Medicamentos Utilizados no Tratamento do Alcoolismo

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 08/09/24

Actualmente existem apenas três medicamentos para o tratamento do alcoolismo aprovados pela U.S. Food and Drug Administration. No entanto, nenhum destes medicamentos costuma ser prescrito a pessoas que ainda bebem álcool, sendo apenas recomendados àqueles que já pararam de beber e encontram-se a tentar dar continuidade à sua abstinência.

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Infelizmente, nenhum dos medicamentos existentes no mercado tem demonstrado a capacidade de fazer com que uma pessoa dependente de álcool parasse de beber.

Dissulfiram

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Também conhecido por Antabuse, este foi o primeiro remédio a ser devidamente aprovado para o tratamento do alcoolismo. Caracteriza-se por originar uma reacção adversa bastante severa sempre que um paciente sob o efeito do medicamento consuma álcool.

História do Dissulfiram

O Dissulfiram foi originalmente desenvolvido na década de 1920, como uma substância destinada ao combate a infecções parasitárias. No entanto, o seu efeito anti-álcool ficou apenas conhecido na década de 1930, quando trabalhadores da indústria da borracha vulcanizada expostos a tetramethylthiuram dissulfeto adoeceram após consumirem álcool.

Em 1948 pesquisadores dinamarqueses em busca de tratamentos para infecções parasitárias também relataram efeitos adversos ao beberem álcool após exposição ao Dissulfiram.

Pouco tempo depois, a U.S. Food and Drug administration aprova a utilização do Dissulfiram para o tratamento do alcoolismo, começando assim a ser fabricado pelos laboratórios Wyeth-Ayerst sob o nome Antabuse.

Inicialmente, o Dissulfiram era administrado em doses significativamente maiores do que as actuais, mas o elevado número de reacções adversas reportadas fez com que a dosagem começasse a ser gradualmente reduzida.

Leia mais sobre o Dissulfiram.

Naltrexona

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Naltrexona é um medicamente comummente vendido sob o nome de diversas marcas, como é o caso de Revia e Depade e Vivitrol, através da qual é distribuído em formato injectável. O Naltrexona bloqueia os estímulos cerebrais experienciados por substâncias como o álcool, bem como pela heroína e a cocaína.

História do Naltrexona

O Naltrexona foi desenvolvido em 1963 com a finalidade de tratar a dependência de opiáceos. Em 1984 recebeu a aprovação da FDA para o tratamento da dependência de outras drogas, entre elas heroína, morfina e oxicodona, sendo comercializada pela DuPont sob o nome de Trexan.

Na sequência de testes efectuados em animais na década de 80 descobriu-se que o Naltrexona possuía também a capacidade de reduzir o consumo de álcool. De modo a explorar esta capacidade, foram efectuados diversos testes em humanos, que acabaram por comprovar a eficiência do medicamento na redução do desejo pelo consumo de álcool.

O medicamento foi aprovado pela FDA para o tratamento do alcoolismo e outras desordens relacionadas com o consumo de álcool em 1994. Posteriormente, o nome foi alterado de DuPont para ReVia.

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Leia mais sobre a Naltrexona.

Acamprosato

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O Acamprosato (acetil homotaurinato de cálcio) representa o mais recente medicamento a ser aprovado para o tratamento da dependência do álcool. Esta solução funciona através da redução do desconforto físico e emocional causado pela abstinência do álcool.

História do acamprosato

O acamprosato foi desenvolvido em 1982 pela empresa francesa Laboratoires Meram como solução de combate ao alcoolismo. A sua segurança e eficácia foram testadas de 1982 a 1988, tendo depois disso sido autorizado pelo governo francês para o tratamento de problemas relacionados com o álcool.

Foi introduzido no mercado sob o nome de Aotal, e durante mais de 20 anos tem sido amplamente utilizado por toda a Europa no tratamento do alcoolismo, ainda que apenas em Julho de 2004 tenha sido aprovado nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos o produto é comercializado pela Forest Pharmaceuticals sob o nome de Campral.

Saiba mais sobre as indicações e eficácia do acamprosato.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

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Marcação de consultas 85-99992-2120

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    Última atualização da página em 08/09/24