A raiva é uma doença do sistema nervoso que afecta uma grande variedade de animais. Trata-se de uma inflamação do cérebro causada por um vírus. Transmite-se aos humanos pela mordedura de um animal infectado: o vírus está presente na saliva do animal e entra na corrente sanguínea através da ferida causada pela mordedura. Uma vez que a doença seja contraída quase sempre conduz à morte. A taxa de pessoas que contraem a raiva é muito semelhante à taxa de raiva nos animais de uma mesma área. Actualmente, pelo menos 30 países foram classificados como estando isentos da raiva, principalmente devido ao estrito controlo do transporte de animais.
Causas da doença raiva
O vírus da raiva introduz-se no sistema nervoso pela área da mordedura de um animal com raiva e dirige-se lentamente para o cérebro. Normalmente infecta raposas, lobos, doninhas, mangustos, guaxinins e morcegos. Contudo, quase todo o animal pode ser infectado, os cães domésticos e os gatos podem contrair a infecção se estiverem expostos a animais selvagens com a doença.
Sinais e sintomas da doença raiva
A raiva começa por febre baixa, perda de apetite, dor de cabeça e, frequentemente, dor e picadas no local da mordedura. Durante alguns dias imediatamente a seguir há um aumento da sensação de ansiedade, de agitação, desorientação, rigidez do pescoço e, por vezes, ataques epilépticos. No espaço de uma semana, muitos casos referem o medo de engolir. Apesar de se sentir uma sede avassaladora, qualquer tentativa de ingerir bebida provoca de seguida espasmos muito fortes do músculo da respiração por baixo dos pulmões (o diafragma) e dos músculos da garganta, com falta de ar, sufocação e o aumento da sensação de pânico. A isto chama-se hidrofobia. À medida que se piora mesmo o contacto visual e o som da água provocam estes efeitos e surgem espaçadamente comportamentos desajustados de agressividade, actos de cuspir, morder e estados de delírio. Desenvolvem-se estados de ilusão e alucinação. Estes ataques alternam com períodos de total consciência no momento em que a pessoa sofre de ansiedade grave e perturbação mental. Os nervos que controlam os movimentos dos olhos e a expressão facial ficam paralisados e surge o estado de coma e a morte sobrevém, normalmente no período de uma semana desde o início dos sintomas graves. Quando a doença se desenvolve, a taxa de mortalidade é de quase 100%, mas um escasso número de pacientes com raiva declarada foram tratados com êxito, utilizando-se sedativos fortes e o recurso a cuidados intensivos para preservar a actividade do coração e do sistema respiratório. Num reduzido número de casos registou-se uma recuperação total.
Diagnóstico
O animal atacante deveria estar em lugar seguro, fechado, sem ser morto. O animal deve permanecer sob vigilância. Se após cinco anos continuar saudável, não é portador de raiva e deve suspender-se o tratamento. Se tiver sido abatido ou morrer, o cérebro é sujeito a exame das alterações típicas que se verificam nas células cerebrais afectadas pela raiva.
Cuidados a ter:
A medida mais importante prende-se com um controlo rigoroso da saúde pública de animais vadios, tal como as raposas e controlar a movimentação de possíveis animais infectados que atravessem as fronteiras em regiões não infectadas, com estrito controlo da aplicação legal do período de quarentena. Nas zonas onde houver raiva na população de animais selvagens, os animais de estimação deveriam ser vacinados todos os anos.
Tratamento da doença raiva:
Não existem medicamentos antivirais eficazes que possam combater o vírus da raiva. Para se reduzir o risco após mordedura de um animal, a ferida deveria ser limpa com sabão, detergente, cetrimide desinfectante ou peróxido de hidrogénio (água oxigenada). De seguida, deveriam ser abertas cirurgicamente sem serem suturadas. Normalmente, pode evitar-se o desenvolvimento da raiva se for ministrado tratamento adequado dentro de um ou dois dias após a mordedura. São utilizados quer um soro antivírus (um anticorpo da globulina anti-raiva nos humanos que limita o vírus de forma a que o sistema imunitário o destrua) quer a vacina da raiva para permitir uma protecção quer passiva quer activa. O soro é injectado em volta da mordedura e também em qualquer parte dos músculos (intramuscular).
Foto: Logotipo em português do Dia Mundial da Raiva de 2010:
Enfermeiro - Coren nº 491692
O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.
Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.
Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.
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