O que é Neoplasia Maligna (câncer)? Causas, tipos, tratamento e sintomas

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 08/09/24

O que é? Neoplasia maligna é o nome técnico para definir o câncer. A cura da doença varia e depende, substancialmente, do intervalo entre o início da patologia e da real okiização do diagnóstico. Quanto mais adiantado for o diagnóstico, mais efetivo será o tratamento e, consequentemente, maiores serão as chances de cura. Boa leitura!

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As células do organismo se reproduzem continua e diariamente. A partir do momento em que esse processo reprodutivo se torna desordenado, o risco de desenvolvimento de doenças, como o câncer, aumenta significativamente.

Sempre convém destacar que essa proliferação celular descontrolada pode originar um tumor benigno ou maligno.

Apenas o segundo (maligno) é capaz de gerar metástases, ou seja, expandir-se para outras regiões corporais.

Nos dias atuais, há uma série de terapias eficazes contra um bom número de cânceres. Nessa lista, estão inclusos algumas variedades de câncer “bem famosas” (infelizmente), como o câncer de cólon; de útero; e o de mama.

O que dificulta o tratamento é a demora do diagnóstico, algo bem frequente nos casos que envolvem linfomas, leucemia e câncer de testículo. Mesmo assim, esses tipos de neoplasia maligna ainda são bem curáveis — com elevado índice de cura.

A nomenclatura oficial dos diferentes tipos de câncer ganha o sufixo sarcoma.

Alguns exemplos são o linfangiossarcoma, o angiossarcoma e a Lipossarcoma.

A nomenclatura carcinoma é utilizada para o câncer que surge no tecido epitelial.

Um tumor só é tratado como câncer quando ele for maligno.

Como saber se é benigno ou maligno?

O que vai determinar se um tumor é benigno ou maligno é a análise completa feita por um oncologista, profissional especializado no diagnóstico e tratamento dessas condições médicas.

Um dos exames decisivos consiste na análise celular de tecido após uma biópsia.

As células responsáveis pela neoplasia maligna exibem um comportamento biológico inapropriado. Por isso, elas são consideradas células “anormais”.

Na prática, o que se vê é o desenvolvimento desproporcional e descontrolado do tecido compreendido pelo conjunto de células defeituosas. É como se o tecido ganhasse vida própria.

Para complicar o quadro, ainda existe a probabilidade desse tumor maligno se difundir para outras regiões do organismo.

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O processo de metástase é caracterizado pela presença de células cancerosas que se dispersam com facilidade. Ao se soltarem, elas se movem para outras áreas através da circulação linfática ou dos vasos sanguíneos.

Após alcançarem um novo ponto do organismo, as células problemáticas repetem aquela fase de reprodução exagerada.

O tumor benigno é constituído de células que se reproduzem mais lentamente. O processo é assinalado pelo encapsulamento fibroso dos tecidos adjacentes.

Em contrapartida, no tumor maligno há uma proliferação celular rápida e sem a formação de um invólucro.

O Que é Neoplasia Maligna (câncer)

Quais são as causas?

Há milhares de pesquisas científicas voltadas às descobertas das causas das neoplasias malignas.

Uma das teorias mais aceitas afirma que o câncer tem origem multifatorial.

Logo, a doença não seria provocada isoladamente por um único fator, mas sim pela conjunção de dois ou mais deles. Esses aspectos podem ser ambientais ou individuais.

Os fatores ambientais se referem a seguintes situações ou hábitos:

  • Ficar vulnerável à ação radioativa, de metais pesados (mercúrio e chumbo, por exemplo) ou de substâncias biológicas ou químicas;
  • Ficar muito exposto à incidência dos raios UV provenientes da iluminação solar;
  • Praticar tabagismo ou frequentar ambientes tomados por fumantes;
  • Utilização regular de determinados remédios;
  • Exposição ao contágio de certos parasitas ou vírus.

No caso dos fatores individuais, deve-se atentar aos seguintes pontos:

  • Oscilação das concentrações hormonais;
  • Influência dos hormônios sexuais;
  • Fumo abusivo;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Inclinação genética;
  • Atividade sexual intensa com múltiplos parceiros;
  • Quadro depressivo ou outros transtornos psicológicos igualmente graves;
  • Crises de ansiedade;
  • Alimentação irregular e desequilibrada.

Tipos de Neoplasia Maligna

Há duas variedades de câncer que devem ser observados mais atentamente. Basicamente, trata-se de uma vertente invasiva e não invasiva.

Câncer in situ

Em princípio, o câncer pode ser não invasivo. Nesse estágio, as células cancerosas ainda se limitam à área inicial de desenvolvimento.

Isso significa que elas ainda não se deslocaram para outras partes do órgão no qual surgiram. Desde que não alcancem o estágio invasivo, o câncer in situ é curável.

Câncer invasivo

Esse câncer recebe essa denominação porque as células cancerosas começam a se mover para outras camadas do órgão atingido.

Finalizada a maior abrangência do primeiro órgão acometido pela doença, as células cancerosas podem, a partir daí, chegar a outros órgãos.

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Os 12 tipos mais terríveis de câncer

Os 12 Tipos Mais Terríveis De Câncer

1. Pulmão:

O câncer de pulmão é a principal causa de morte relacionadas ao câncer nos Estados Unidos.

Tem uma das taxas de sobrevivência mais baixas, reivindicando mais de 1,5 milhões de vidas todos os anos em todo o mundo.

2. Fígado:

Este câncer tirou a vida de 788.000 pessoas globalmente em 2015.

Como órgão primário do corpo para filtração, não é possível viver sem o fígado. O órgão processa todo o sangue – o modo de transporte preferido pelas células cancerígenas, e é por isso que a maioria dos casos são originados em locais secundários.

Por outras palavras, são cânceres que começam em outros lugares e acabam no fígado.

Quando o câncer começa realmente no fígado, a causa geralmente é o abuso de álcool, um defeito de nascença ou infecção crônica, como hepatite B ou C. 8

3. Estômago:

Este tipo, resulta em mais de 750.000 mortes por ano. A doença afeta o revestimento do estômago e, por vezes, não é detetado no estágio inicial.

Quanto mais tempo demora a ser diagnosticado e tratado, pior o prognóstico.

4. Colorretal:

O câncer encontrado no cólon ou no reto causa a morte de quase 800.000 pessoas anualmente.

Segundo o National Cancer Institute, é a segunda maior causa de morte por câncer nos Estados Unidos.

Se descoberto cedo, as taxas de sobrevivência são excelentes.

O rastreamento precoce e as medidas preventivas são cruciais, pois muitas vezes não existem sintomas até que as células cancerosas se multipliquem e se espalhem para outros órgãos.

5. Câncer de Mama:

O câncer de mama ocorre nos tecidos mamários tanto de machos como fêmeas – levando a vida de mais de 500.000 pessoas todos os anos.

O tumor maligno que cresce nesse tecido se espalha rapidamente para outras partes do corpo, quando não tratado.

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O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comumente diagnosticado em mulheres (após o câncer de pele).

Apenas cerca de 10% são considerados ligados a fatores de hereditariedade (ou seja, mutações genéticas).

No entanto, muitos fatores familiares contribuem para o risco.

Por exemplo, viver em um ambiente tóxico, consumir uma dieta pobre, etc.)

O que isto significa que existe muito espaço para tomar medidas para prevenir a doença.

6. Esôfago:

O câncer de garganta – também conhecido como câncer do tubo de alimentação – demanda a vida de mais de 400.000 pessoas todos os anos.

As principais causas são o fumo, o consumo de álcool, a obesidade e a dieta.

Se você é um fumante que também bebe regularmente, o risco é significativamente maior.

Ascpesquisas mostram que a manutenção de um peso saudável e o consumo regular de morangos liofilizados concentrados pode reduzir o risco de câncer de esôfago.

A triagem para esse tipo de câncer é complicada e àpor vezes danifica o “tubo de alimentação” durante o procedimento.

7. Cervical:

O colo do útero está localizado na extremidade inferior do útero e abre-se para a porção superior do canal vaginal.

Se as células nesta área sofrerem alterações que não são detetadas a tempo, a doença pode ocorrer.

Este tipo é responsável por mais de 260.000 mortes em todo o mundo.

Embora cerca de 84% dos casos ocorra em países menos desenvolvidos, estima-se que mais de 4.000 mulheres nos Estados Unidos morrerão desse tipo de câncer só este ano.

Os médicos utilizam o teste de Papanicolau para determinar a condição. A detecção precoce é fundamental, pois pode ser assintomática até se espalhar.

8. Próstata:

Pode não mostrar sinais até que se espalhe para outras áreas do corpo.

Essa é a razão pela qual a doença rouba a vida de 1,1 milhão de pessoas anualmente.

9. Bexiga:

Existem mais de 400.000 novos casos de câncer de bexiga diagnosticados todos os anos em todo o mundo.

Felizmente, o problema causa desconforto durante a micção, ajudando a ser detectado mais precocemente do que muitas outras formas da doença.

O acompanhamento é importante para garantir que não haja recorrência do problema.

Fumar é um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença.

10. Pâncreas:

Trata-se de um câncer agressivo que mostra poucos sintomas até que esteja avançado.

Dor abdominal, icterícia e perda de peso inexplicada são sinais que se manifestam em alguns pacientes.

O câncer de pâncreas reclama a vida de mais de 330.000 pessoas anualmente.

A obesidade é um fator de risco importante para o seu desenvolvimento, no entanto, também atinge pessoas magras.

11. Linfoma não-Hodgkin:

Esta forma de câncer inicia nos glóbulos brancos localizados no sistema linfático – o núcleo do nosso sistema imunológico.

Dor abdominal, fadiga e inchaço dos gânglios linfáticos (encontrados nas axilas, pescoço e virilha) são sintomas que ocorrem em alguns pacientes.

O linfoma não-Hodgkin atingiu mais de 20.000 pessoas só nos EUA em 2017.

A manutenção de um sistema linfático saudável e o fortalecimento do sistema imunológico reduzem o risco do seu desenvolvimento.

12. Leucemia:

Ao câncer das células do sangue dá-se o nome de leucemia. Começa na medula óssea, onde a maioria das células do sangue são produzidas.

O crescimento exagerado de células sanguíneas imaturas, expulsam as células sanguíneas saudáveis, levando a um aumento do risco de infecção, fadiga extrema e anemia.

A leucemia causa a morte de aproximadamente 353.000 pessoas todos os anos.

Combinados, estes 12 tipos de câncer respondem por quase 75% de todos os casos de câncer diagnosticados no mundo.

É importante ressaltar que existem muitos outros tipos de neoplasia maligna além deste top 12.

Prestar atenção ao corpo e cuidar bem dele é a chave para prevenir o câncer e detectá-lo precocemente.

Os sintomas da Neoplasia Maligna

Os indícios de que o organismo está com câncer mudam conforme a região corporal atingida pelo tumor.

Existe uma lista de sinais e sintomas mais genéricos.

Como não estão diretamente associados a uma neoplasia maligna, eles precisam ocorrer simultaneamente com alguns outros fatores.

Eis alguns desses sinais e sintomas:

  • Dificuldade para engolir líquidos e alimentos;
  • Fadiga;
  • Disfonia — a voz é gerada após uma vibração das cordas vocais, resultante da passagem do ar dos pulmões;
  • Saliência sob a epiderme;
  • Alterações do peso corporal — seja o ganho ou o emagrecimento;
  • Tosse frequente;
  • Febre e sudorese noturna constante e com origem desconhecida;
  • Modificações no funcionamento dos intestinos;
  • Dores nas massas musculares com origem desconhecida;
  • Dores nas regiões articulatórias com origem desconhecida;
  • Mudanças na tonalidade da pele, que pode ganhar um tom avermelhado, amarelado ou simplesmente escurecido;
  • Problemas de cicatrização de ferimentos na pele;
  • Indigestão frequente ou sensação de mal estar após as refeições.

Qual profissional devo procurar? Qual é o diagnóstico?

Nos casos de câncer, a oncologia é a especialidade médica a ser buscada.

Para chegar a um diagnóstico preciso, o médico oncologista deve efetuar uma bateria de exames, compostos de:

  • Análises radiológicas;
  • Ultrassonografias;
  • Tomografias;
  • Análise celular com base em amostras do tecido atingido;
  • Endoscopias;
  • Ressonâncias magnéticas;
  • Cintilografia;
  • Avaliação de determinados marcadores tumorais;
  • Avaliação citogenética — em alguns casos;
  • Estudos imunoistoquímicos.

Tratamento da Neoplasia Maligna 

Na maioria das vezes, os tumores diagnosticados como benignos não exigem nenhuma terapia.

No entanto, eles precisam ser observados de tempos em tempos.

A depender da situação, também não está totalmente descartada a possibilidade de iniciar um tratamento com o fim de amenizar os sintomas.

Essa medida se torna necessária à medida que os sintomas se tornem um grande incômodo para o paciente.

Devidos ao baixo grau de urgência e aos riscos inerentes a esse tipo de procedimento, a intervenção cirúrgica é desaconselhada para os casos envolvendo tumores benignos.

O intuito de uma cirurgia desse porte seria a remoção cuidadosa do tumor, a fim de conservar a parte tecidual adjacente, o que nem sempre é possível e garantido.

Devido ao risco de morte, a neoplasia maligna precisa ser tratada o quanto antes.

Atualmente, há muitos tratamentos disponíveis para os mais diversos tipos de câncer.

A terapia adotada é escolhida pelo médico com base, principalmente, no estado fisiológico do paciente e no grau de evolução do tumor maligno.

Com o suporte de uma equipe, o oncologista tem total capacidade de definir qual é a terapia mais apropriada e menos arriscada para cada caso.

Além disso, vale lembrar que as finalidades de cada terapia costumam variar. As terapias podem proporcionar:

  • Aprimoramento da qualidade de vida;
  • Remoção total das células cancerosas, o que não garante a cura;
  • Cura de 100% — algo possível, mas nem sempre alcançável;
  • Amenização dos sintomas, provocados pelo próprio tumor, e das reações adversas, causadas pelas medicações de determinados tratamentos — a quimioterapia é o maior exemplo;
  • Remoção de células cancerosas que, porventura, ainda se mantenham vivas após tratamentos anteriores. O ideal é que não reste nenhum resquício de célula cancerosa, pois elas podem retomar a reprodução e gerar um novo câncer a qualquer momento.

O primeiro tratamento de eliminação das células cancerosas é chamado de primário, enquanto o segundo é denominado adjuvante.

Essas terapias costumam ser adotadas concomitantemente com algum tratamento principal.

O mesmo acontece com a terapia paliativa, usada nos casos em que se busca diminuir o mal estar apresentado pelo paciente.

Com relação aos principais tratamentos do câncer, eles são os seguintes:

  • Radioterapia;
  • Quimioterapia;
  • Intervenção cirúrgica;
  • Hormonioterapia;
  • Terapia alvo.

Radioterapia

Nesse tratamento, a radiação é usada como uma poderosa aliada na eliminação das células cancerosas, impossibilitando que elas continuem se reproduzindo.

A radiação é invisível e indolor. Mas cada organismo se manifesta de uma maneira bem particular quando é invadido por essa propagação energética.

Desse modo, os efeitos colaterais também variam de um indivíduo para outro.

Por isso, é comum que, durante a radioterapia, o paciente seja submetido a uma monitoria semanal.

A força de aplicação da radiação usada no tratamento é determinada de acordo com a região do corpo, do equipamento em questão, da variedade radiativa e da abrangência dessa radiação na parte tratada.

Normalmente, os efeitos colaterais da radioterapia surgem a partir da segunda semana.

Eles só devem sumir por completo após a finalização da terapia, sob risco de permanecerem por mais algum período.

Há aquelas reações adversas comuns a qualquer radioterapia, bem como as específicas e inerentes a cada região corporal tratada.

Quando a energia característica da radiação incide sobre a coluna cervical e o rosto, por exemplo, o paciente pode apresentar dificuldade para engolir líquidos ou alimentos sólidos.

Enquanto isso, na pelve a radioterapia costuma provocar incômodos durante as micções.

No que se refere aos efeitos colaterais comuns a qualquer radioterapia, pode-se mencionar algumas alterações na pele, queda do apetite e indisposição física.

Quimioterapia

O nome desse tratamento advém da adoção dos chamados quimioterápicos, que tem como principal missão barrar a mitose, processo pelo qual ocorrem as divisões celulares.

Com isso, o remédio consegue bloquear a proliferação das células cancerosas.

O grande problema atrelado à quimioterapia consiste no fato de que os medicamentos podem atingir processo mitótico de qualquer célula, e não somente das nocivas ao organismo.

Os compostos químicos atuam em diversas células que se reproduzem em alta velocidade, como as células do couro cabeludo.

Por essa razão, um dos principais efeitos colaterais do tratamento é justamente a queda momentânea de todos os fios de cabelo.

Outras reações adversas frequentes são o desenvolvimento de aftas e a diminuição das concentrações de plaquetas, além da redução do número de leucócitos e hemácias.

Além do uso em tratamentos direcionados à eliminação da neoplasia maligna, os medicamentos quimioterápicos possuem outras aplicações.

Os quadros envolvendo transplantes de órgãos mal sucedidos devido à rejeição do organismo ou tratamentos de patologias que atacam o sistema imunológico são bons exemplos.

Intervenção cirúrgica

Há cerca de 2 séculos, a cirurgia era o único método de intervenção possível com o fim de tratar casos de neoplasia maligna e outras doenças.

Levou cerca de 75 anos até que certos procedimentos, como a mastectomia radical (caracterizada pela retirada de toda a  mama atingida pelo câncer) encontrassem algum contraponto na área médica.

Atualmente, a cirurgia de remoção dos tecidos cancerosos é usada somente em último caso.

Mas quando necessária, a cirurgia pode ou não abranger a retirada de parte de outros órgãos adjacentes ao primeiro ponto atingido.

De qualquer maneira, ela tem como princípio manter a maior parte de tecido saudável possível.

Hormonioterapia

Existem muitas variedades de câncer que se desenvolvem em regiões do corpo, como os seios e a próstata, que possuem uma atuação mais intensa de certos hormônios.

As células cancerosas se aproveitam desses hormônios para acelerar o ritmo de reprodução e proliferação.

Normalmente realizada mediante administração de medicamentos orais, a hormonioterapia diminui a influência hormonal sobre o órgão que desenvolve as células cancerosas.

Para receber esse tipo de tratamento, o portador da neoplasia maligna precisa ter, ao menos, um receptor hormonal ligado a um tumor maligno.

Terapia alvo

O objetivo desse tratamento é barrar a chegada de determinadas proteínas, necessárias ao processo de mitose, às células cancerosas.

Para isso, o paciente deve seguir a prescrição médica de remédios orais que podem incidir especificamente naquele tipo de câncer.

Vale frisar que os compostos utilizados na terapia alvo também podem incidir sobre outras moléculas que acentuam o desenvolvimento das células cancerosas.

Moderna, a terapia alvo visa ampliar significativamente a precisão dos tratamentos de neoplasia maligna.

Afinal, os medicamentos usados devem, em princípio, agir diretamente sobre a variante do tumor a ser tratado.

Além do elevado grau de minúcia e efetividade dessa terapia, ela também costuma causar menos reações adversas.

Por fim, é importante ressaltar que raramente um câncer é tratado exclusivamente por uma única terapia.

Todas as formas de tratamento apresentadas podem ser adotadas em algum momento — algumas delas até simultaneamente.

A escolha ou preferência sequencial dos métodos a serem utilizados depende da vertente do tumor maligno e das reações manifestadas pelo paciente a cada sessão terapêutica.

No que se refere ao tratamento dos sintomas ocasionados pelos tumores, as substâncias médicas mais prescritas pelos oncologistas são a prednisona, a meperidina, e o diclofenaco colestiramina.

Complicações

O nível de qualidade dos resultados de cada terapia está diretamente vinculado à neoplasia maligna em questão e à resposta de cada organismo.

Mesmo que o tumor maligno tratado esteja em um estágio incurável, ainda é possível minimizar consideravelmente os danos.

Nesse último caso, se bem sucedido o tratamento consegue propiciar mais alguns longos anos de vida ao paciente.

Por outro lado, algumas neoplasias malignas são não só incuráveis, como assustadoramente letais.

Especificamente no que concerne às possíveis complicações, as mais registradas são:

Emagrecimento — tanto a neoplasia maligna quanto a própria terapia podem provocar emagrecimento;

Dores — mesmo que a modalidade do tumor maligno seja indolor, as chances de o tratamento ser doloroso são significativas. De qualquer modo, existem fármacos que desempenham uma função analgésica bem efetiva;

Náuseas — as sensações nauseantes são uma constante na maioria dos casos. Felizmente, o oncologista consegue fazer um prognóstico quanto à possibilidade de náuseas, deixando o paciente de sobreaviso. Além disso, há remédios que auxiliam no controle dessas sensações;

Problemas de respiração — uma respiração dificultosa pode ser um sinal de câncer ou consequência da terapia. Mais uma vez, o problema pode ser amenizado mediante a administração de determinadas drogas;

Fadiga — praticamente inevitável para os portadores de alguma neoplasia maligna, a fadiga pode ser controlada. Há também uma fadiga efêmera, que perdura enquanto o paciente se mantiver exposto a certos tratamentos, principalmente a radioterapia e a quimioterapia;

Recorrência do câncer — o risco de o tumor voltar a se manifestar existe e varia conforme o tipo de neoplasia maligna;

Metástase — processo de difusão das células cancerosas para outras regiões do organismo. As direções tomadas por essas células dependem do tipo de tumor maligno;

Constipação intestinal ou diarreia — como os tratamentos medicamentosos interferem (em maior ou menor grau) no funcionamento intestinal, é comum que o paciente sofra episódios de diarreia ou constipação do intestino;

Problemas no sistema nervoso — uma das consequências de um tumor maligno consiste na compressão exercida sobre os nervos que cruzam o órgão afetado. Caso isso aconteça, o indivíduo sentirá dores e corre o risco de perder uma ou mais funções associadas àquela região do organismo. Seguindo esse raciocínio, um tumor maligno que se desenvolve no cérebro tende a causar cefaléia e debilidade em algum dos lados do corpo;

Desequilíbrio químico — outra consequência nociva do câncer é o desequilíbrio químico do organismo atingido. Esse desbalanceamento pode gerar idas constantes ao banheiro, confusão mental, constipação intestinal e muita sede.

Grupos de risco

Infelizmente, todas as pessoas, independentemente da faixa etária, podem ser vítima de algum tipo de câncer. Isso significa que nem as crianças estão livres do risco.

Existem até alguns centros de referência ao tratamento do câncer infantil, como o Centro Boldrini, situado na cidade de Campinas (São Paulo).

No entanto, as chances de neoplasia maligna costumam acompanhar o avançar da idade.

Se o indivíduo for fumante, a probabilidade de desenvolvimento de um tumor maligno aumenta.

Alguns estudos afirmam que a chance de um fumante assíduo desenvolver o câncer de pulmão chega a ser 10 vezes superior a de uma pessoa que não fume.

De acordo com dados levantados pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), o fumo é o maior responsável pelos casos de neoplasia maligna em todo o globo.

Vale lembrar que, mesmo em menor grau, as pessoas que não fumam também são submetidas às ações das substâncias nocivas presentes no cigarro.

O chamado fumo passivo responde por aproximadamente 10% dos casos de câncer de pulmão, o que não é um número desprezível.

Os fumantes ainda correm o risco de serem vítimas de outras variedades de câncer, como aqueles que acometem a bexiga, a laringe, o estômago, a boca, o esôfago, os rins e o pâncreas.

Algumas modalidades de câncer são específicas de homens ou mulheres, como os cânceres de próstata, de mama e de colo do útero, respectivamente.

No caso do câncer de mama (só ocorre em mulheres), o risco de desenvolvimento da doença dobra, se houver outras mulheres da família que tenham sofrido o mesmo problema.

Em se tratando de um câncer de próstata (exclusivamente masculino), o histórico familiar positivo para a doença faz com que haja quase 3 vezes mais chances de desenvolvimento do mesmo tumor.

Como prevenir? É transmissível?

Alguns tipos de câncer são hereditários, e eles não são transmissíveis de uma pessoa para outra.

Quanto à prevenção, alguns hábitos podem ser bem eficazes, ao menos com relação à diminuição do risco:

  • Evite fumar e ingerir álcool em excesso;
  • Diminua a ingestão de carne vermelha — apesar de ser uma excelente fonte de proteína e outras substâncias benéficas, o consumo exagerado desse tipo de carne (bovina ou suína) pode culminar em uma ação cancerígena. Segundo algumas pesquisas, o problema maior se deve ao ácido aracdônico (um ácido graxo ômega-6), encontrado na gordura. Esse tipo de carne incentiva a síntese de citocinas que levam a processos inflamatórios;
  • Priorize o consumo de hortaliças, frutas e legumes, pois ao proporcionarem boas doses de fibras esses alimentos ajudam a evitar o câncer. Além disso, mescle o consumo de peixe com porções comedidas de carne vermelha;
  • Reduz drasticamente o consumo de açúcar — apesar de não provocar o desenvolvimento de células cancerosas diretamente, o açúcar participa do processo de forma indireta. Isso acontece porque o açúcar em demasia estimula a liberação excessiva de insulina, hormônio responsável por metabolizar a glicose. Ocorre que altas concentrações de insulina favorecem o desenvolvimento das citocinas pró-inflamatórias.

A neoplasia maligna é uma das principais causas de morte do mundo.

Com exceção de casos específicos, boa parte dos casos poderia ser evitada, já que o tabagismo, por exemplo, é responsável por uma alta parcela desses óbitos.

Isso aumenta a importância de se adotar hábitos de vida saudáveis, o que já diminui bastante o risco de sofrer um câncer na terceira idade.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube

Marcação de consultas 85-99992-2120


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    Última atualização da página em 08/09/24