O termo pancreatite aguda, na literatura médica, refere-se a uma condição grave em que o pâncreas fica inflamado por um curto período de tempo. Trata-se de um processo inflamatório do pâncreas (moderado e que regride sem complicações em 80% dos casos), mas pode causar mortalidade em até 20% dos pacientes. Neste guia educativo abordamos as principais manifestações, causas, como é feito o diagnóstico e tratamento da pacreatite aguda.
Sintomas de pancreatite aguda
O principal sintoma de pancreatite aguda é uma dor intensa e incômoda localizada no estômago que ocorre de forma repentina. Esta dor forte geralmente piora com o tempo e pode atingir as costas ou abaixo da omoplata esquerda. Comer ou beber também pode fazer com que o paciente se sinta pior repentinamente, especialmente após a ingestão de alimentos gordurosos.
Inclinar ou enrolar-se para a frente pode ajudar a aliviar a dor, no entanto, ficar deitado de costas muitas vezes agrava a sua intensidade.
A pancreatite aguda causada por cálculos biliares geralmente ocorre após grandes refeições. Quando é originada pelo consumo de bebidas alcoólicas, a dor muitas vezes ocorre 6 a 12 horas após o indivíduo ingerir quantidades significativas de álcool.
Outros sintomas de pancreatite aguda podem incluir:
- náuseas (sentir-se mal) ou vomitar;
- diarreia;
- indigestão;
- uma alta temperatura (febre) de 38C (100.4F) ou acima;
- icterícia – amarelecimento da pele e do branco dos olhos;
- sensibilidade ou inchaço do abdômen (barriga);
- perda de apetite;
- pulso rápido;
- tosse com dor e respiração profunda;
- a dor não pode ser aliviada mesmo com analgésicos fortes;
- a pressão arterial pode cair ou subir. Geralmente cai quando o paciente está de pé, por vezes causando desmaios.
Quando procurar ajuda médica
É importante consultar o médico de imediato se de repente desenvolver uma dor abdominal muito intensa.
Causas
A maioria dos casos de pancreatite aguda está intimamente ligada aos cálculos biliares ou ao consumo excessivo de álcool, embora a causa exata nem sempre seja clara.
Cálculos biliares
Os cálculos biliares são pedaços “duros” de um material parecido com uma pedra que se formam na vesícula biliar. Eles podem desencadear o evento se saírem da vesícula biliar e bloquearem a abertura do pâncreas. Esse bloqueio pode atrapalhar a função de algumas enzimas (substâncias químicas) produzidas pelo pâncreas, normalmente usadas para ajudar a digerir os alimentos no intestino.
No entanto, nem todos os cálculos biliares desenvolvem pancreatite aguda. A maioria deles não causa problemas.
Consumo de álcool
Não se sabe exactamente o que leva o álcool a causar inflamação no pâncreas. Uma das teorias é que o seu consumo interfira com o funcionamento normal do pâncreas, fazendo com que as enzimas o comecem a digerir.
Seja qual for a causa, existe uma ligação clara entre o uso/abuso de álcool e a pancreatite aguda. Um estudo realizado indica que os indivíduos que consomem “regularmente” mais de 35 unidades de álcool por semana têm 4 vezes mais chances de desenvolver o processo inflamatório do que os indivíduo que nunca ingeriram álcool. 35 unidades equivale a beber cerca de 16 latas ou 4 garrafas de vinho por semana).
Outras causas menos comuns incluem:
- danos acidentais ou lesões no pâncreas – por exemplo, durante um procedimento para remover cálculos biliares ou examinar o pâncreas;
- alguns tipos de medicamentos, como alguns antibióticos ou quimioterapia – a pancreatite aguda pode ser um efeito colateral inesperado em algumas pessoas;
- uma infecção viral – como caxumba ou sarampo;
- uma complicação da fibrose cística;
- algumas condições raras – incluindo hiperparatiroidismo, síndrome de Reye e doença de Kawasaki.
Pancreatite grave
Pouco se conhece sobre a origem da pancreatite aguda grave. No entanto, alguns fatores que podem aumentar o risco de a desenvolver incluem:
- ter 70 anos de idade ou mais;
- ser obeso (uma pessoa é considerada obesa se tiver um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30);
- consumir 2 ou mais bebidas alcoólicas por dia;
- fumar.
Uma pesquisa indica que, pessoas com uma mutação genética específica, conhecida como mutação da MCP-1, têm 8 vezes maiores chances de a desenvolver que a população em geral. Uma mutação genética é quando as instruções (DNA) encontradas em todas as células vivas se misturam, resultando em desordens genéticas ou mudanças nas suas características.
Diagnóstico
A maioria dos casos de pancreatite aguda é diagnosticada em hospital devido ao risco de complicações sérias. Inicialmente o médico responsável avalia os sintomas relatados. É também realizado um exame físico que, na sua presença, algumas áreas do abdomen se mostraram muito sensíveis ao toque.
Para ajudar na confirmação do diagnóstico geralmente é realizado um exame de sangue, que pode ajudar a detectar níveis elevados de lipase e amilase.
Inicialmente pode ser difícil perceber se o processo inflamatório é moderado ou grave. Neste sentido, o paciente deve ser monitorado em busca de sinais de problemas mais sérios, como falência de órgãos, por exemplo.
Os pacientes com pancreatite aguda leve geralmente melhoram de forma rápida (em cerca de uma semana) e não apresentam mais problemas. No entanto, casos de pancreatite aguda grave podem desenvolver complicações mais sérias e persistentes.
Teste aprofundado
Podem ser usados vários testes para determinar a gravidade da condição e avaliar o risco do paciente desenvolver complicações graves. Alguns deles incluem:
- tomografia computadorizada (CT) – onde uma série de raios-X são realizados para construir uma imagem tridimensional mais detalhada do pâncreas;
- ressonância magnética (MRI) – onde campos magnéticos e ondas de rádio são usados para produzir uma imagem detalhada do interior do corpo;
- exame de ultrassom – onde ondas sonoras de alta frequência são usadas para criar uma imagem de parte do interior do corpo;
- colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica usa um tubo estreito e flexível, conhecido como endoscópio, que possui uma câmera em uma extremidade. O endoscópio é então passado pela boca, em direção ao estômago, onde será injetado um corante especial nos ductos biliares e pancreáticos, que aparece nos raios X, ajudando na visualização da região.
Este teste pode ser útil em casos de pancreatite associada à vesícula biliar, já que ajuda a identificar a localização exata do cálculo biliar. Em alguns casos, é possível remover o cálculo biliar com a ajuda do endoscópio.
Tratamento da pancreatite aguda
O tratamento da pancreatite aguda é realizado em hospital, onde o paciente será monitorado de perto para que sejam detectados sinais de problemas graves e recebido tratamento de suporte, como fluidos e oxigênio. A maioria dos pacientes pode voltar para casa após 5-10 dias.
Em casos graves, quando surgem complicações que requerem tratamento adicional específico e é necessária internação, a recuperação pode ser mais demorada e a condição, em alguns casos pode ser fatal.
Fluidos
Para evitar a desidratação do corpo durante o evento, são fornecidos líquidos intravenosos ao paciente. Em casos graves, esses fluidos intravenosos podem ajudar a prevenir problemas graves como o choque hipovolêmico, que ocorre quando uma queda nos níveis de fluido diminui a quantidade de sangue no corpo.
Suporte nutricional
Embora muitos pacientes com pancreatite aguda leve não necessitem de uma dieta restrita, alguns são aconselhados a não ingerir alimentos sólidos. Isso porque, tentar digerir alimentos sólidos pode colocar muita pressão sobre o pâncreas.
Dependendo da gravidade da condição, por vezes o paciente não consegue ingerir alimentos sólidos durante alguns dias ou mais. Nestes casos, pode ser usado um tubo (sonda) de alimentação para fornecer os nutrientes necessários ao corpo. Este tratamento recebe o nome de “nutrição enteral” e geralmente envolve o uso de um tubo inserido no estômago através do nariz (sonda nasogástrica).
Oxigênio
Para garantir oxigênio suficiente nos órgãos vitais, geralmente é realizado esse fornecimento através de um cateter ou cânula nasal. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de equipamentos de ventilação para ajudar na respiração.
Analgésicos
A doença geralmente causa dor abdominal intensa, sendo por vezes necessária a administração de medicação analgésica forte, como a morfina, por exemplo. Alguns analgésicos usados podem originar sonolência. Portanto, sempre que estiver visitando alguém que esteja internado, não fique alarmado ou preocupado se ele parecer sonolento ou indiferente.
Tratar a causa subjacente
Uma vez que a condição esteja sob controle, pode ser necessário tratar a origem que levou ao processo inflamatório. Abaixo são descritos os tratamentos mais comuns para cálculos biliares e o consumo de álcool.
Cálculos biliares
Quando os cálculos são os responsáveis pela pancreatite, pode ser necessário realizar um procedimento chamado de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), e por vezes remover a vesícula biliar através de cirurgia (colecistectomia). A remoção da vesícula biliar geralmente não tem um efeito significativo sobre a saúde do paciente, além de dificultar a digestão de alguns alimentos, como alimentos gordurosos ou condimentados.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica geralmente é um tratamento alternativo para cálculos biliares, que envolve o uso de um endoscópio guiado por Raios-X, que possui uma câmera em uma extremidade.
Consumo de álcool
Após recuperação do processo inflamatório, é importante o álcool ser completamente evitado se essa for a causa da doença. Por vezes é um processo difícil, que exige tratamento adicional. Algumas opções de tratamento para dependência de álcool incluem:
- aconselhamento psicológico;
- grupos de auto-ajuda – como Alcoólicos Anônimos;
- prescrição de medicamentos como o acamprosato – que ajuda a reduzir o desejo de álcool.
Complicações
Embora a maioria das pessoas com pancreatite aguda recupere sem experimentar outros problemas, os casos graves podem originar complicações sérias.
Pseudocistos
Os pseudocistos são sacos de líquido que se podem desenvolver na superfície do pâncreas. São uma complicação comum de pancreatite aguda, que afeta cerca de 1 em cada 20 pessoas com a doença. Os pseudocistos ocorrem geralmente quatro semanas após o início dos sintomas de pancreatite. Em muitos casos não causam sintomas e apenas são detectados durante uma tomografia computadorizada.
No entanto, em algumas pessoas os pseudocistos podem originar inchaço, causar indigestão e dor abdominal.
Quando são pequenos e não causam sintomas, pode não haver necessidade de tratamento, pois geralmente desaparecem por conta própria. O tratamento é recomendado apenas na presença de sintomas ou quando eles são muito grandes, já que, pseudocistos de maiores dimensões oferecem risco de ruptura, o que pode levar a hemorragias internas ou motivar uma infecção.
Os pseudocistos podem ser tratados drenando o fluido para o exterior do cisto (com o uso de uma agulha), ou recorrendo ao auxílio da endoscopia.
Necrose pancreática com infecção
Em cerca de 1 em cada 3 casos graves de pancreatite aguda, ocorre uma complicação grave chamada de necrose pancreática com infecção, um processo inflamatório intenso que causa a interrupção no suprimento sanguíneo do pâncreas. Sem o suprimento de sangue necessário, parte do tecido do pâncreas morre. Necrose é o termo médico usado para descrever a morte dos tecidos.
Os tecidos mortos são extremamente vulneráveis a infecções por bactérias, que podem rapidamente afetar o sangue (bacteremia) e causar falência múltipla de órgãos. Se não for tratada, a necrose pancreática com infecção é, na maioria dos casos fatal.
O processo infeccioso geralmente ocorre 2 a 6 semanas após o início dos sintomas de pancreatite aguda, que incluem: aumento da dor abdominal e altas temperaturas. A infecção geralmente é tratada com antibióticos injetáveis, e os tecidos mortos necessitam ser removidos para evitar o retorno da infecção.
Alternativamente é usada cirurgia laparoscópica, procedimento que realiza um pequeno corte nas costas, por onde é inserido o endoscópio para remover qualquer tecido morto. Quando não é possível realizar laparoscopia, é feito um pequeno corte no abdômen para permitir a remoção desses tecidos.
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)
A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é outra complicação comum de pancreatite aguda grave, que acomete 1 em cada 10 casos graves.
Nesta síndrome, a inflamação que afeta o pâncreas estende-se por todo o corpo, podendo levar à falha de vários órgãos. Geralmente ocorre durante a primeira semana após o início dos sintomas. Os principais sintomas da SRIS incluem:
- aumento na temperatura do corpo acima de 38 ° C (100.4 ° F) ou uma queda na temperatura corporal abaixo de 36 ° C (96.8 ° F);
- batimento cardíaco rápido (de mais de 90 batimentos por minuto);
- taxa respiratória muito rápida (mais de 20 respirações por minuto).
Atualmente não existe cura para a SRIS. O objetivo do tratamento envolve a tentativa de apoiar as funções do corpo até que a inflamação diminua e passe. O resultado do tratamento depende da quantidade de órgãos afetados. Quanto maior o número de órgãos acometidos, maior o risco de morte.
Pancreatite crônica
A presença de episódios repetidos de pancreatite aguda podem levar à pancreatite crônica – uma condição de longo prazo que pode ter um impacto muito sério na qualidade de vida do indivíduo.
Prevenção
Por ser uma doença muitas vezes originada pela presença de cálculos biliares ou pelo consumo excessivo de álcool, um estilo de vida saudável ajuda a reduzir as chances de desenvolver a inflamação.
Cálculos biliares
A forma mais eficaz de prevenir cálculos biliares é seguir uma dieta saudável e equilibrada, que inclua muitas frutas e legumes frescos (pelo menos 5 porções por dia).
A dieta também deve incluir cereais integrais (encontrados no pão integral, aveia e arroz integral). Estas escolhas ajudam a diminuir a quantidade de colesterol no corpo.
Existem também evidências de que comer nozes de forma regular (amendoim ou castanha de caju, por exemplo), pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver cálculos biliares.
O colesterol também parece desempenhar um papel na formação de cálculos biliares, portanto, é aconselhável evitar alimentos gordurosos com alto teor de colesterol. Alguns alimentos ricos em colesterol incluem:
- tortas de carne
- salsichas e cortes de carne com muita gordura;
- manteiga e banha;
- bolos e biscoitos.
Estar acima do peso também aumenta o risco de desenvolver cálculos biliares, portanto, manter um peso saudável seguindo uma dieta equilibrada e praticar exercício físico de forma regular, pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença.
Álcool
Para prevenir danos no pâncreas e reduzir o risco de desenvolver a doença, é importante limitar a quantidade de álcool que se ingere. Além disso, beber com moderação também reduz as chances de desenvolver outras doenças graves, como câncer de fígado, por exemplo.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que não sejam ultrapassadas as 2 unidades diárias (20 g álcool). É importante (homens e mulheres) não consumirem regularmente mais de 14 unidades de álcool por semana. Uma unidade de álcool corresponde a cerca de:
- cerveja – 3 decilitros (dl) (12 g de álcool puro);
- vinho – 1,65 dl (12 a 13 g de álcool puro);
- aperitivo – 0,5 dl (10 a 12 g de álcool puro);
- aguardente – 0,5 dl (14 a 16 g de álcool puro).
Dr. Antonio Hirt - CRM/PR: 11031
Cirurgia do aparelho digestivo - RQE Nº: 11137
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Cirurgia Videolaparoscópica - RQE Nº: 779
Gastroenterologia - RQE Nº: 21161
Formado pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná (FEMPAR) em 1987. Mestre em princípios de cirurgia pelo Instituto de Pesquisas Médicas e Doutorando em Marcadores Tumorais em câncer gástrico pela mesma instituição.
Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo e em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva.
Membro do “Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva” e da “Federação Brasileira de Gastroenterologista”.
Membro da comissão científica da FBG-Pr.
Contatos: Consultório na Rua Amintas de Barros, 519 conj. 103 - Tel. (41) 3264-2003 ou (41) 99244-3202 (whats) centro - Curitiba - Pr.
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