As úlceras, feridas nos órgãos genitais femininos são lesões que se manifestam nos grandes lábios da vagina, períneo, zona pubica… (Ver Imagem de Exemplo). Ainda que estas feridas possam causar dor e coceira, por vezes não originam qualquer tipo de desconforto. Muitas vezes ocorrem sem razão aparente e acabam por desaparecer naturalmente, sem necessidade de tratamento.
Estas feridas podem ser o resultado de desordens cutâneas, mas também podem ser sintoma de uma infecção sexualmente transmissível (DST) que afeta pessoas de todas as idades.
As mulheres jovens em particular, apresentam um elevado risco de desenvolvimento de problemas venéreos mais sérios, caso não realizem o tratamento da DST. É importante a mulher consultar o ginecologista para ser realizada a análise das feridas e o tratamento adequado. No só para a segurança da mulher como para evitar o contágio a outras pessoas.
Sintomas: Como Reconhecer uma Ferida genital
As feridas ou úlceras genitais podem manifestar-se através de inflamação, protuberâncias ou bolhas avermelhadas ou da cor da pele. A aparência destas lesões tem tendência a alterar-se com o tempo, podendo tornar-se maiores e mais duras, e fazer-se ou não acompanhar de outros sintomas, tais como:
- Coceira vaginal
- Corrimento vaginal
- Dor na vagina
- Dor pélvica
- Irritação e ardor na vagina
- Sangramento
- Desconforto ao urinar
Os sintomas de doença sexualmente transmissível muitas vezes incluem dor durante o ato sexual, desconforto ao urinar e odores desagradáveis provenientes dos fluídos vaginais.
Causas das feridas genitais em mulheres
As infecções sexualmente transmissíveis nem sempre são as responsáveis pelo desenvolvimento de feridas genitais (Ver Imagem de ferida na vagina). O Eczema, distúrbios cutâneos, reacções alérgicas a perfumes ou detergentes, bem como cistos, pêlos encravados e feridas infectadas também podem ser a causa do problema.
Existem algumas doenças de pele crônicas que também poderão produzir lesões e sintomas de carácter semelhante, como é o caso de coceira, irritação da pele e dor. Este grupo de doenças inclui:
- Vulvovaginite, uma inflamação da vulva e da vagina.
- Dermatite de contato, uma alergia cutânea a certos perfumes e detergentes.
- Dermatite atópica, uma inflamação da pele, geralmente causada por alergias.
- Cistos na vagina.
- Pêlos encravados.
- Câncer de pele.
A causa mais comum de feridas e úlceras vaginais são as doenças sexualmente transmissíveis, que podem ser adquiridas através de sexo oral, anal e vaginal, bem como através da partilha de brinquedos sexuais. Alguns exemplos de DST que podem originar este problema incluem:
- Herpes genital.
- Verrugas genitais
- Cancróide, uma doença bacteriana.
- Sífilis
- Molusco contagioso, uma doença viral que causa bolhas rosadas ou brancas na pele.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico das lesões nos genitais femininos é realizado através de exames físicos. Geralmente o médico realiza um exame pélvico e avalia o histórico médico da mulher. Por vezes são necessário exames adicionais, entre eles, exame ao sangue e análises de uma amostra do tecido lesionado.
Após terem sido determinadas as causas do problema o médico recomenda o tratamento mais adequado para a condição.
Cuidados a ter
Qualquer lesão vaginal ou vulvar deve ser analisada por um profissional de saúde, principalmente o ginecologista. Enquanto espera pela consulta, a mulher pode aliviar a dor e algum desconforto presentes através de um banho de assento.
Prepare este banho enchendo a banheira com água morna. Poderá, também, adicionar uma solução salina suave ou bicarbonato de sódio à água.
Como é feito o tratamento
O tratamento utilizado irá depender da natureza das feridas presentes na vagina. Para eliminar as lesões e aliviar as dores, o ginecologista poderá receita:
- Antibióticos
- Medicamentos antivirais
- Corticosteróides
- Analgésicos
- Hidrocortisona
Embora algumas feridas genitais não exijam tratamento, por vezes é necessário removê-las caso causem desconforto. Um bom exemplo disso são os cistos não-cancerígenos.
Como prevenir o desenvolvimento
O melhor método de prevenção é a utilização de preservativos durante o ato sexual. Esta atitude ajudará a reduzir o risco de ser contagiada por infecções sexualmente transmissíveis. Caso a mulher tenha sido diagnosticada com uma DST, é importante informar o parceiro para que estes se submeta a testes e evite a disseminação da doença.
As úlceras (Ver Imagem) ou feridas genitais provenientes de distúrbios cutâneos e alergias podem ser mais difíceis de prevenir. O ideal é a mulher evitar produtos passíveis de causar irritações na pele, como é o caso de sabões abrasivos e fragrâncias muito intensas. É importante também, a mulher não depilar as zonas da pele que apresentem sinais de lesões ou irritação.
Perspectivas
As perspectivas de longo prazo em relação a lesões nos genitais femininos pode variar consideravelmente dependendo da causa das mesmas. Na maioria dos casos podem ser curadas com o tratamento adequado. No entanto, as lesões originadas pela herpes genital ou outras doenças crônicas da pele podem tornar o evento recorrente.
As perspectivas de cura também estão muito dependentes de quanto tempo a mulher esperou até procurar ajuda. As Infecções sexualmente transmissíveis que não sejam rapidamente tratadas podem fomentar o desenvolvimento de problemas ainda mais sérios na mulher, como:
- Doença inflamatória pélvica
- Infertilidade
- Cicatrizes nos órgãos reprodutivos femininos.
- Risco elevado de gravidez ectópica, uma complicação potencialmente fatal para o feto, resultante da formação do embrião fora do útero.
Procure sempre aconselhamento junto do seu médico relativamente a opções de tratamento e como prevenir problemas a longo prazo.
Ginecologista e Obstetra - CRM SP-119093
Dra Camille Vitoria Rocha Risegato - CRM SP nº 119093 é formada há 14 anos pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro.
> Consultar CRM (Fonte: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos&Itemid=59)
Dra Camille mudou-se para São Paulo onde realizou e concluiu residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (RQE nº 25978) no Centro de Referência de Saúde da Mulher no Hospital Pérola Byington em 2007.
Em 2008 se especializou em Patologia do Trato Genital Inferior nesse mesmo serviço. Ainda fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia na Escola Cetrus.
Trabalha em setor público e privado, atendendo atualmente em seu consultório médico particular situado na Avenida Leoncio de Magalhães 1192, no bairro do jardim São Paulo, zona norte de São Paulo.
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