Remédios Caseiros Para Epilepsia (Convulsões)

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 08/09/24

Sabia que a dieta cetogênica e a dieta de Atkins ajudam a reduzir a frequência de convulsões? É verdade! O biofeedback eletroencefalográfico (EEG) e o Sahaja Yoga também são 2 métodos benéficos para a epilepsia.

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Alimentos E Remédios Caseiros Que Ajudam A Reduzir As Crises De Epilepsia

Por fim, a vitamina E, o óleo de peixe, alguns remédios ayurvédicos e caseiros como a raiz de valeriana, kava-kava, maracujá e camomila, também podem ajudar.

As convulsões são o resultado de uma mudança repentina na atividade elétrica do cérebro. Quando se tem uma convulsão, as células cerebrais “disparam” até 4 vezes a taxa normal.

Este evento afeta temporariamente a forma como se movemos, comportamos, sentimos ou pensamos.

Algumas condições como lesões cerebrais, infecções, ingestão de substâncias tóxicas, problemas metabólicos, anormalidades nos vasos sanguíneos do cérebro e, uso de álcool, podem provocar convulsões. Em crianças, a febre alta por exemplo, também pode causar convulsões.

As convulsões não são tão incomuns quanto se imagina – cerca de 5% a 10% das pessoas experimentam pelo menos uma convulsão durante a vida.

Na maioria das pessoas, é um episódio único, que acontece apenas uma vez na vida. No entanto, um em cada dez casos, tornam-se recorrentes, sendo a pessoa diagnosticada com epilepsia.

Quando as convulsões não são causadas por um problema específico, como o uso de álcool, o evento pode ser resolvido com a toma de medicamentos antiepilépticos após prescrição médica.

Quando a medicação não é capaz de controlar a epilepsia, pode ser considerada a cirurgia. No entanto, existem também muitos remédios naturais conhecidos como eficazes no alivio os sintomas de epilepsia.

Estes tratamentos caseiros não devem ser vistos como uma medicação única para a epilepsia, mas sim como um complemento ao tratamento farmacológico que pode ajudar a reduzir a ocorrência ou mesmo a intensidade das convulsões e garantir uma melhor qualidade de vida.

Lembre-se de manter o médico sempre informado sobre qualquer remédio alternativo que pretenda usar. Abaixo listamos algumas opções.

Remédios Caseiros Para Convulsões (Epilepsia)

1. Siga uma dieta cetogênica

A dieta cetogênica é um tipo de regime alimentar geralmente recomendado para crianças com convulsões que não respondem bem ao medicamento. A dieta cetogênica envolve a ingestão de alimentos ricos em gordura e muito poucos carboidratos.

As células do nosso corpo normalmente usam açúcar no sangue obtido a partir dos carboidratos para gerar energia. Quando os carboidratos são restritos, o corpo começa a decompor as reservas de gordura em moléculas conhecidas como corpos cetônicos e usa-as para gerar energia.

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Mais de metade daqueles que seguem a dieta cetogênica observam uma redução de 50% no número de convulsões e cerca de 10 a 15% ficam livres de convulsões.

 

A dieta precisa ser calculada e monitorada por um médico. Em alguns casos pode também envolver um período inicial de jejum e internação hospitalar. A única desvantagem de seguir a dieta cetogênica é que, como as porções de alimentos precisam ser cuidadosamente medidas, pode ser difícil mantê-la.

Algumas pessoas podem sentir cansaço, náusea, intestino preso, mau hálito e problemas de sono. Seguir a dieta por um longo período também pode causar efeitos colaterais como crescimento lento, altos níveis de colesterol, fraturas ósseas e pedras nos rins.

Não é recomendada para adultos, já que uma dieta rica em gordura pode levar a problemas como doenças cardiovasculares e diabetes.

Saiba mais sobre a Dieta Cetogênica

2. Tente a dieta de Atkins modificada

Na dieta modificada de Atkins, a dieta tradicional de Atkins é modificada para limitar ainda mais a ingestão de carboidratos.

Tal como a dieta cetogênica, esta também é pobre em carboidratos, mas menos restritiva. O consumo de gorduras é encorajado e não há restrição de proteínas na dieta.

Os alimentos não precisam ser medidos e não envolve internação hospitalar ou jejum.

Estudos realizados verificaram que a dieta de Atkins reduz as taxas de convulsões em quase metade dos adultos que a realizaram durante alguns meses. No entanto, lembre-se que o neurologista e nutricionista precisam ser consultados antes de usar a dieta.

3. Pratique Yoga

A Yoga usa a prática de asana e pranayama para promover o controle sobre a mente e o corpo. O método pode induzir o relaxamento e reduzir o estresse e, portanto, ser benéfico em pessoas que sofrem de epilepsia.

Os especialistas sugerem asanas como viparita karani (meio ombro), urdhva hasta tadasana (postura ascendente da montanha) e a adho mukha svanasana (cão virado para baixo).

Complementar com exercícios de respiração como o nadi shodhana pranayama (limpeza da respiração alternativa das narinas) pode ser particularmente útil em alguns casos.

Estudos também descobriram que a prática da Sahaja Yoga, uma prática meditativa simples, é eficaz para lidar com a epilepsia. Acredita-se que reduza o estresse, o risco de convulsões e oferece mudanças na atividade elétrica do cérebro.

Durante a Sahaja Yoga, os praticantes sentam-se relaxados, com as palmas da mãos voltadas para cima e para a frente.

Eles concentram a sua atenção numa foto colocada diante deles com uma vela acesa em frente a ela. Lentamente, enquanto os seus pensamentos se desvanecem, podem fechar os olhos e focar a sua atenção no “sahasrara chakra” no topo da cabeça.

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Acredita-se que a prática de Sahaja Yoga desperte a energia divina adormecida em nós, conhecida como kundalini.

Conheça os Benefícios do Yoga

4. Tente o Biofeedback

Estudos verificaram que o biofeedback eletroencefalográfico (EEG) ajuda pessoas que sofrem de epilepsia. Pense nisso como um exercício do cérebro onde você é capaz de modular as ondas cerebrais porque está ciente da sua atividade.

Durante o processo, são colocados sensores na cabeça, para que a atividade cerebral possa ser mostrada na tela do computador.

Quaisquer desvios do padrão normal, quando as células cerebrais falham, são então mapeados. De seguida o paciente é ensinado a controlar ou regular essa atividade. Um tom ou sinal sonoro, por exemplo, pode ser usado como um reforço positivo ou recompensa pela mudança de algumas atividades cerebrais.

Um estudo publicado descobriu que 74% das pessoas tratadas com feedback EEG relataram menos convulsões semanais. Melhor ainda, o tratamento pode reduzir significativamente a frequência das convulsões naqueles que não são capazes de controlá-las através de tratamento médico.

5. Consuma + Vitamina E

Pesquisas descobriram que as pessoas que tomam drogas antiepilépticas frequentemente sofrem de estresse oxidativo. Um estudo analisou o efeito da suplementação de vitamina E em pessoas com medicação antiepiléptica, um potente antioxidante.

Verificou-se que tomar esta vitamina juntamente com a medicação não só reduziu o estresse oxidativo, como também melhorou o controle das crises. Inclua na dieta alimentos como amêndoas, amendoim, óleo de cártamo, óleo de girassol e espinafre.

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6. Tome óleo de peixe

Um estudo analisou o efeito dos ácidos gordos poliinsaturados ômega 3 presentes no óleo de peixe na gravidade e frequência das crises epilépticas em crianças que não estavam a responder ao tratamento médico.

Verificou-se que após 3 meses, 57,1% das crianças que tomaram óleo de peixe experimentaram zero convulsões. O efeito benéfico destas gorduras saudáveis ​​é atribuído ao papel que desempenham na regulação da função neuronal.

Acredita-se que eles atravessam o sistema nervoso central, bloqueiam os canais de sódio e cálcio nas células nervosas e, assim, interrompem o disparo repetitivo de células que resulta em convulsões.

Curiosamente, baixas doses de óleo de peixe – 3 cápsulas por dia (1080 mg) – foram o suficiente para provocar este efeito em um estudo. Antes de inicial esta suplementação fale com o médico sobre a melhor dosagem para o seu caso.

7. Tente os remédios ayurvédicos

Na prática Ayurvédica o tratamento da epilepsia é adaptado ao indivíduo e pode envolver diferentes tratamentos em pessoas diferentes. Algumas terapias incluem:

A coleta de sangue (siravdha) pode ser usada como uma medida de primeiros socorros.

O enema (paittika apasmara) e o vômito (vatika apasmara) podem ser usados ​​como procedimentos de limpeza no início do tratamento.

A aplicação nasal (nasya) de óleo cozido com produtos de origem animal e ervas, bem como o uso de palitos de colírio (anjanas) é outra prática recomendada.

Também podem ser usadas algumas formulações medicinais como o siddharthaka ghrita ou o aswagandharistam para o tratamento de convulsões.

8. Confira alguns remédios fitoterápicos: valeriana, kava-kava, maracujá e camomila

Muitos são os remédios de ervas que têm sido tradicionalmente usados ​​durante anos para lidar com os sintomas da epilepsia. Temos como exemplo, a valeriana, a kava-kava, o maracujá e a camomila, que parecem aumentar o poder dos medicamentos antiepilépticos e melhorar os efeitos cognitivos e sedativos.

Um profissional em fitoterapia experiente será a pessoa ideal para o orientar quanto à dosagem e uso destas ervas. Tenha sempre em mente que deve sempre obter a aprovação do médico antes de usar qualquer remédio herbal, para que não ocorram interações com os medicamentos.

9. Evite os gatilhos da epilepsia

Em alguns casos, existem gatilhos específicos que podem estar a desencadear as convulsões. Evitar esses gatilhos pode prenenir o evento. Embora existam vários fatores que possam provocar convulsões, eles tendem a variar de pessoa para pessoa. Alguns dos desencadeantes mais comuns são apresentados abaixo:

  • Sono ausente
  • Álcool
  • Estresse
  • Luzes intermitentes (tipo flash), luzes piscando
  • Superaquecimento e mudanças significativas na temperatura corporal

Tente identificar os fatores que desencadeiam convulsões e evite-os, sempre que possível.

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Referências do artigo

https://www.health.harvard.edu/
https://www.epilepsy.com/
https://www.hopkinsmedicine.org/
https://www.nhs.uk/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
https://www.epilepsy.com/
https://www.asanajournal.com/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
https://www.cancer.gov/
https://www.betterhealth.vic.gov.au/
https://www.epilepsy.org.au/

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube

Marcação de consultas 85-99992-2120

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    Última atualização da página em 08/09/24