Entenda quem corre o risco de Descolamento da Retina

Revisão Clínica: Dr Eduardo Pantaleao Sarraff (Oftalmologista - CRM 124715). Atualizado: 08/09/24

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver um rompimento ou um descolamento da retina. Esses motivos incluem a presença ou o histórico de algumas condições oculares como a miopia, lesões oculares graves, glaucoma ou a toma de medicamentos para o tratamento do glaucoma, como a pilocarpina, entre outros.

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Descolamento De Retina

Se você tiver algum fator de risco, conheça aqui os principais sinais de alerta e procure atendimento médico imediatamente se tiver algum destes sintomas.

Descolamento anterior

Uma vez que a retina tenha se descolado no passado, é bem comum que haja reincidência. A propensão a isso é proporcional ao grau de degeneração ou afinamento da membrana. A presença de neovasos (frequente em pessoas com diabetes avançada) também contribui para os descolamentos contínuos.

Idade avançada

A degeneração da retina é uma das consequências da idade avançada (superior aos 50 anos), o que colabora para o rompimento da membrana.

Histórico familiar

Nesse caso, chama à atenção novamente o caráter genético do descolamento de retina. A herança de determinados genes contribui para o desenvolvimento de certas patologias, responsáveis pelo aumento da vulnerabilidade da retina. Essas doenças são aquelas ligadas a disfunções do sistema imunológico ou a processos degenerativos.

Miopia de alto grau

As pessoas que possuem miopia têm olhos com dimensões maiores, o que amplifica o grau de suscetibilidade da retina. Pelo risco de complicações relacionadas à miopia, a OMS (Organização Mundial da Saúde) defende que o problema deve ser priorizado pelos órgãos de saúde pública.

A miopia atinge cerca de 25% das pessoas, independentemente do grau. Os quadros mais simples registram uma miopia inferior a 3 graus. Acontece que esse nível já é o suficiente para causar transtornos visuais e, além disso, colaborar para o desenvolvimento de outras enfermidades do globo ocular.

Existe tanto a miopia adquirida como a genética. Segundo alguns estudos, a esmagadora maioria (90%) é adquirida. Vale notar que o suprimento inadequado de vitamina D associado à utilização exagerada de computadores de mesa, laptops, tablets e smartphones propiciam o desenvolvimento de problemas nos olhos.

Por fim, a alta miopia é aquela que causa uma alteração superior aos 6 graus, situação que deixa a retina ainda mais susceptível a sofrer algum problema, como o próprio descolamento.

Por fim, a alta miopia é aquela que causa uma alteração superior aos 6 graus, situação que deixa a retina ainda mais tendenciosa a sofrer algum problema, como o próprio descolamento da respectiva membrana.

Cirurgias oculares

Conforme determinas pesquisas científicas, o risco de descolamento de retina é triplicado nos casos em que o indivíduo foi submetido a uma cirurgia voltada à catarata.

Apesar disso, o aumento das chances não vem sendo acompanhado do número de casos de descolamento vinculados a esse procedimento cirúrgico. A taxa de pacientes operados que sofre o descolamento de retina não chega a 1%.

Diabetes

O diabetes é uma doença extremamente grave e que, se não tratada, pode levar, inclusive, à amputação de membros. Em se tratando dos problemas ocasionados nos olhos, os diabéticos são muito propensos a sofrer alguma retinopatia. No caso daqueles que têm a doença há um longo período (mais de 16 anos), mais de 55% deles desenvolvem alguma patologia que incide sobre a retina.

No início, os vasos são atingidos por sangramentos mínimos. Nesse nível, a chamada retinopatia diabética exsudativa deixa a visão embaçada, mas não chega a causar cegueira. No entanto, a progressão para a retinopatia proliferativa leva ao desenvolvimento descontrolado de vasos na retina.

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Esses quadros também são caracterizados por sangramentos. A diferença é que eles podem ser acompanhados de um descolamento da retina. A consequência final pode ser uma perda acentuada do campo visual ou até mesmo total.

Doenças oculares

Na ampla maioria dos casos, as patologias oculares responsáveis pelo descolamento de retina são aquelas que geram inflamações nos globos oculares. Além de algumas doenças já mencionadas anteriormente, como a toxocaríase e a toxoplasmose, convém destacar:

  • Herpes;
  • Doença de Lyme;
  • Glaucoma;
  • DMRI — degeneração muscular relacionada à idade.

Doenças falciformes

Essas doenças (igualmente denominadas de hemoglobinopatias) comprometem a distribuição de oxigênio para as hemácias, uma vez que atacam a síntese de hemoglobinas, que são as células encarregadas de realizar esse transporte.

Dentre todas as doenças falciformes, a anemia é a variação mais preocupante. Além de estimular o desenvolvimento irregular de vasos sanguíneos, a doença pode provocar várias deformidades oculares. O descolamento de retina tende a ser um dos resultados da evolução desse problema.

Hipertensão

Com o passar do tempo, a hipertensão deteriora os vasos e artérias do organismo, inclusive aqueles que passam pela região dos olhos. Caso o indivíduo não realize o tratamento apropriado para estabilizar essa pressão excessiva, ocorre um enrijecimento dos vasos, o que dificulta o fluxo sanguíneo.

Na retina, o aumento da pressão sanguínea sobre os vasos locais dá início a um quadro chamado de retinopatia hipertensiva. Ele é caracterizado por um déficit nutricional, já que os nutrientes não chegam à retina nas quantidades ideais. Além do risco de descolar a retina, o processo pode levar à redução gradativa da visão.

Outros fatores de risco

Há ainda outros aspectos que, por participarem do processo de enfraquecimento da retina, podem causar o descolamento dessa membrana:

  • Tabagismo — as pessoas que são fumantes passivos também compõem esse grupo de risco;
  • Eclâmpsia — crises convulsivas no decorrer da gestação;
  • Glaucoma;
  • AIDS;
  • Síndrome de Stickler;
  • Homocistinúria — ligada a falhas nos processos metabólicos;
  • Doença de von Hippel-Lindau — patologia rara e ligada ao surgimento de tumores de
  • crescimento desproporcional;
  • Retinoblastoma — tumor maligno mais comum durante a infância e que atinge a retina.
Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Dr Eduardo Pantaleao Sarraff (Oftalmologista - CRM 124715)

Oftalmologista - CRM 124715

O Dr Eduardo Pantaleao Sarraff é Oftalmologista, especialista em Cirurgia Refrativa e Catarata. Além disso possui:

- Graduação em Medicina - Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP/EPM - 2006.

- Residência em Oftalmologia – Universidade Federal de São Paulo - 2010.

- Titulo de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira - 2010.

- Especialização de Catarata – Universidade Federal de São Paulo - 2011.

- Pós-Graduação Lato Sensu em Cirurgia Refrativa – Faculdade de Medicina do ABC - 2013.

Médico colaborador e orientador cirúrgico do setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Unifesp.

Endereço: Alameda dos Maracatins,780 sala 904 Moema, São Paulo-SP - Tel: (11) 5051-2722 /(11) 957417800

Também pode encontrar o Dr Eduardo no Linkedin.


Bibliografia
  • https://www.aao.org/eye-health/diseases/detached-torn-retina-risk
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    Última atualização da página em 08/09/24