Gravidez Ectópica: Causas, Sintomas e Tratamentos

Revisão Clínica: Drª Camille Rocha Risegato. Atualizado: 08/09/24

Sofrer uma gravidez ectópica pode ser uma experiência muito difícil de ultrapassar para uma mulher grávida que tenha recentemente recebido as boas notícias.

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Isto significa que a sua gravidez não progredirá, e em alguns casos, será necessária uma cirurgia de emergência.

Quando a mulher tem um tisco elevado de sofrer uma gravidez ectópica, é importante entender os potenciais sintomas, os possíveis tratamentos e as suas opções à medida que este processo avança.

Gravidez Ectópica

O que é a gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é uma situação em que o óvulo fertilizado se implanta num local que não o útero, mais frequentemente nas trompas de Falópio ou nas tubas uterinas.

O espaço estreito das trompas de Falópio não permite que o feto se desenvolva normalmente, mas pode ainda ser muito perigoso para a mãe.

À medida que o embrião vai crescendo, causa inflamação ou bloqueio da trompa de Falópio afetada, a qual necessitará de ser tratada com medicação, cirurgia ou mesmo com a sua remoção completa da trompa.

O perigo desta situação é a rutura da trompa de Falópio, que pode conduzir a uma hemorragia interna e a outras complicações indesejadas.

Habitualmente, se uma gravidez ectópica é descoberta nas primeiras semanas, pode ser tratada com relativa facilidade, sem necessidade de cirurgia de emergência.

No entanto, se for descoberta mais tarde, talvez no segundo mês de gravidez, o perigo de rutura é muito elevado.

Muitas mulheres perguntam-se sobre a possibilidade de um bebê pode sobreviver em caso de gravidez ectópica, mas não há nenhum desenlace em que um feto seja capaz de se desenvolver ou sobreviver a este tipo de gravidez.

Felizmente, uma gravidez ectópica não significa que nunca mais poderá ter filhos.

A probabilidade de uma fertilização bem sucedida cai para 60% após este tipo de gravidez, mas as mulheres não devem ver isso como o fim da sua fertilidade.

De acordo com a American Academy of Family Physicians (AAFP), a gravidez ectópica ocorre em uma a cada 50 gestações.

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Causas da gravidez ectópica

Gravidez Ectópica

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As principais causas de gravidez ectópica relacionam-se com problemas das trompas de Falópio.

Em alguns casos pode haver algum dano nas trompas causado por uma cirurgia anterior na área pélvica, inflamação causada por uma infecção na trompa, tecido cicatricial na trompa de Falópio ou a presença de trompas com forma anormal, o que não permite que o ovo se mova para dentro do útero de forma suave.

Estas são as causas físicas, embora haja uma série de fatores de risco subjacentes que podem aumentar a probabilidade de desenvolver este problema.

Sintomas da gravidez ectópica

Caso tenha uma gravidez ectópica, alguns dos sintomas comuns incluirão os seguintes:

  • Hemorragia vaginal
  • Tonturas
  • Dores em facada (tipicamente no abdómen e na pélvis)
  • Náuseas
  • Dor gastrointestinal

Fatores de risco da gravidez ectópica

Os vários fatores de risco para este tipo de gravidez incluem tabagismo, endometriose, doença inflamatória pélvica, idade, história de gravidez, abortos ou tratamentos de fertilidade.

Tabagismo – O uso de tabaco pode ter um impacto negativo na pressão arterial e na toxicidade geral no organismo, o que pode aumentar o risco de gravidez ectópica.

Tratamentos de fertilidade – Se está a fazer tratamentos de fertilidade deve saber que estes têm sido associados a um maior risco de gravidez ectópica, devido às flutuações hormonais no corpo.

História de situação semelhante – Se já teve uma gravidez ectópica no passado, tem um risco aumentado de voltar a ter uma segunda.

Doença inflamatória pélvica – Esta doença pode levar à acumulação de cicatrizes nos órgãos na área pélvica, incluindo as trompas de Falópio, o que pode levar a este tipo de gravidez.

Aborto – Se já teve um aborto no passado, tem maior risco de ter uma gravidez ectópica.

Diagnóstico de gravidez ectópica

Diagnóstico De Gravidez Ectópica

Um médico pode diagnosticar este tipo de gravidez com vários testes, incluindo um exame físico, uma ecografia ou um exame ao sangue.

Exame físico – Um exame físico básico pode revelar quaisquer massas anormais na região pélvica, bem como áreas de dor ou de maior sensibilidade na área afetada.

É geralmente acompanhado por uma ecografia.

Ecografia – Esta técnica de imagem pode fornecer confirmação visual de que o ovo fertilizado está realmente implantado fora do útero.

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Teste ao sangue: as mulheres que têm uma gravidez ectópica tendem a ter níveis de hCG inferiores à média. hCG – composto libertado quando o embrião se implanta no útero, e que pode ser medido com um exame ao sangue.

Tratamento da gravidez ectópica

Os tratamentos principais para este tipo de gravidez incluem cirurgia e medicação, que podem, com sucesso, terminar a gravidez e manter a mãe segura.

Cirurgia – Existem recursos limitados para mulheres com uma gravidez ectópica e é necessária cirurgia para as mulheres que são diagnosticadas com este tipo de gravidez após as primeiras semanas de gravidez.

Nesse momento, a ameaça de rutura é imediata e real, sendo a cirurgia realizada logo após o diagnóstico.

É possível realizar um procedimento laparoscópico não-invasivo.

Medicação – Outra opção é tomar medicamentos que possam ajudar a expulsar o embrião das trompas de Falópio.

Estes fármacos podem causar uma série de efeitos colaterais que podem durar semanas.

Leia Também » Como Desobstruir as Trompas de Falópio Naturalmente: 10 Remédios Eficazes

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Camille Rocha Risegato

Ginecologista e Obstetra - CRM SP-119093

Dra Camille Vitoria Rocha Risegato - CRM SP nº 119093 é formada há 14 anos pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro.

> Consultar CRM (Fonte: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos&Itemid=59)

Dra Camille mudou-se para São Paulo onde realizou e concluiu residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (RQE nº 25978) no Centro de Referência de Saúde da Mulher no Hospital Pérola Byington em 2007.

Em 2008 se especializou em Patologia do Trato Genital Inferior nesse mesmo serviço. Ainda fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia na Escola Cetrus.

Trabalha em setor público e privado, atendendo atualmente em seu consultório médico particular situado na Avenida Leoncio de Magalhães 1192, no bairro do jardim São Paulo, zona norte de São Paulo.

Também pode encontrar a Dra Camille no Linkedin, Facebook e Instagram

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    Última atualização da página em 08/09/24