordura dos ossos nas fracturas ósseas
- células dos tumores e outras substâncias e
- matérias infectadas, tais como as vegetações na inflamação do revestimento do coração endocardite
- A gravidade de uma embolia também irá depender da natureza da matéria em circulação.
Fatores de Risco
Os Indivíduos que passaram recentemente por terapias para o câncer estão mais propensos a desenvolver coágulos sanguíneos nas pernas e pulmões.
Outros factores de risco incluem:
- Incapacidade de se mover ou ser uma pessoa acamada;
- Pessoas submetidas a cirurgias ou que quebram algum osso;
- Algumas doenças ou condições que podem aumentar o risco de embolia incluem a doença cardíaca crônica, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral ou paralisia (incapacidade de se mover);
- tabagismo;
- Pessoas sentadas por longos períodos, como longas viagens de avião ou de carro;
- Gravidez, incluindo as 6 semanas após o parto;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Terapia hormonal
Sinais e sintomas de embolia
Os efeitos e sintomas da embolia podem ser muito graves.
Estes dependem da origem do local de onde procedem e são todos devidos à súbita interrupção da irrigação sanguínea.
O maior risco na trombose venosa profunda é a formação de uma extensão de pequenos coágulos de sangue perigosos que se podem tornar muito maiores antes de libertarem na corrente sanguínea.
Tais coágulos passam rapidamente para o lado direito do coração colidindo com as principais ramificações das artérias até aos pulmões.
A isto designa-se de embolia pulmonar e é uma causa comum de morte súbita e inesperada.
Êmbolos semelhantes, mas de menor dimensão podem formar-se no revestimento interior do coração, frequentemente do lado esquerdo, depois de uma trombose coronária.
Estes êmbolos por vezes deslocam-se para um ponto mais alto e causam uma embolia nas artérias vitais do cérebro, conduzindo a um ataque.
Os pequenos êmbolos do colesterol que surgem de doença nas artérias carótidas, habitualmente causam acidente isquémico transitório.
Sintomas a ter atenção:
- Perda de consciência
- Dor no peito
- Aumento da frequência cardíaca
- Dor nas costas e dor lombar
- Pernas cansadas, pesadas ou a pele quente nas pernas, veias visíveis, inchaço nas pernas, e dor ou cansaço nos pés.
Diagnóstico
- A embolia diagnostica-se a partir dos seus efeitos. É extremamente grave e pode dar origem a morte súbita se as artérias pulmonares estão obstruídas.
- insuficiência de um órgão, tal como de um rim, por falha de irrigação sanguínea
- gangrena de um membro ou órgão
- ataque cardíaco
- acidente vascular cerebral
- perda de consciência devido a diversas bolhas de azoto nas pequenas artérias do cérebro (em acidentes de mergulho)
- dor forte de articulação devido a bolhas de azoto nas articulações (de novo nos acidentes de mergulho)
- transferência do câncer de um local para outro
Prevenção, Cuidados a ter
Para reduzir o risco de embolia deverá:
- deixar de fumar
- manter um peso saudável para a sua altura
- fazer exercício fisico diariamente
Se correr um elevado risco de embolia, o seu médico assistente pode prescrever medicamentos anticoagulantes e anti-agregantes plaquetários para evitar a formação de coágulos de sangue.
Pode colaborar na prevenção de trombose venosa profunda, designadamente:
- evitando a imobilidade, especialmente após a cirurgia
- mantendo-se activo, especialmente em voos de longa distância. Levantar-se e circular
- sempre que possível e contrair os músculos das pernas com frequência durante o voo.
Usar meias elásticas (que podem ser compradas nas farmácias) pode reduzir substancialmente o risco de trombose venosa profunda.
Tratamento para embolia
Por vezes, o êmbolo pode ser removido através de cirurgia antes que os seus efeitos se tenham desenvolvido.
No caso da embolia, é essencial que seja diagnosticado o mais cedo possível para que a alternativa de cirurgia seja possível.
Cirurgia
Se os medicamentos não atingirem melhorias depois de alguns dias, poderá ser necessário remover o coágulo, através por exemplo, da utilização de um cateter.
A necessidade de cirurgia é bastante rara, pois poderia causar a formação de novos coágulos. Outra alternativa de lidar com o coágulo é através da colocação de um filtro na veia principal, veia cava inferior.
Este filtro vai impedir que o coágulo entre no coração ou pulmões. Esta opção está geralmente reservada para as pessoas que não podem tomar medicamentos.
Medicamentos: anticoagulantes e trombolíticos
O principal objetivo do tratamento em situação de embolia é evitar que o coágulo cresça, se desenvolva mais, e certificar de que não há formação de novos coágulos.
A principal forma de o conseguir é através da toma de alguns medicamentos usados para tratar as embolias: existem dois tipos de medicamentos: medicamentos diluentes do sangue, chamados anticoagulantes, e os medicamentos para dissolução dos coágulos, também chamados de trombolíticos.

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Sugestões de Leitura:
Referências
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001102.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0002092/
http://www.umm.edu/imagepages/18076.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0003810/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0001236/
http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/stents/
Enfermeiro - Coren nº 491692
O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.
Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.
Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.
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