Entre os diversos problemas bucais, um deles costuma ser bem frequente: a fístula dental. Trata-se de um tipo de bolha de variados tamanhos e protuberâncias que irrompe na gengiva, na proximidade dos dentes.
Sua origem se deve a alguma infecção, que pode estar interligada ao tecido periodontal ou a alguns dos dentes – neste caso, normalmente o problema surge em virtude do aprofundamento dos danos causados por uma cárie dentária, como quando ela atinge a polpa dentária.
Características da fístula dental
A fístula é a maneira encontrada pelo organismo para se libertar do pus.
Dessa forma, o corpo cria um caminho por entre a gengiva para expelir o material infeccioso, culminando no aparecimento de uma bolha na parte externa da região periodontal.
Quando a gengiva exibe uma fístula, isso significa que a área adjacente detém alguma infecção. No entanto, embora a fístula costume estar posicionada acima de um determinado dente, este não é, necessariamente, a razão do problema.
Somente uma radiografia pode confirmar qual o local exato da infecção que provocou a fístula dental.
Em infecções bucais, existem três maneiras de organismo tentar eliminar o pus oriundo delas. A primeira é através do método mais comum, ou seja, diretamente através da corrente sanguínea.
A segunda ocorre por meio da polpa do dente, estrutura interna composta por um tecido conjuntivo que contém vasos sanguíneos.
A terceira acontece ao longo do sistema de conexão entre o dente e o osso alveolar.
Caso as três formas mencionadas sejam ineficazes ou insuficientes para eliminar o pus, o último recurso para escoá-lo para fora do organismo é por meio da criação de novas rotas de escape, ou seja, o desenvolvimento de fístulas.
Como pode-se perceber, as fístulas indicam a existência de uma infecção oral. Contudo, caso o corpo consiga se livrar do pus através das demais vias, essa mesma infecção pode passar despercebida.
Essa é mais uma, dentre as inúmeras razões, para que todos realizem visitas periódicas ao consultório odontológico.
Esse caminho, aberto pelo corpo para expurgar o pus, passa pelo interior da massa óssea que constitui os dentes e fornece-lhes uma base estrutural.
Naturalmente, como já exposto acima, o término fica no lado distal da gengiva e é identificado pelo aparecimento de uma “bolinha” de pus.
Importante destacar que, embora a cor predominante dessa pequena bolha seja amarela, ela também pode ter um aspecto ligeiramente avermelhado.
Os especialistas esclarecem que a bolha de pus gerada deve se dissipar com o passar das horas e dias. Porém, a fístula em si continua existindo.
E quando surgir uma nova bolha de pus, basicamente isso pode ser consequência de duas possibilidades: trata-se da mesma infecção, ainda não totalmente combatida ou contida pelo organismo, ou é um reflexo de uma nova inflamação na gengiva, com origem idêntica, mas provocada por outro dente, por exemplo, ou plenamente diversa da primeira.
Como sentir dores no local da fístula dental não é uma característica comum do problema, o indivíduo jamais deve ignorá-lo, tratando-o como um incômodo puramente estético e efêmero.
Em vez disso, a recomendação é para se consultar com um dentista o mais rápido possível e, assim, descobrir o que motivou a infecção e, principalmente, qual é o seu estado de momento.
Além disso, infecções bucais não tratadas podem se transformar em problemas ainda mais graves, como o desenvolvimento de uma endocardite bacteriana, uma inflamação que compromete o bom estado do tecido cardíaco e que pode, ocasionalmente, provocar a morte.
Causas da fístula dental e alternativas de tratamento
Geralmente, o que provoca o aparecimento de uma fístula é um problema periodontal, causado na maioria das vezes pelo excesso de tártaro, ou a cárie, quando ela alcança a polpa dentária.
A primeira parte do tratamento consiste na correta detecção da causa do problema, definida mediante exames de radiografia.
Em seguida, caso a origem da fístula dental seja periodontal, o dentista iniciará um procedimento de limpeza profunda da gengiva, eliminando todo o tártaro excedente. Essa técnica é popularmente conhecida como “raspagem”.
Nos casos em que a causa esteja vinculada a um problema gengival, após a raspagem é imprescindível que o paciente colabore para evitar a reincidência do problema.
A prevenção quanto ao acúmulo de tártaro ocorre através de uma profilaxia individual diária e extremamente bem executada.
Em outras palavras, é imprescindível escovar os dentes quatro vezes ao dia e sempre usar fio dental após as refeições.
Também existe a hipótese de ser necessário um tratamento endodôntico, mais conhecido como tratamento de canal.
Essa é a alternativa utilizada pelo cirurgião dentista quando a cárie já está em fase avançada e penetrou a polpa do dente. Também é o momento em que o paciente começa a sentir dores lancinantes.
Em contrapartida, dependendo do progresso da infecção, pode ser impossível tratá-la. Neste caso, o último recurso é a extração dentária.
Caso seja realmente necessário recorrer a ele, felizmente o segmento de próteses dentárias encontra-se muito bem desenvolvido, oferecendo diversas possibilidades de reabilitação oral para o paciente continuar levando uma vida normal.
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Links úteis:
Dentista, Cirurgiã Dentista - CRO MG nº 45914
A Drª Raquel Borges Camelo Surette é formada em odontologia pelo centro universitário Newton Paiva em 2015. Finalizando a especialização em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela universidade federal de Minas Gerais em dez 2018 hospital metropolitano Odilon Berehns.
Frequentou o estágio não remunerado no hospital da baleia com equipe dr belini freire Maia de 2014 a 2016 em cirurgia Ortognatica.
Frequentou o Estágio não remunerado no hospital de pronto socorro João XXIII de 2014 a 2016 em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial equipe dr Bernardo greco.
Efetiva no Institute for Advanced dental Studies clínica dr. Marcelo camelo desde 2015.
Possuí o registro no conselho Federal de Odontologia nº CRO/MG/45914
Contatos: Tel. 31 33359300 - 31 995059300
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