Uma das alternativas da mastopexia é a possibilidade de aplicação de próteses de silicone.
Definição de mastopexia
Com a finalidade de retroceder o processo natural de queda das mamas, clinicamente chamada de ptose mamária, a mastopexia, mais conhecida como mamoplastia ou lifting de mama, é uma das cirurgias plásticas mais procuradas pelas mulheres. Bem sucedido, o método concede a simetria perdida pelos seios, soerguendo-os ao posicionamento anterior à acentuação da queda.
Quem pode fazer a mastopexia
A cirurgia de mastopexia é recomendada para mulheres que exibam queda dos seios devido à amamentação, idade avançada, ou em virtude de oscilações de peso.
Características da cirurgia de mastopexia
Inicialmente, a paciente deve receber uma anestesia, que pode ser tanto local (peridural) como geral.
A opção de introduzir implantes de próteses de silicone é algo a ser decidido pelo cirurgião plástico, já que, em princípio, elas não são obrigatórias. Apesar disso, o uso desse recurso é comum devido ao processo de atrofiamento do tecido mamário, aspecto peculiar e inerente ao avanço da idade das mulheres.
A atrofia provoca lacunas nos seios, deixando-os menores. O implante de silicone age exatamente sobre esses espaços, preenchendo-os e restabelecendo a estrutura responsável por manter as mamas suspensas em uma altura superior.
Contudo, existem casos em que a paciente não precisa receber o silicone. Nessas circunstâncias, o médico procede com a remoção da pele considerada excedente. Em seguida, ele readapta a posição mantida pelo tecido dos seios, enquanto simultaneamente fornece um novo delineamento para ambos. Existem situações nas quais um formato esteticamente agradável para as mamas só é obtido mediante a exclusão de parte das glândulas e das gorduras.
As incisões são executadas seguindo o contorno próprio dos mamilos, distendendo-se de modo retilíneo com sentido à base das mamas. Após avaliar o volume de epiderme que será retirada durante o processo, o cirurgião também pode realizar um modelo similar ao de um “T” invertido.
Com uma duração que oscila entre 1h 30min e 4 horas, a cirurgia é flexível, possibilitando que, em alguns casos, a paciente seja liberada do hospital no mesmo dia da operação. Mesmo quando a mastopexia exige um tempo maior para repouso pós-operatório, a paciente não deve permanecer internada por um período superior a 24 horas.
Cuidados pré-operatórios para a mastopexia
Assim como costuma ocorrer com qualquer cirurgia, a mastopexia reúne uma série de cuidados que devem ser observados pela mulher prestes a se submeter ao método. O primeiro deles é a atenção ao intervalo em que o corpo precisa conservar-se em jejum, mais precisamente durante as oito horas que antecedem a realização do procedimento.
Além disso, o médico também deve solicitar alguns exames. Os mais comuns são a análise dos índices de coagulação na corrente sanguínea e o hemograma. Entretanto, como se trata dos seios, a realização de uma mamografia e ultrassonografia é igualmente indispensável. Através de ambos, o médico poderá identificar se existem pequenas avarias nos seios, geralmente representados sob a forma de nódulos ou quistos.
Segundos os profissionais da área de cirurgia plástica, a descoberta dos cistos não implica, necessariamente, na sua exclusão. O intuito é constatar se possíveis inchaços dos gânglios já existiam antes da realização da cirurgia, pois esse quadro pode ser motivado pelo procedimento, como consequência, por exemplo, do surgimento de uma cicatriz. Trata-se de algo que pode se converter em um fator complicador para a paciente, caso ela passe por exames futuros que visem a descoberta de um câncer de mama.
Cuidados pós-operatórios para a mastopexia
Seguindo o mesmo princípio das demais técnicas cirúrgicas, o intervalo correspondente ao pós-operatório também é de suma importância, sendo composto por diversos detalhes que não devem, de maneira alguma, serem negligenciados. Dentre o conjunto de medidas necessárias para a manutenção da saúde e conquista de ótimos resultados destacam-se os exibidos na sequência:
Não fumar
Pensando em proporcionar condições que sejam as mais próximas dos ideais do ponto de vista cirúrgico, a recomendação é para que a paciente suspenda o hábito de fumar definitivamente. Porém, se isso não for feito, o tabagismo deve ficar distante por, ao menos, 30 dias.
A razão determinante para evitar o cigarro é a barreira que ele cria à circulação sanguínea regular pela área tratada pela mastopexia. Essa interferência nociva pode trazer consequências graves, como a formação de lesões avermelhadas sobrepostas à pele, ou causar cicatrizes esteticamente incômodas e constrangedoras.
Deslocamento dos braços
No início, a paciente deverá apresentar grande dificuldade para movimentar os braços, já que esse deslocamento está diretamente ligado aos músculos adjacentes e aos seios, que são movimentados em conjunto. Por conta disso, quem passa pela mastopexia deve evitar erguer os braços acima dos ombros durante os primeiros 14 dias após a cirurgia.
Prescrição de medicamentos
Normalmente, o médico receita antibióticos, anti-inflamatórios, e analgésicos para os momentos em que a dor se tornar insistente e incômoda. Também existe a chance da prescrição de um remédio de uso tópico com o intuito de acelerar a fase de cicatrização.
Uso de sutiã pós-cirúrgico
A paciente também é orientada a utilizar um sutiã especialmente desenvolvido para a mastopexia e cirurgias análogas. A função desse acessório é a de ajudar a reduzir o intumescimento dos seios ao mesmo tempo em que contribui para suspendê-los e remodelá-los.
O uso deve ser mantido em período integral durante 1 mês, sendo removido somente na hora do banho. Depois dos 30 dias, a paciente é liberada para utilizar os sutiãs com os quais esteja acostumada. Porém, aqueles que sejam estruturados com arames nos bordos devem ser evitados, pois esses arames exercem pressão sobre os seios, inclusive na área da cicatriz. O uso desse tipo de sutiã deve ocorrer apenas após cerca de 90 dias, de acordo com avaliação médica.
Troca de curativos
Imediatamente depois da cirurgia, a paciente recebe um curativo que não permite a passagem de líquidos para a região tratada, devendo ser substituído na própria clínica.
Depois, é inserido um curativo com gaze, o qual pode ser trocado pela paciente no próprio domicílio. Contudo, a região do seio precisa estar bem asseada com o uso de sabonete neutro e água.
Não é só a área recoberta pela cicatriz que precisa de atenção. Em muitos casos, o nível de sensibilidade do mamilo é intensificado, tornando-o bem dolorido ao receber qualquer tipo de contato. Por esse motivo, também convém inserir gaze nessa parte delicada das mamas, protegendo os mamilos contra o inevitável atrito causado por alguns tipos de tecidos.
Condição das cicatrizes
Cabe salientar que, durante um determinado período, as cicatrizes tendem a ser aparentes, geralmente seguindo o percurso traçado pela incisão, que pode ou não conter uma reta vertical semelhante à letra “T” invertida.
Felizmente, tomando todos os cuidados e seguindo à risca as orientações médicas, tudo indica que as cicatrizes se tornarão menos visíveis.
Posicionamento na hora de dormir
O momento de se dirigir para a cama é muito importante, já que se trata de um intervalo relativamente longo. Assim, a paciente deve saber que dormir com o abdômen apoiado sobre a cama será permitido somente quando decorridos três meses. O mesmo cuidado vale para o hábito de dormir com as pernas dobradas e o corpo virado de lado, liberado apenas após dois meses.
Antes desse intervalo, a recomendação é para dormir com as costas viradas para baixo e com a ajuda de dois travesseiros extras na parte inferior do tórax, visando elevá-lo ligeiramente.
Descanso
O período recomendado de repouso é de cerca de duas semanas, depois das quais a paciente pode voltar a desenvolver as atividades normais de trabalho. Porém, essa é uma estimativa, a qual deve se confirmar mediante avaliação médica.
Voltar a dirigir pode levar três semanas, e as atividades físicas consideradas suaves, como uma caminhada, costumam ser liberadas a partir da 4ª semana. Mas, é essencial a utilização de roupa de treinamento adequada, a fim de que os seios realizem o menor movimento possível.
Exercícios físicos intensos, como musculação, geralmente recebem o aval do médico após 60 dias do término da cirurgia, enquanto que as relações sexuais devem ficar em segundo plano por duas semanas, aproximadamente.
Os cirurgiões plásticos explicam que a adoção dessas medidas reduzem consideravelmente as complicações decorrentes da abertura dos pontos, risco presente ao longo dos primeiros 15 dias do pós-operatório. E caso a paciente não respeite as orientações de repouso, as chances de consequências desastrosas aumentam após o referido período de segurança.
A abertura dos pontos pode ampliar a extensão das cicatrizes, o que produz um efeito estético altamente indesejável e frustrante. Por isso, acatar o tempo necessário para que o organismo consiga se recuperar da cirurgia é primordial para conseguir resultados cada vez mais significativos e esteticamente aceitáveis.
Contraindicações para a realização da mastopexia
O procedimento concernente à mastopexia detém algumas particularidades que o tornam inapropriado para determinados grupos de mulheres. Desse modo, como a cirurgia prevê uma incisão nas imediações da aréola (o pequeno círculo que circunda o mamilo), a técnica gera a ruptura dos canais condutores de leite.
As chances de o organismo conseguir formar naturalmente novos canais condutores giram em torno de 50%. Logo, salvo exceções e casos específicos, mulheres jovens ou aquelas que ainda desejam ter um filho, são desestimuladas a efetuar o método.
Mulheres portadoras do diabetes, lúpus (ou qualquer outra doença autoimune), que apresentem disfunções cardíacas, ou problemas relacionados à pressão elevada nas artérias, também são desaconselhadas para fazer a mastopexia devido à possibilidade de a cirurgia agravar o estado das citadas enfermidades.
Os efeitos colaterais provocados pela mastopexia
Finalizada a mastopexia, as cicatrizes geradas podem ficar desproporcionais aos seios. Outra possível reação adversa é a modificação permanente do nível de sensibilidade dos mamilos ou de toda a área ocupada pelos seios, além das chances de sangramento interno e surgimento de equimoses.
A paciente também corre o risco de que os seios apresentem deformidades com relação à simetria e à fisionomia, que podem ganhar aspectos desarmoniosos.
Por fim, a perda de pigmentação na pele, aparecimento de inchaços, e dores incontroláveis apenas com a dosagem dos medicamentos analgésicos podem exigir uma nova intervenção cirúrgica para corrigir os erros e aprimorar os resultados.
Riscos da mastopexia quanto à saúde do organismo
Assim como ocorre com qualquer ato cirúrgico, não está descartada a possibilidade de riscos à saúde da paciente. Os mais comuns aparecem sob a forma de infecções, que podem se detiverem em uma região específica ou se alastrarem, causando deteriorações aos vasos sanguíneos, estruturas dos nervos, e às massas musculares. Esses danos podem ser efêmeros ou com duração indeterminada.
Outros riscos razoavelmente comuns apresentam vínculo com reações alérgicas, que podem se manifestar devido ao tipo de fio usado para fazer a sutura, à constituição do curativo, ou com relação aos componentes das fórmulas dos remédios, sejam os líquidos injetáveis ou os demais de uso tópico.
Seromas (excesso de líquido na região compreendida pelas cicatrizes) e gangrenas no tecido adiposo são outras possíveis complicações resultantes da mastopexia. No entanto, são consideradas mais graves a trombose venosa profunda (TVP), popularmente conhecida apenas por trombose, o risco de dano irreversível aos mamilos e às aréolas, que pode ser parcial ou integral, e ainda os problemas ocasionados aos pulmões ou ao coração.
Os resultados da mastopexia
O processo de visualização dos resultados reais pode levar algum tempo. De forma gradativa, e se tudo ocorrer conforme o programado, a paciente notará o avanço da cicatrização e, consequentemente, da remodelação dos seios. Os efeitos definitivos propiciados pela cirurgia serão visíveis após 12 meses, período em que as cicatrizes já devem estar em sua fase final.
É importante destacar que em alguns casos, mesmo após uma mastopexia e recuperação bem sucedidas, os seios podem vir a pender para baixo novamente. Segundo os especialistas, isso deriva de determinados fatores, tais como a etapa de amamentação, o envelhecimento natural do corpo, grandes variações de peso, e o nível de elasticidade e rigidez da pele.
Profissionais indicados para efetuar a mastopexia
Em princípio, a mastopexia não é exclusividade dos cirurgiões plásticos, pois, desde que tenham se especializado, outros cirurgiões da área médica estão habilitados para realizar o procedimento. Porém, os primeiros continuam sendo os mais preparados devido à experiência e domínio das técnicas do segmento.
Checagem indispensável
Embora seja uma cirurgia que almeja a conquista de objetivos estéticos, a realização da mastopexia exige uma série de cuidados prévios que não devem ser negligenciados pela paciente.
Desse modo, é imprescindível verificar e confirmar a boa reputação do profissional que concretizará a cirurgia, além do local onde ela será feita, que deve ser um ambiente cirúrgico plenamente equipado para tal. Em caso de dúvidas, é aconselhado pesquisar quais são as condições das instalações antes de se submeter à mastopexia.
Quanto custa
O preço da mastopexia varia entre: 4.500 a 6.500 € em Portugal. No Brasil os preços andam entre os R$2500 e os 15 mil reais.
Clínicas em Portugal
– Corporacion Dermoestetica
– Clínica Milénio
– Clínica Mymoment
Fotos Antes e Depois
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PS: Todas as imagens de resultados da cirurgia foram removidas devido a não se encontrarem em conformidade com as politicas do Google.
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