A maioria das pessoas contrai o Vírus do Papiloma Humano (HPV) na região genital através de relações sexuais. Caso você pratique sexo oral, poderá contrair o vírus HPV na boca ou garganta — essa versão da doença é conhecida como HPV oral.
Quais são os sintomas do HPV na boca?
O HPV na boca não costuma provocar sintomas.
Isso significa que as pessoas não percebem que estão infectadas e, por isso, são menos propensas a tomar as medidas necessárias para limitar a propagação da doença.
Em certos casos, existe o risco de se desenvolver verrugas na boca ou garganta, mas é algo mais incomum.
Esse tipo de HPV pode evoluir para um câncer de orofaringe (câncer de garganta, amígdalas e pescoço), situação na qual as células cancerosas ocupam o centro da garganta, incluindo as paredes, língua (Ver Imagem), amígdalas e a faringe.
Entre as várias cepas (estirpes) existentes, o HPV-16 é o mais frequentemente associado ao câncer de orofaringe.
Estas células podem se desenvolver a partir do Vírus do Papiloma Humano na boca. Os primeiros sintomas do câncer de orofaringe são:
- dificuldade e dor ao engolir
- dores de ouvido constantes
- tosse com sangue
- perda de peso inexplicada
- inchaço dos gânglios linfáticos
- ferida ou úlcera branca ou vermelha nas amígdalas (como mostra a imagem abaixo).
- dor de garganta constante
- Dor ou inchaço no maxilar
- Dormência e formigamento na língua
- caroços nas bochechas ou no pescoço
- tumores ou nódulos no pescoço
- rouquidão que não desaparece
Caso note qualquer um destes sintomas e desconfie da presença do HPV, você deve se consultar um médico imediatamente.
O que causa o HPV na boca?
O HPV na boca ocorre quando um vírus entra no corpo, geralmente através de um corte ou de um pequeno rasgo no interior da boca.
Alguns dizem que o vírus é transmitido através do sexo oral com uma pessoa com HPV genital, enquanto outros argumentam que se espalha através do beijo com outra pessoa que tem HPV oral.
Ainda são necessárias mais pesquisas para determinar o modo exato de transmissão e infecção ligado ao HPV oral.
Foram realizados apenas alguns estudos para descobrir como as pessoas contraem o HPV, sendo que os resultados são frequentemente conflitantes.
Estatísticas
Para termos uma ideia, aproximadamente 79 milhões de americanos atualmente tem HPV, sendo que 14 milhões de pessoas serão diagnosticadas até o fim do ano.
Aproximadamente 7% dos americanos com idade entre 14 e 69 desenvolve o problema.
O número de pessoas com HPV na boca tem aumentado nas últimas três décadas e, além disso, essa versão da doença é mais comum nos homens do que nas mulheres.
Cerca de 2/3 dos cânceres orofaríngeos têm o HPV no seu DNA, embora o o câncer de orofaringe seja raro.
O subtipo mais frequente de HPV oral é o HPV-16 (acomete aproximadamente 1% dos portadores do vírus), considerado grave.
Menos de 15.000 pessoas com HPV desenvolvem o câncer orofaríngeo por ano.
Quais são os fatores de risco?
“Os homens têm quase quatro vezes mais chances de serem infectados com o HPV oral que as mulheres, e são seis vezes mais propensos a serem infectados com o HPV-16 de alto risco (de acordo com um artigo publicado em 2017 no Annals of Internal Medicine).”
Dentre os fatores de risco associados ao HPV oral, estão os seguintes:
O sexo oral é um fator de risco, principalmente se você tiver múltiplos parceiros sexuais.
Se você tiver 20 ou mais parceiros sexuais, suas chances de contrair uma infecção do HPV na boca são bem próximas dos 20%.
O tabagismo é um fator de risco. A inalação de fumaça quente deixa você mais vulnerável aos cortes bucais.
Beber álcool é um fator de risco. O risco se torna ainda maior se você consumir álcool e for um fumante.
O beijo de língua com a boca aberta é um fator de risco, mas outras pesquisas são necessárias para determinar se isso aumenta o risco de se contrair o Vírus.
Os homens têm mais chances de serem diagnosticados com HPV na boca do que as mulheres.
A idade é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de orofaringe. Ele é mais comum em adultos mais velhos porque leva anos para se desenvolver.
As pessoas imunologicamente comprometidas, incluindo aquelas com HIV / AIDS ou que estejam a tomar drogas que suprimem o sistema imunológico, também têm um risco aumentado de HPV oral e genital.
A doença da gengiva (gengivite) e a má higiene dental, também podem aumentar o risco de contágio, uma vez que as escoriações ou feridas presentes na boca podem facilitar a entrada do vírus.
Por que é mais prevalente em homens?
Não se conhece completamente este fato. Um fator que contribui é o fato dos homens em média, terem mais parceiros sexuais que as mulheres. No entanto, por si só, isto não explica a magnitude da diferença.
Existem evidências de que o sistema imunológico do homem demore mais tempo a produzir anticorpos contra o HPV, fazendo com que o vírus demore mais tempo a ser eliminado do corpo, em comparação com as mulheres.
Esta fragilidade também pode ajudar a explicar por que o câncer de orofaringe se desenvolve mais nos homens que nas mulheres.
Outro fator pode ser o “cunilíngua” (sexo oral realizado na mulher), uma vez que está associado a um maior risco de contágio, quando comparado com o sexo oral realizado no homem.
Como diagnosticar?
Não existe nenhum exame disponível para determinar se você tem HPV na boca.
O dentista ou o médico podem descobrir lesões por meio de uma averiguação de câncer, ou você mesmo pode perceber essas lesões e marcar uma consulta.
Caso tenha essas lesões, o médico realizará uma biópsia para verificar se elas são cancerosas.
Provavelmente, o médico também examinará essas amostras em busca do HPV.
Se o HPV for detectado, o câncer pode ser mais responsivo ao tratamento.
» Conheça os Tipos mais Comuns de HPV
Como tratar o HPV na boca?
A maioria dos tipos de HPV na boca desaparecem antes de causar problemas de saúde.
“Se resultar em uma lesão, seja cancerígena ou não, o médico determinará a melhor forma de tratá-la. Os métodos variam dependendo da lesão, mas podem incluir excisão cirúrgica ou uso de laser, crioterapia ou eletrocautério para remover ou queimar a lesão. Por vezes a quimioterapia ou a radiação também podem ser aconselhadas.”
Se você desenvolver verrugas orais devido ao HPV, elas serão removidas pelo seu médico.
Tratá-las com medicamentos tópicos tende a ser complicado devido à dificuldade de se alcançar o local dessas verrugas.
Assim, o médico pode usar qualquer um dos seguintes métodos para tratá-las:
- remoção cirúrgica
- crioterapia, na qual o médico congela as verrugas
- Interferon alfa-2B (Intron A, Roferon-A), que é uma injeção
Se você desenvolver o câncer de orofaringe, há opções de tratamento disponíveis.
O tratamento e prognóstico dependerão da fase e localização do câncer, não estando associados ao HPV, em si.
O câncer de orofaringe causado pelo HPV exibe melhores resultados e menos recidivas após o tratamento do que os cânceres em indivíduos com HPV-negativo.
O tratamento para o câncer orofaríngeo pode incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, ou uma combinação entre essas alternativas.
Remédios Naturais
Ver » AQUI
Fotos de remoção cirúrgica
Como prevenir?
“Outra boa razão para cuidar bem dos seus dentes e gengivas, pois pode ajudar a prevenir a infecção”.
A maioria das organizações de assistência médica e odontológica não recomendam a realização de um exame em busca do HPV na boca.
Efetuar mudanças no estilo de vida é uma das maneiras mais fáceis de se prevenir contra o HPV.
Confira algumas dicas para a prevenção:
- Limite o número de parceiros sexuais.
- Pergunte a seus parceiros sexuais se eles fizeram o exame de DSTs recentemente.
- Se você estiver com um parceiro desconhecido, evite o sexo oral.
- Use um preservativo em qualquer uma das relações sexuais.
- Durante os exames semestrais no dentista, peça para que ele procure por alguma anormalidade na sua boca, principalmente se você realiza sexo oral com frequência.
- Adquira o hábito de examinar sua boca uma vez por mês, a fim de investigar qualquer anormalidade que possa aparecer.
- Ao praticar sexo oral, use barreiras dentais (dental dam) ou preservativos.
Use os dedos em vez da língua para aumentar o prazer sexual e estimular o clitóris! Segundo o médico Philemon Mensah, os casais devem encontrar outros meios alternativos para se satisfazer sexualmente.
Vacinação
A vacinação contra o HPV envolve três doses, com intervalo de seis meses — as três doses são necessárias para que a vacina seja eficaz.
Essas vacinas não impedem a formação do câncer de orofaringe ligado ao HPV, mas sempre é melhor se proteger.
Continua » Posso Estar com HPV mesmo se Não Tiver Verrugas?
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube
Marcação de consultas 85-99992-2120
Ajude-nos a melhorar a informação do Educar Saúde.
Encontrou um erro? Está faltando a informação que está procurando? Se ficou com alguma dúvida ou encontrou algum erro escreva-nos para que possamos verificar e melhorar o conteúdo. Não lhe iremos responder diretamente. Se pretende uma resposta use a nossa página de Contato.