Uma condição médica comum entre as gestantes é a hipertensão durante a gravidez, o que pode causar diversos efeitos colaterais perigosos para a mãe e a criança.
Como há uma série de condições médicas relacionadas com a pressão arterial que afetam as mulheres grávidas, é importante compreender os riscos, consequências, as causas e os métodos usados para tratar ou prevenir esses problemas.
O que é a hipertensão durante a gravidez?
A hipertensão na gravidez é uma condição médica caracterizada por uma pressão arterial acima do nível recomendado — 140/90.
Conheça 30 Sinais e Sintomas de Pressão Arterial Elevada a Estar Atento!
Durante a gravidez, o transtorno pode ser causado devido a uma complicação hipertensiva que pode tanto surgir antes da gestação, como ser causada pelas alterações sofridas pelo corpo no decorrer da gravidez.
Para as mulheres que estiverem com hipertensão durante a gravidez, os riscos e perigos serão os mesmos relacionados aos demais casos de pressão alta, mas o risco de complicações se amplia durante o parto e no que tange à saúde do bebê.
Embora a pressão arterial em mulheres não-grávidas seja geralmente considerada uma condição crônica, em um longo prazo as mulheres grávidas e hipertensas devem ser imediatamente orientadas e tratadas adequadamente.
O que é hipertensão gestacional?
Muitas mulheres desenvolvem hipertensão arterial após a gravidez. Trata-se de uma condição médica conhecida como hipertensão gestacional.
Semelhante ao diabetes gestacional, a hipertensão gestacional frequentemente aparece perto do fim da gestação e, muitas vezes, desaparece em alguns dias e semanas após o parto.
No entanto, a ocorrência da hipertensão gestacional aumenta o risco de desenvolvimento da pressão alta em algum outro momento da vida.
Causas da hipertensão
A hipertensão na gravidez pode ser causada pelas oscilações hormonais, maus hábitos alimentares, obesidade e envelhecimento.
Oscilação hormonal — O aumento natural de hormônios no corpo durante a gravidez pode elevar a pressão arterial de uma forma quase inevitável.
Hábitos alimentares — Se você já tiver uma dieta pobre — com baixo índice de eletrólitos, frutas e legumes —, o risco de hipertensão arterial aumenta significativamente durante a gravidez.
Obesidade — O excesso de peso é um dos principais fatores contribuintes para a hipertensão, pois ele pode causar inflamações em todo o corpo, causando os sintomas da hipertensão.
Envelhecimento — À medida que envelhecemos, os vasos sanguíneos e as artérias se rompem e se tornam mais frágeis, o que aumenta a pressão arterial. Mulheres grávidas acima dos 40 anos correm um risco muito maior de sofrerem hipertensão gestacional.
Fatores de risco para a hipertensão arterial
Os fatores de risco para a hipertensão arterial durante a gravidez são o tabagismo, um histórico familiar favorável e as gestações múltiplas.
Histórico familiar — Se os entes da sua família têm lutado contra a hipertensão, seja durante a gravidez ou não, você terá mais risco de desenvolver o problema, mesmo que adote um estilo de vida adequado e a alimentação recomendada.
Tabagismo — Um dos piores fatores de risco para a hipertensão é fumar, hábito que exerce um efeito adstringente nos vasos sanguíneos e nas artérias, facilitando o aumento da pressão arterial.
Gestação múltipla — Se você estiver esperando gêmeos ou trigêmeos, isso significa que há um certo fluxo de hormônios devido à tensão do organismo.
Então, mulheres esperando múltiplos não devem ser surpreendidas com um diagnóstico de hipertensão gestacional.
Sintomas da hipertensão
Os sintomas mais comuns da hipertensão nesta fase são um rápido ganho de peso, dores de cabeça, dor abdominal, alterações na visão, problemas renais, desconforto abdominal, tonturas, zumbido nos ouvidos, náuseas, vômitos ou problemas relacionados com a função hepática.
No entanto, para a mulher gestante, mais importante do que os sintomas são os potenciais efeitos que podem recair sobre o bebê, incluindo o baixo peso no nascimento, parto prematuro ou descolamento prematuro da placenta.
Nascimento com baixo peso — Se o feto for incapaz de obter fluxo sanguíneo e nutrientes regularmente, o crescimento e o desenvolvimento dele podem ser afetados. Isso costuma acarretar um baixo peso no nascimento, o que coloca em risco a sobrevivência da criança.
Nascimento prematuro — Em casos graves de hipertensão gestacional, pode haver o estímulo de um trabalho de parto prematuro, acarretando toda uma série de riscos para a saúde do bebê, como a necessidade de respiração artificial para os pulmões subdesenvolvidos.
Descolamento prematuro da placenta — A placenta é o órgão do corpo que alimenta e protege o feto, enquanto ele se desenvolve. A hipertensão pode desanexar a placenta da parede uterina, além de um sangramento vaginal e a necessidade de uma intervenção cesariana emergencial, conforme a gravidade da situação e do tempo de gravidez da mulher.
Tipos de hipertensão relacionadas com a gravidez
Os três principais tipos de hipertensão relacionados com a gravidez são a hipertensão arterial crônica, a hipertensão gestacional e a hipertensão crônica com pré-eclâmpsia.
Hipertensão crônica — Essa é uma forma de pressão alta que manifesta ao longo do tempo, antes da gravidez, e é geralmente causada por obesidade e fatores associados ao estilo de vida e escolhas alimentares.
Hipertensão gestacional — Trata-se de uma forma de hipertensão frequentemente sentida por uma mulher que está próxima do fim da gravidez. É difícil identificar a causa exata, mas o problema costuma desaparecer dentro de alguns dias após o parto.
Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia — A pré-eclâmpsia é uma hipertensão que atinge mulheres grávidas que já apresentavam o problema antes de engravidar. Nesse tipo de hipertensão, as mulheres apresentam proteína na urina, além de outros sinais comuns de uma hipertensão induzida pela gravidez.
Como baixar a pressão arterial alta na gravidez?
Os tratamentos e estratégias mais recomendados para reduzir a pressão arterial incluem o uso de medicação contra hipertensão, mudanças na dieta, prática regular de exercícios e, evitar o álcool e o cigarro. Também é necessário passar por check-ups regulares.
Exercícios
O fato de estar grávida não quer dizer que você deva se tornar uma sedentária. O exercício regular pode reduzir a hipertensão devido ao fortalecimento do sistema cardiovascular e ao aumento da liberação de bons hormônios pelo corpo.
Álcool e tabaco
Tanto fumar, quanto beber, podem afetar a pressão arterial. Apesar de ambos os hábitos já serem tradicionalmente proibidos para mulheres grávidas, é particularmente importante evitar esses vícios, se você estiver sofrendo de hipertensão gestacional.
Medicação
Embora o uso de medicação para pressão arterial não seja algo amplamente recomendado para mulheres grávidas, em alguns casos os médicos prescreverão esse tipo de medicamento de uma forma cuidadosa e considerando as necessidades específicas de uma gravidez.
Como controlar a hipertensão antes de engravidar?
Antes de engravidar, ou antes de um diagnóstico de hipertensão gestacional, você pode prevenir e controlar a tensão arterial elevada durante a gravidez ao adiar a gestação, ao realizar um controle de natalidade, ao manter uma alimentação saudável e ao se consultar com um médico antes de engravidar.
Dieta saudável
Comer mais frutas, verduras e alimentos que sejam ricos em potássio ajudará a reduzir a pressão sobre os vasos sanguíneos e as artérias, reduzindo os muitos riscos de hipertensão durante a gravidez.
Adiar a gravidez
Se você estiver obesa, pode ser mais seguro atrasar a gravidez até que você leve o peso corporal para um nível que não facilite o desenvolvimento da hipertensão.
Controle de natalidade
O controle de natalidade pode diminuir a pressão arterial, além de também evitar a gravidez — recomendado para as mulheres interessadas em diminuir a pressão arterial e, ao mesmo tempo, evitar os possíveis riscos e consequências da hipertensão durante esta fase.
Qual a pressão ideal, valores normais, para uma mulher grávida?
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Enfermeiro - Coren nº 491692
O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.
Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.
Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.
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