A tuberculose pode ser latente, ativa ou miliar. Ela também pode afetar os pulmões, gerando a tuberculose pulmonar, caracterizada por determinados sintomas, como calafrios, febre, liberação de suor durante a noite, perda de peso, perda de tecido corporal, tosse incessante e tosse com sangue.
Se a doença infecto-contagiosa afetar qualquer outro órgão do corpo, além dos sintomas habituais haverá aqueles específicos para cada órgão.
A tuberculose (TB) é uma doença fatal, causando a morte de mais 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Embora isso seja assustador, a boa notícia é que o número de casos da doença tem sofrido um declínio constante desde o ano 2000. (1)
Mesmo assim, a doença continua atemorizando as pessoas, já que ela é uma das 10 maiores causas de morte do mundo.
As estatísticas da OMS (Organização Mundial de Saúde) estimam que, entre os anos de 2000 e 2015, 49 milhões de vidas foram salvas por meio de um diagnóstico e tratamento oportunos.
A partir do conhecimento dos sintomas da doença é possível evitar parte das consequências causadas por ela.
Tipos de tuberculose
Ativa, latente e miliar
A tuberculose é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, a qual danifica os tecidos.
Ela infecta principalmente os pulmões, o que culmina na tuberculose pulmonar, mas também pode atingir outros órgãos, levando à tuberculose extrapulmonar.
As bactérias causadoras da doença podem adentrar o corpo sem deixar vestígios. Quando a doença não se manifesta por meio de sintomas ou não se espalha para outras regiões do corpo, ela é chamada de tuberculose latente.
A infecção latente da doença pode permanecer inerte ou se tornar ativa. (2)
Caso você comece a apresentar determinados sintomas, como tosse, fraqueza corporal, perda de peso, etc., isso é sinal de que a tuberculose iniciou sua fase ativa.
A partir daí, ela pode se espalhar para os outros órgãos, motivo pelo qual o tratamento precisa ocorrer imediatamente.
Portanto, embora rara, há um tipo de tuberculose ativa em que a bactéria entra na corrente sanguínea e acomete vários órgãos. Este tipo, chamado de tuberculose miliar, pode ser fatal. (3)
Nem sempre a infecção seguirá a mesma trajetória. É possível que o corpo ignore a fase latente, desenvolvendo a etapa ativa da doença imediatamente. Também é possível que a bactéria permaneça latente (ou em estado de “hibernação”) no corpo para sempre.
Sintomas de tuberculose
Se você estiver infectado com a doença infecto-contagiosa, seu corpo emitirá certos sinais de alerta. Em adultos e crianças com idade mais avançada, a doença se manifesta por meio de:
- Anorexia
- Fadiga
- Perda de peso
- Calafrios
- Suores noturnos
- Tosse
- Hemoptise
- Dor no peito
Em crianças mais jovens, os sintomas comuns incluem febre, tosse e sensação de cansaço extremo. No caso da tuberculose extrapulmonar, na qual a doença acomete outras partes do corpo que não sejam os pulmões, surgem sintomas específicos e inerentes a cada órgão — e que diferem dos sintomas clássicos já mencionados.
Caso as bactérias ataquem os ossos, por exemplo, a infecção atingirá os ossos e as articulações. Caso os rins sejam afetados, o desenvolvimento de uma infecção renal também pode ocorrer. (4)
Sintomas da tuberculose pulmonar
A tuberculose pulmonar é aquela que atinge os pulmões, causando calafrios, febre e suor noturno. O corpo se enfraquece e o indivíduo pode perder o apetite, levando-o a uma grave perda de peso.
Perda de peso
Pacientes com a doença sofrem perdas severas de peso e de gordura corporal. Isso pode diminuir a síntese de leptina (o hormônio da saciedade), o que intensificará a severidade da doença. (5)
Perda de tecido
As bactérias da tuberculose atacam os tecidos corporais — tanto o magro como o gordo — resultando em desperdício ou severa perda de tecido.
A diminuição de tecido magro é mais acentuada nos membros (braços e pernas), enquanto a redução do tecido adiposo é mais pronunciada no tronco corporal. (6)
Outros sintomas típicos de tuberculose pulmonar são: tosse, dor no peito e a chamada hemoptise (tosse acompanhada de sangue).
Tosse
Uma tosse é um bom indicador de tuberculose pulmonar, mas nem todas as tosses não provocadas por esta doença.
Uma tosse que perdure por três semanas ou mais deve ser levada a sério (7)— situação que exige a realização de um exame.
Além de o diagnóstico contribuir para o início de um tratamento eficaz, vale lembrar que a doença é transmitida através da tosse.
A tosse produz gotículas que permanecem suspensas no ar por longos períodos, o que facilita a dispersão das bactérias. (8)
Hemoptise
A hemoptise pode fazer com que o paciente cuspa sangue ao tossir. Se não for controlada, esta tosse pode evoluir subitamente (conforme o estado do paciente) para a chamada hemoptise maciça, que pode ser perigosa. (9)
Sintomas da tuberculose extrapulmonar
A tuberculose extrapulmonar (TBEP) pode ocorrer isoladamente ou conjuntamente com a pulmonar. Em pacientes que já sofrem de doenças autoimunes, como a AIDS, esta pode se tornar mais grave.
Em pessoas com boa imunidade, a doença corresponde a apenas 15% a 20% dos casos. Contudo, esse índice pode se expandir para cerca de 50% em pessoas que estejam contaminadas pelo vírus HIV.
Apesar de qualquer parte do corpo ficar vulnerável a essa infecção, a pleura (membrana que recobre os pulmões) e os gânglios linfáticos (linfonodos) são atingidos com mais frequência. (10)
Alguns dos órgãos frequentemente afetados são:
- Pleura
- Gânglios linfáticos
- Ossos e articulações
- SNC (sistema nervoso central) — normalmente o problema está ligado à meningite, podendo ocorrer no cérebro ou coluna vertebral
- Laringe
- Pericárdio (membrana que envolve o coração)
- Abdômen
- Órgãos genitais e urinários
- Olhos
- Pele
Além dos sintomas clássicos, como febre, anorexia, perda de peso, fadiga, etc., o órgão afetado apresentará sintomas específicos. A seguir, são exibidos alguns sintomas que costumam se relacionar à TBEP:
Tuberculose pleural: nos EUA, os casos de tuberculose pleural equivalem à cerca de 5% do total de casos de tuberculose. (11)
A maioria dos pacientes se queixa de dor torácica pleurítica, tosse improdutiva e dificuldade para respirar. Um exame físico pode revelar baqueteamento digital, efusão e fraqueza nos espaços intercostais.
Ocasionalmente, algum pus pode ser coletado da parede torácica ou cavidade nasal.
Tuberculose dos gânglios linfáticos ou linfadenite: a TB extrapulmonar mais comum do mundo tende a afetar crianças e jovens adultos — embora as mulheres também sejam alvos fáceis para as bactérias. Caso essa não seja assintomática, os pacientes podem sentir um alargamento gradual dos gânglios linfáticos.
Tuberculose abdominal: ao atingir o trato gastrointestinal, peritônio, omento, mesentério e seus ramos, além de outros órgãos intra-abdominais sólidos, como fígado, baço e pâncreas, a doença é denominada tuberculose abdominal.
Além de não ter características específicas, ela é de difícil diagnóstico.
Em um estudo realizado com 36 pacientes, uma dor abdominal e perda de peso acentuada foram consideradas queixas predominantes, seguidas de perda de apetite, náuseas, vômitos ou diarreia. (12)
Tuberculose da coluna vertebral: uma forma destrutiva da doença infecto-contagiosa, a tuberculose da coluna vertebral é responsável por aproximadamente metade dos casos de tuberculose músculo-esquelética.
Diagnosticada principalmente em crianças e jovens adultos, a doença afeta com mais frequência a região torácica da coluna vertebral.
A formação de um abcesso “frio” ao redor da lesão é outra característica. Os sintomas comuns incluem dor nas costas, sensibilidade na coluna, paraplegia e deformidades na coluna. (13)
Tuberculose cutânea: existem diferentes tipos de tuberculose cutânea (de pele): escrofuloderma, periorificial, miliar aguda, com abscessos, luposa, verrucosa e tuberculide.
A tuberculose cutânea se manifesta por meio de lesões na pele, sendo que a variedade de lesão depende do tipo de tuberculose.
Todavia, o diagnóstico da tuberculose cutânea se mantém um dos mais elusivos e difíceis, pois é necessário considerar uma grande variedade de outras enfermidades que acometem a pele antes de se fazer um diagnóstico correto.
Trata-se de uma doença perigosa, o que aumenta a importância de um diagnóstico precoce. Não deixe qualquer um dos sintomas passarem despercebidos. Faça um exame de tuberculose e se trate, antes que seja tarde demais.
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
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