Melanoma: Conheça as Causas, Tratamentos, Sintomas e Fatores de Risco

Revisão Clínica: Dr Pedro Secchin (Dermatologista CRM-SP 195965). Atualizado: 08/09/24

Melanoma é o nome dado ao câncer que acomete os melanócitos, grupos celulares responsáveis pela geração de melanina. Esse tipo de tumor pode surgir em diferentes áreas corporais, como o trato gastrointestinal, olhos, órgãos genitais, orelhas, membranas mucosas, e epiderme.

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Antes e Depois: Esta imagem demostra a evolução de um Melanoma nodular de 4 milímetros ao longo de 14 meses.

Fotos Antes e Depois: Esta imagem demonstra a evolução de um Melanoma nodular de 4 milímetros ao longo de 14 meses.

Considerado uma das variantes de câncer mais nocivas ao organismo, o melanoma consegue se alastrar a órgãos vitais, como cérebro e coração, através de metástases. Por isso, a doença possui um elevado grau de fatalidade.

Embora o chamado melanoma cutâneo ainda seja menos frequente em comparação com outras variedades de câncer de pele, seu diagnóstico tem sido ampliado nos últimos anos.

Existem muitas versões de melanoma, com destaque para quatro variações: melanoma maligno lentigo, disseminado, lentigioso acral, e nodular.

No Brasil, a epiderme é o órgão mais afetado pelo câncer, correspondendo a cerca de 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados no país. Já o melanoma limita-se a 4% dos casos, aproximadamente. Ainda segundo dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), o melanoma atinge 6 mil pessoas anualmente.

Tipos de melanoma

Ao todo, o melanoma pode ser dividido em quatro tipos mais comuns:

  • melanoma extensivo superficial
  • melanoma nodular
  • melanoma lentigo maligno
  • melanoma lentiginoso acral

Melanoma extensivo superficial

O melanoma extensivo superficial é o mais corriqueiro, sendo caracterizado pelo aparecimento de manchas marrons ou pretas tal como as imagens de exemplo acima mostram. O melanoma extensivo superficial pode surgir em qualquer área corporal, afetando pessoas de todas as faixas etárias. Entretanto, ele se manifesta com mais frequência em indivíduos dotados de pele branca.

Melanoma Nodular

Veja as fotos acima. O melanoma nodular costuma exibir tonalidade preta, ou azul – acompanhada ou não por uma mistura com o vermelho. Porém, cabe ressaltar que essa vertente do tumor pode não acarretar mudanças de cor.

Melanoma lentigo maligno

O melanoma lentigo maligno, ilustrado nas fotos acima, costuma acometer pessoas que já chegaram à terceira idade, manifestando-se no pescoço, nos braços, e nas faces quando essas áreas sofreram forte exposição ao sol durante longos anos. A aparência dos trechos da pele afetados tende a possuir um tom marrom, ou pendendo para o bronze.

Melanoma lentiginoso acral

O melanoma lentiginoso acral é o mais raro. Veja as 3 fotos acima. Essa versão da doença atinge a parte inferior das unhas, as solas, ou as palmas. Essa variante é mais frequente em indivíduos afrodescendentes.

Bastante recomendado: Descoberta Molécula que Mata Melanoma Maligno, o miR-579-3p

Causas do melanoma

Em organismos saudáveis, existe um processo natural e fluido de renovação das células que formam a epiderme. Assim, em um fluxo contínuo, células são criadas, chegam à superfície, e posteriormente morrem para ceder lugar às novas células que estão atingindo a base da pele.

Normalmente, o corpo tem pleno controle sobre o volume de células que são desenvolvidas. Contudo, existem alterações no DNA celular que podem culminar no aparecimento de diversos grupos celulares capazes de provocar o câncer.

Ainda não se estabeleceu um elo exato entre as mutações que ocorrem no DNA das células e a formação do melanoma. No entanto, assim como no caso de diversas doenças autoimunes, acredita-se que certa conjunção de fatores seja decisiva para o desenvolvimento do referido câncer. Assim, dentre os principais agentes desencadeadores do melanoma estão o ambiente e os problemas que alguns indivíduos apresentam em determinados genes.

Também cabe ressaltar que muitos médicos apontam o excesso de exposição da pele aos raios solares em horários inapropriados, e o uso das câmaras de bronzeamento artificial como grandes causadores desse tipo de tumor.

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Por outro lado, é evidente que nem sempre os raios ultravioleta são os responsáveis por produzir o melanoma, uma vez que os tumores também surgem regiões do corpo que praticamente não entram em contato com o sol. Logo, certamente existem outros fatores causadores do problema em análise.

Principais fatores de risco associados ao melanoma

Raios ultravioleta

Sem dúvida, um dos fatores de risco mais comuns vinculados ao desenvolvimento de melanomas é o nível de exposição aos raios solares. Geralmente, isso acontece com indivíduos que tiveram elevado grau de exposição aos raios UV no decurso dos anos sem uso de protetor solar adequado, ou em horários majoritariamente inapropriados.

Circunstâncias como essa deterioram as características normais da pele, provocando modificações estruturais profundas do DNA celular, o que pode culminar no desenvolvimento do câncer. Via de regra, a quantidade de queimaduras apresentadas ao longo da vida é proporcional às chances do organismo vir a ter células cancerosas no futuro.

Além disso, quem reside em áreas próximas da linha do Equador (região mais quente do planeta), ou em regiões nas quais a altitude é muito elevada, está mais vulnerável ao câncer de pele. Como a incidência de radiação ultravioleta é mais intensa nessas partes do globo terrestre, os cuidados devem ser redobrados.

Sexo e faixa etária

Bem mais comum entre os homens, o melanoma é mais frequente na fase adulta, mais precisamente a parir dos 50 anos de idade. Quanto mais velho for o indivíduo, mais chances ele terá de apresentar o câncer, pois o desenvolvimento do melanoma está fortemente ligado ao nível de exposição solar.

Histórico médico familiar

Como um dos fatores para o desenvolvimento do melanoma é genético, ter membros familiares que tenham apresentado a doença amplia a probabilidade do evento vir a se repetir. Nestes casos, é necessário que haja uma avaliação meticulosa do dermatologista.

Histórico médico particular

Quem já sofreu algum dano pré-canceroso, ou possui registro de câncer cutâneo, está mais propenso a desenvolver o melanoma. Nestes casos, caso o melanoma se confirme, o paciente é diagnosticado como vítima de um processo denominado recidiva, caracterizado pela reincidência de um câncer sobre o mesmo órgão.

Peculiaridades da pele

Existem algumas peculiaridades da pele de determinados indivíduos que aumenta o risco de melanoma. Assim, pessoas albinas, sardentas, ou que possuam olhos, cabelos, e pele excessivamente claros estão mais propensas a desenvolveram a doença.

O mesmo se aplica a quem exibir nódoas, ou pintas, com dimensões desproporcionais. Ainda sobre as pintas, quem tem o corpo cravado de pintas deve procurar notar possíveis mudanças de aspecto e tamanho, bem como atentar-se quanto ao surgimento de outras pintas.

Pessoas brancas que ao invés de se bronzearem quando expostas ao sol costumam ficar com a pele avermelhada também apresentam risco elevado para desenvolver melanoma.

Sistema imunológico debilitado

Quando o sistema de defesa do organismo não atua com a eficácia esperada as chances de melanoma também aumentam. Dentro desse grupo de risco estão as pessoas que possuem linfoma, leucemia, que consomem remédios com função imunossupressora (inibem o pleno funcionamento do sistema imunológico), ou que realizaram cirurgia de transplantação.

Principais sintomas do melanoma

No corpo masculino, o melanoma se manifesta com mais frequência na região do dorso. Já nas mulheres o câncer aparece com maior incidência nas pernas e nos braços.

Os sintomas iniciais da doença são o aparecimento de uma pinta, ou mancha, com aspecto, ou tonalidade, estranho. Também é comum que ocorram algumas modificações em uma pinta já presente no corpo. A região afetada pelo melanoma também pode gerar problemas de sangramento, cicatrização, ou coceira.

De forma geral, o aspecto exibido pelo melanoma oscila bastante. Enquanto algumas pessoas reúnem todos os detalhes mencionados anteriormente, outras se limitam a um único sinal. Por esse motivo, os médicos enfatizam que qualquer modificação da pele, independentemente do nível, é mais do que suficiente para que o indivíduo seja consultado por um dermatologista.

Novas lesões, ou a reconfiguração das antigas, também devem motivar a busca por atendimento médico especializado o quanto antes. Para facilitar a vida do paciente, os médicos desenvolveram um método de autoexame prévio que ajuda a identificar o que pode ser um câncer de pele.

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Esse método inclui quatro detalhes que devem ser observados. O primeiro se refere à existência de pintas assimétricas. Esse aspecto não uniforme pode ser um forte indício da existência do melanoma. O segundo aspecto a ser visualizado são as bordas da pinta, que em situações normais não devem ser irregulares.

O terceiro ponto diz respeito à coloração, já que a existência de vários trechos com tonalidades distintas também podem apontar para o melanoma. Já o quarto detalhe a ser analisado é o diâmetro da pinta, pois em casos de melanoma ela exibe um crescimento progressivo.

Pintas típicas de melanoma também exibem transformações quanto à consistência, como partes frágeis e quebradiças, ou perda de rigidez. A superfície pode conter formação de crostas, sangrar com facilidade, erodir, ou ainda inchar. Some-se a tudo isso o surgimento de uma sensação de dormência, ou queimação, que podem ou não ser acompanhadas por coceira e dores.

É importante salientar que existem outras doenças cutâneas que apresentam detalhes análogos àqueles inerentes ao melanoma. Carcinoma basocelular, verrugas, e queratose seborreica são alguns exemplos de enfermidades que podem, à primeira vista, serem confundidas com o melanoma.

Melanoma metastático

Os sinais que indicam a propagação do melanoma por metástase costumam ser imprecisos. De qualquer forma, dentre eles estão o aparecimento de edemas nos nódulos linfáticos, principalmente na região da virilha e das axilas, e certa proeminência abaixo da pele.

Distinções entre o melanoma e o câncer de pele “comum”

Primeiramente, é preciso esclarecer que um câncer de pele convencional jamais evolui para o melanoma, uma vez que as estruturas celulares de ambos são distintas. Assim, enquanto o carcinoma basocelular, por exemplo, é provocado pela presença de células basais cancerosas, e o carcinoma espinocelular advém de células epiteliais deterioradas, o melanoma tem sua origem na deformação das células incumbidas de produzir melanina, ou seja, os melanócitos.

Procura por atendimento médico

O indício mais evidente da existência de um melanoma é a ocorrência de alguma deformidade em uma mancha, ou pinta. Desse modo, caso o indivíduo note qualquer alteração de cor, formato, tamanho, ou até mesmo o crescimento de uma nova pele ao redor da pinta, ou mancha, ele deve ser consultado o quanto antes.

Outros sinais que devem estimular a ida ao consultório médico são a presença de sangramento na pinta, a descoloração da região situada abaixo das unhas, e a formação de pontos escurecidos na pele em virtude da incidência de raios solares.

Nos casos em que o paciente já possui um diagnóstico positivo para melanoma, ele pode exibir sinais de que a doença está avançando perigosamente. Dentre essas evidências estão o escurecimento das fezes e da urina, vômito com sangue, diarreia, tosse com sangue, e uma crescente dificuldade para engolir alimentos ou respirar. Em todas essas situações o paciente precisa procurar o atendimento médico emergencialmente.

Durante a consulta

A consulta precisa ser efetuada por médicos especialistas. No caso do melanoma, o diagnóstico pode ser efetuado por um oncologista, ou por um dermatologista.

Antes de comparecer à consulta, é importante que o paciente faça uma relação detalhada de todos os sintomas que esteja sentindo, facilitando o processo de diagnóstico. É importante saber indicar ao médico quando esses sintomas começaram a se manifestar.

O paciente também deve trazer consigo o histórico médico, e mencionar quais remédios está tomando atualmente, bem como se existe reação alérgica a determinados tipos de medicamentos.

Visando realizar um diagnóstico preciso do paciente, o médico deve efetuar diversos questionamentos. As perguntas estão relacionadas às possíveis dores ocasionadas pela lesão, à existência anterior de um câncer de pele, e ao excesso de exposição à incidência solar durante a infância e na fase adulta.

É comum que o médico também questione o paciente sobre o uso de medicamentos imunossupressores, além de esclarecer se ele já passou por algum tratamento de radioterapia, se é adepto do tabagismo (ou por quanto tempo fumou), e se ele analisa o estado da pele frequentemente.

Para otimizar a consulta e torná-la mais satisfatória, é aconselhável que o paciente esteja munido de todas as dúvidas associadas ao melanoma antes de se dirigir ao consultório médico.

Dentre as possíveis incertezas que podem surgir no decorrer da primeira e das demais consultas estão a confirmação de que o melanoma se alastrou para outras regiões do corpo, se há a necessidade de realizar avaliações complementares, quais são as alternativas para tratar o problema e suas prováveis reações adversas, se existe cura definitiva, e se será necessário visitas de monitoramento. Todas essas dúvidas são as mais frequentes. Todavia, nada impede que outras apareçam no decurso das consultas. O paciente deve ter plena liberdade para abordar todas elas.

Processo de diagnóstico do melanoma

O processo de diagnóstico é constituído pela avaliação clínica do paciente somado ao exame de biópsia. Como técnica complementar de diagnóstico o médico pode verificar o estado dos nódulos linfáticos a fim de confirmar se as dimensões deles estão sob controle.

Dentre os exames mais solicitados pelos médicos estão:

Microscopia confocal

Trata-se de um método de avaliação não invasivo, totalmente efetuado por meio da análise de imagens. A técnica permite a visualização da situação das camadas que formam a epiderme. O processo é realizado em um tecido vivo, facilitando a observância de danos e a localização dos trechos nos quais eles se encontram.

Tecnicamente, a microscopia confocal ocorre mediante o uso de um raio laser de diodo. É a emissão da luz que possibilita o detalhamento de toda a estrutura das células que constituem a epiderme. Sem qualquer tipo de intervenção, o aparelho permite a visualização nítida dos tecidos devido à ampliação da imagem, muito similar a disponível em um microscópio.

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Biópsia

Como de praxe, o exame de biópsia consiste na coleta de uma amostra tecidual, posteriormente encaminhada para análise laboratorial. Após uma verificação minuciosa do tecido, os médicos serão informados se o tecido em questão detém células cancerosas, qual a vertente do câncer identificado, com qual intensidade ele pode afetar o organismo, além de outros pormenores igualmente relevantes.

Toda essa análise acurada é essencial para que o corpo médico e o paciente saibam exatamente com o que estão lidando. Isso pode proporcionar a adoção de terapias mais eficazes em determinadas situações. Além disso, em se tratando do melanoma, a biópsia é obrigatória para definição do diagnóstico da doença.

Dermatoscopia

Já esse exame é utilizado para conclusão do diagnóstico. A dermatoscopia é dividida entre a manual e a digital. No primeiro caso, o dermatologista utiliza um aparelho chamado dermatoscópio para analisar a situação das pintas suspeitas de serem uma manifestação do melanoma. Enquanto isso, ele já efetua uma verificação individual sobre o risco vinculado às lesões.

No exame de dermatoscopia digital o equipamento capta fotografias de todas as regiões corporais, efetuando um histórico de todas as lesões identificadas. Dessa forma, o médico poderá no futuro saber com maior precisão quais lesões sofreram alterações significativas, ou se existem novas áreas afetadas pelo câncer.

Avaliações por imagem

Essas análises têm o objetivo de confirmar se o melanoma se disseminou para os demais órgãos do organismo, como fígado, cérebro, ou coração. Dentre os tipos de exames de imagem mais comuns para detectar melanoma estão a MRI (ressonância magnética), a TC (tomografia computadorizada), e a PET (tomografia de emissão).

Como tratar o melanoma

Assim como acontece com outras doenças, a terapia utilizada dependerá do nível de gravidade do melanoma e das áreas internas do organismo que foram comprometidas devido à existência do câncer.

Tratamento durante o estágio inicial da doença

Caso o melanoma seja identificado logo no início do seu desenvolvimento, a melhor alternativa é o procedimento cirúrgico, realizada com o intuito de retirar o tecido canceroso. Além disso, nas situações em que o melanoma esteja bem fino ele poderá ser removido através da biópsia.

Durante a cirurgia, uma porção de tecido saudável será removida juntamente com o tecido canceroso, especialmente aquele situado abaixo da epiderme. Geralmente, quem é diagnosticado com melanoma logo no início do câncer tem grandes chances de se desvencilhar de quaisquer tratamentos complementares.

Tratamento para melanomas avançados

Quando o melanoma atinge outras regiões do corpo ele é considerado grave devido ao elevado risco de morte. Nesses casos, podem compor o tratamento não só a cirurgia de remoção do tecido canceroso, mas também as terapias complementares, como radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo, e terapia biológica.

Prognóstico

O tratamento do melanoma em estágio avançado costuma proporcionar diversas reações adversas devido à intensidade das medicações utilizadas. Portanto, é importante que o paciente se atente à posologia dos remédios ministrados para amenizar esses efeitos negativos.

Os sintomas podem ser regulados por meio de uma dieta balanceada, realização frequente de atividades físicas, e boas noites de sono. Mas esse controle varia de indivíduo para outro, além de não ser 100%.

Com relação às náuseas e vômitos, é preciso detectar se o organismo está desidratado. Esse estado é indicado por uma sensação de tontura durante determinados movimentos, como o de se levantar, e pela presença da boca seca. Uma das soluções para o problema é diminuir o volume de alimentos ingeridos nas refeições, que passarão a serem repetidas mais vezes ao longo do dia.

Em casos de constipação intestinal, é recomendável que o paciente realize treinamentos físicos com intensidade moderada. Os exercícios devem ser acompanhados de uma dieta concentrada em fibras, vegetais, e frutas, além do consumo de líquidos na quantidade exigida para o bom funcionamento do organismo. Caso opte pelo consumo de medicamentos laxativos, o paciente deve buscar orientação médica, em vez de se automedicar.

Caso o paciente tenha diarreia, o ideal é dar uma pausa nas refeições e observar se há indício de que o corpo está passando por uma desidratação. Antes de consumir qualquer tipo de medicamento para aliviar o problema, o médico deve ser consultado a respeito.

Durante a fase final da terapia, ou logo depois da sua conclusão, é comum que o corpo comece a manifestar fadiga. O único “remédio” para isso é proporcionar o máximo de repouso possível ao organismo.

Dores e alterações do sono também são frequentes após a finalização da terapia. No primeiro caso uma solução é recorrer à utilização de compressas frias, ou quentes. No segundo, recomenda-se exercitar o corpo diariamente, e procurar dormir sempre no mesmo horário para estabelecer um padrão ao relógio biológico.

Queda capilar, estresse, e autoestima

O período caracterizado pelo diagnóstico do melanoma e da respectiva terapia é exaustivo para a ampla maioria dos pacientes. Consequentemente, o estresse é quase que unanimidade. Contudo, existem técnicas de relaxamento muito eficazes para gerenciar os níveis de estresse.

Além disso, os pacientes sofrem de estresse emocional, provocado principalmente em virtude da queda dos cabelos. Por outro lado, também é verdade que não são todas as variedades de remédios usados na quimioterapia que ocasionam tal efeito colateral. A melhor maneira de lidar com o problema é esclarecer com o médico se os medicamentos quimioterápicos usados no tratamento podem gerar perda de cabelo.

A autoestima também tende a ser esfacelada em meio ao cumprimento de todas as etapas expostas anteriormente. Assim, o paciente passa a enxergar o próprio corpo através de um novo viés, nem sempre positivo. Uma das alternativas usadas para lidar com essas mudanças é o convívio com pessoas que estejam passando pelo mesmo problema. Logo, a participação em grupos de apoio costuma ser muito estimulada.

Como prevenir o melanoma

Existem alguns cuidados que podem e devem ser tomados a fim de se evitar o desenvolvimento do melanoma.

Evite o excesso de exposição à radiação UV

O melanoma é estimulado principalmente pelo excesso de exposição da pele à incidência de raios ultravioleta em horários inadequados (entre 10h e 16h) e sem o uso de filtro solar apropriado.

Evitando os picos de insolação o indivíduo passa a ficar menos vulnerável à penetração dos chamados raios UVB. Trata-se da radiação mais nociva à pele, queimando-a, em vez de bronzeá-la. Quanto mais intensa estiver a luz do sol, maior concentração de raios UVB ela terá. O bronzeamento só ocorre quando a concentração de raios UVA for superior a de raios UVB. Para isso, é essencial aproveitar o sol somente antes das 10h e após as 16h.

Os dermatologistas recomendam usar protetor solar a partir do fator 30. Também é preciso saber utilizar o produto, pois ele deve ser aplicado três vezes ao longo do dia. Além disso, é preciso aguardar que o filtro faça efeito antes de sair ao sol. Geralmente, o tempo necessário para isso é de meia hora.

Autoexame de pele

Neste caso, a prevenção se refere à suspensão do avanço do melanoma. Uma das formas mais eficazes de identificação precoce de qualquer tipo de câncer cutâneo é criar o hábito de examinar a pele com frequência. Para que esse autoexame seja realmente satisfatório, o paciente deve contar com o auxílio de espelhos. Esses acessórios possibilitam a visualização de regiões que se tornam ocultas aos olhos do indivíduo enquanto ele realiza suas tarefas rotineiras.

O objetivo dessas avaliações prévias é descobrir a existência de manchas que estejam sangrando, estimulando coceira, ou que simplesmente não cicatrizam. As pintas devem ser um foco simultâneo. Neste caso, vale a pena observar se elas exibem formatos irregulares, colorações estranhas, ou crescimento.

Como se sabe, identificar a atividade cancerosa quando ela ainda está apenas no início é primordial para que a doença seja totalmente curável.

Consulta dermatológica

Quem possui muitos fatores de risco correlacionados ao desenvolvimento do melanoma devem ser monitoradas por um dermatologista. Em circunstâncias altamente perigosas, é possível que o médico aconselhe o paciente a evitar o contato com o sol por um período indeterminado. Como nesses casos o corpo passa a apresentar deficiência de vitamina D, o indivíduo deverá tomar suplementos do nutriente de forma regular e controlada.

Esse tipo de acompanhamento se torna ainda mais necessário e prudente quando o paciente possui histórico de câncer de pele. Após o término da terapia, a região tratada continuará sendo monitorada pelo dermatologista. O objetivo é confirmar se o câncer não será reincidente.

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Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Dr Pedro Secchin (Dermatologista CRM-SP 195965)

Dermatologista - CRM-SP 195965 / RQE 73850

Consultar > Currículo Lattes.

O Dr. Pedro Secchin é Graduado em Medicina pela Universidade Gama Filho (UGF) – 2011. É Mestrado em Medicina pela Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Além disso o Dr. também possui:

- Especialização em Dermatologia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ) - 2018.

- Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).

- É membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Endereço: Rua Inglês de Sousa, 449. CEP: 01546-010 - Jardim da Glória São Paulo - São Paulo Telefone: ‪(11) ‬4301-9931

Também pode encontrar o Dr. Pedro no Linkedin e Instagram.

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    Última atualização da página em 08/09/24