Independentemente da origem da dor (seja na cabeça, dores musculares, ou em qualquer outra parte do corpo), as pessoas logo pensam em tomar algum remédio. Esse é um hábito familiar enraizado em diversos lugares. No entanto, antes de sair tomando qualquer medicamento você deve saber diferenciá-los.
Os remédios analgésicos possuem algumas particularidades em relação aos antitérmicos. Conheça as principais!
O que são Antitérmicos
Esse tipo de medicamento tem a função de manter a temperatura do corpo sob controle. Desse modo, eles são indicados para os casos em que a pessoa esteja em estado febril (temperatura limitada a 37,8 ºC) ou com febre (temperaturas acima de 37,8 ºC).
Se o problema não estiver relacionado à estabilização da temperatura, esse tipo de remédio se torna inócuo.
A eficácia dos antitérmicos está ligada à inibição da enzima chamada prostaglandina, que age no hipotálamo, área cerebral encarregada de estabilizar a temperatura corporal.
Contudo, observe que o medicamento apenas diminui a ação da substância causadora do problema, amenizando os sintomas. Em outras palavras, o remédio não proporciona uma cura.
Afinal, qual é o certo: antitérmico ou antipirético?
Apesar de um nome distinto, os medicamentos antipiréticos cumprem a mesma função dos antitérmicos. Você também pode buscar essa espécie de medicamento com as nomenclaturas de antifebril e febrífugo.
Como os antitérmicos agem no corpo
O estado febril e a febre são uma das principais formas de o organismo demonstrar que há um problema com ele. Esse aumento da temperatura corporal pode ser motivado por algum processo lesivo, inflamatório ou infeccioso.
Quando isso acontece, o corpo aumenta a produção da prostaglandina, o que causa uma anomalia nas atividades normalmente desempenhadas pelo hipotálamo. Além de ser um importante alerta, a febre também cumpre outros objetivos: acelerar os processos metabólicos e combater os infecciosos.
A atuação dos remédios antitérmicos também merece atenção, pois ela pode ser diferenciada. Há uma variedade antitérmica voltada ao impedimento da síntese da prostaglandina. Já outra foca o funcionamento do próprio hipotálamo, tentando mantê-lo dentro da normalidade.
Os principais antitérmicos
Dipirona
Um dos compostos mais populares do mercado, a dipirona apresenta dupla função: analgésica e antitérmica.
Ibuprofeno
Igualmente analgésico e antitérmico, o ibuprofeno também é um composto bem comum. Trata-se de um medicamento anti-inflamatório não esteróide. A nomenclatura é formada a partir do ácido isobutilpropanoicofenólico.
Aspirina
Uma das principais características da aspirina é sua longevidade, pois se trata de um medicamento secular, considerado o primeiro antitérmico de que se tem notícia. Assim como os medicamentos anteriores, a aspirina também age como um remédio direcionado ao tratamento de dores e inflamações.
Paracetamol
Por fim, nós também temos à disposição o famoso paracetamol. Até meados da década de 1970, a aspirina dominava o ranking mundial de utilização medicamentosa. Posteriormente, o posto passou a ser ocupado justamente pelo paracetamol. No entanto, vale dizer que, embora o paracetamol também amenize as dores do corpo e ajude a controlar sua temperatura, esse medicamento não é considerado um anti-inflamatório eficaz.
Lista dos medicamentos antipiréticos mais usados:
- Novalgina Infantil
- IbuprofenoI
- Nimesulida
- Dipirona
- Paco
- Diclofenaco
- Cimelide
- Proflam
- Profenid gotas
- Cataflam comprimido
- Notuss
- Piroxicam
- Mioflex-A
- Bi-Profenid
- Dorilen
- Beserol
- Ibufran
- Sedilax
- Profenid entérico
- Alivium gotas
- Artrosil
- Nimed
- Aspirina
- Bioflex
- Par
- Tilatil
- Ronal
- Algimate
- Doralgina gotas ou drágeas
- Aspirina C
- Melhoral
- Diclofen
- Inflaren K
- Infralax
O que são Analgésicos
As dores são manifestadas através dos impulsos nervosos. Desse modo, os medicamentos analgésicos reduzem a intensidade desses impulsos. Em alguns casos, os remédios podem até cessar essa transmissão neural, além de agir como eficientes antitérmicos.
Como os analgésicos agem no corpo
Basicamente, esse tipo de remédio gera uma obstrução dos sinais que seriam recebidos pelos receptores sensoriais do organismo. Assim, a informação da dor não chega ao cérebro e, portanto, ela deixa de ser repassada a você.
Os analgésicos podem ainda ser divididos em dois grupos:
- Analgésico com ação periférica;
- Analgésico com ação central.
Analgésico periférico
O analgésico periférico é aquele de fácil acesso, costumeiramente disponibilizado por qualquer drogaria. Após adentrar o organismo, o medicamento se distribui através do fluxo sanguíneo em direção ao foco da dor. Lá, a substância será metabolizada e absorvida pelo corpo.
Analgésico central
O analgésico central é dedicado ao tratamento de quadros de dores de gravidade acentuada. Diferentemente do analgésico periférico, o central não atua de maneira localizada. A partir do sistema nervoso central, a substância é enviada para todas as áreas do organismo.
Os principais analgésicos
Com a evolução dos fármacos, houve um amplo crescimento da variedade de medicamentos com função analgésica. A quantidade de fabricantes também aumentou substancialmente. No entanto, repare que os principais analgésicos se subdividem em três tipos. Um deles é o já mencionado paracetamol. Os outros dois serão comentados na sequência.
Fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs)
Normalmente, esse tipo de analgésico é usado para amenizar dores oriundas de lesões. São classificados como não esteroides:
- Ibuprofeno;
- Celecoxib;
- Diclofenaco.
Opioides fracos e opioides fortes
Essa vertente analgésica é recomendada para o tratamento de casos que envolvam dores crônicas. Dores intensas devem ser tratadas com medicamentos que sejam tão potentes quanto elas. Os opioides costumam atender a essas expectativas porque são compostos derivados do ópio. Certamente, a morfina é o exemplo mais clássico de opioide.
Para se ter uma ideia da intensidade desse tipo de medicamento, basta dizer que há o risco real de o paciente se tornar um dependente químico da substância utilizada. Por essa razão, o consumo deve ser rigorosamente controlado, ou seja, manter-se sob contínua supervisão médica.
Lista com as marcas de medicamentos analgésicos mais usados:
- Novalgina Infantil
- Ibuprofeno
- Nimesulida
- Alginac 1000
- Dipirona
- Cetoprofeno
- Torsilax
- Paracetamol
- Paco
- Flanax
- Neosaldina
- Buscopan
- Voltaren
- Paracetamol gotas
- Dipirona Sódica
- Diclofenaco
- Tylenol Sinus
- Melocox
- Ibupril
- Enxak
- Tylenol Bebê
- Xefo
- Neolefrin
- Tenoxicam
- Dorflex
- Cimelide
- Proflam
- Melocox
- Alivium
- Meloxicam
- Codein
- Profenid
- Dipirona monoidratada
- Proctosan
- Cataflam
- Notuss
- Doril
- Neolefrin Baby
- Mioflex
- Piroxicam
- Tylex
- Tandriflan
- Sedalex
- Zotac
- Trilax
- Feldene SL
- Mioflex-A
- Alginac
- Cimegripe
- Bi-Profenid
- Benegrip
- Arcoxia
- Coristina D
- Sedalgina
- Nolotil
- Anador
- Dorilen
Cuidados a ter
Apesar da facilidade de ir a uma farmácia e comprar um medicamento analgésico, antitérmico ou anti-inflamatório, o fato é que o uso dessas substâncias deve ser moderado.
Nenhum composto mencionado aqui deve ser utilizado de maneira irresponsável e aleatória. Lembre-se que algumas substâncias apresentam interações que podem ocasionar sérias complicações.
Ler a bula antes do consumo medicamentoso é um hábito que deve ser permanente e evita o surgimento de efeitos colaterais desagradáveis.
Por fim, mantenha o seu médico informado sobre todas as substâncias que você pretender ingerir — principalmente se você já estiver com algum tratamento medicamentoso em curso.
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Analg%C3%A9sico
https://www.everydayhealth.com/analgesic/guide/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antit%C3%A9rmico
https://minutosaudavel.com.br/o-que-sao-analgesicos-e-antitermicos-e-para-que-servem/
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/antipyretic
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
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