O hipotireoidismo congênito é um problema que, como indica o seu nome, é um problema que nasce com o bebê, sendo congênito.
Neste problema o que acontece é que a glândula da tiróide que o bebé tem não possui a capacidade de produzir as quantidades adequadas de hormonas da tiróide, o que poderá provocar atrasos significativos no desenvolvimento do bebé, podendo até mesmo provocar danos ao nível neurológico de forma permanente, caso o tratamento não seja endereçado de forma adequada e no tempo certo.
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Sintomas do hipotireoidismo congênito
O hipotireoidismo congênito é um problema que se manifesta geralmente através dos seguintes sintomas:
- Hérnia ao nível umbilical;
- Coloração amarelada na pele e nos olhos;
- Flacidez significativa nos músculos;
- Desenvolvimento ao nível ósseo comprometido;
- Dificuldades de alimentação;
- Aumento do volume normal da língua.
Apesar da lista de sintomas aqui apresentada, torna-se relevante referir que os sintomas podem variar um pouco de caso para caso, estimando-se que apenas 10% dos bebés que sofrem do problema manifestem todos estes sintomas.
Causas do hipotireoidismo congênito
Existem diversas causas que podem precipitar o surgimento deste problema, entre as quais se encontram as seguintes:
- Formação incompleta da tiróide;
- Não formação da glândula da tiróide;
- Formação num local irregular da glândula da tiróide;
- Defeitos ao nível da formação das próprias hormonas da tiróide;
- Lesões na hipófise ou no hipotálamo, que controlam a regulação hormonal do organismo.
Caso o problema seja transitório e não permanente, como é costume, as causas potenciais para o problema neste caso poderão ser:
- Passagem de medicamentos antitireoidianos através da placenta da mãe;
- Excesso de iodo da mãe ou do bebé recém-nascido.
O hipotireoidismo congênito transitório é um problema que também necessita de ser alvo de tratamentos, mas no entanto, sendo transitório, a partir dos 3 anos de idade o problema tende a desaparecer.
No entanto, a realização de exames com alguma frequência durante a persistência do problema é importante para determinar as suas causas e para determinar tratamentos que possam endereçar a sua resolução.
Diagnóstico do hipotireoidismo congênito
O diagnóstico do problema do hipotireoidismo congénito poderá ser feito através do 3º dia de vida do bebé, nomeadamente utilizando o famoso teste do pezinho.
Este teste centra-se na colheita de algumas gotas de sangue do bebé, e poderá ser feito na maternidade ou no hospital onde o bebé nasce.
Caso o teste do pezinho indique positivo para este problema, as hormonas T4 e TSH devem ser medidas no sistema do bebé, sendo tal realizado através de análises ao sangue.
Alguns tipos de exames alternativos, como a ressonância magnética, ultrassonografia e cintilografia da tiróide podem ser também exames que ajudam no diagnóstico da doença.
Tratamento para hipotireoidismo congênito
O tratamento para o problema do hipotireoidismo congénito está directamente relacionado com as hormonas da tiróide.
Nomeadamente, a ideia é que durante toda a vida a criança precise de tomar remédios que permitem a reposição hormonal.
Um dos remédios mais conhecidos para este fim é a Levotiroxina sódica, que se pode e deve dissolver na água ou mesmo no leite.
Caso o diagnóstico seja feito já tarde, mais tarde do que o suposto, problemas como o atraso mental ou atraso ao nível do crescimento são problemas que podem surgir.
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A Dra Gizele Ferreira Cunha é Graduada em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto - SP - 2004. Além disso possui:
- Especialização em Alergia e Imunologia Infantil pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP - FMRP - USP) – 2009.
- Especialização em Pneumologia Infantil pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCRP - FMRP - USP) – 2007.
- Especialização em Pediatria pela Universidade de Ribeirão Preto - 2006 .
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