Sintomas de infecção urinária mais comuns

Revisão Clínica: Drª Camille Rocha Risegato. Atualizado: 08/09/24

Os principais sintomas de infecção urinária incluem, dor incômoda na pélvis, dor ou ardor ao urinar, vontade de urinar a toda hora, urina turva, com sangue, escura ou com a presença de pus. Quando a infecção também afeta os rins, o quadro clínico pode agravar e provocar sintomas como dores nas costas, náuseas, vômitos e, em casos raros, danos nos rins. Na sequência indicamos como tratar cada um deles.

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Sintomas De Infecção Urinária

A infecção urinária é um problema extremamente comum entre as mulheres, podendo se tornar bastante incômoda. Isso se deve aos sintomas atrelados a esse tipo de transtorno, como a ardência ao urinar. Além disso, o transtorno também pode causar danos mais ou menos profundos em alguns órgãos, como o rim e a bexiga. As consequências podem atingir a própria uretra.

Em teoria, homens e mulheres estão sujeitos a desenvolver uma infecção urinária. No entanto, trata-se de um problema bem mai recorrente entre elas. A alta taxa desse tipo de infecção entre as mulheres se explica pela grande proximidade entre a uretra e o ânus.

Por ficar na ponta do pênis, a uretra masculina fica bem mais distante. Como a região anal concentra um variado número de bactérias, essa distância interfere na probabilidade de uma infecção urinária.

Caso você suspeite que está com uma infecção no trato urinário, observe se há a manifestação dos seguintes sintomas:

  • urina com aspecto opaco e contendo vestígios sanguíneos;
  • excesso de idas ao banheiro seguidas de um baixo volume urinário;
  • estado febril contínuo;
  • percepção de não esvaziamento completo da bexiga após urinar;
  • incômodo no entorno da bexiga;
  • ardência durante a liberação da urina.

Se respondeu “sim” a maior parte dessas perguntas, você deve se consultar com um ginecologista ou urologista. A terapia consiste na adoção de medicamentos antibióticos. O intuito é evitar que a infecção se alastre para outras partes do organismo, o que pode ocasionar a morte do paciente.

Uretrite: infecção na uretra

Ao atingirem a uretra, as bactérias causam a chamada uretrite. Nesse caso, os sintomas são:

  • inflamação;
  • ardência durante a micção;
  • sensação de que precisa urinar o tempo todo;
  • demora na liberação da urina;
  • corrimento com coloração amarelada.

A eliminação dos agentes infecciosos é feita mediante o uso de antibióticos. Além disso, é imprescindível que a mulher aprimore os hábitos de higiene relacionados à região infectada. A área sempre deve estar devidamente limpa e longe da umidade. O aumento do consumo de água completa o tratamento mais adequado para os casos de uretrite.

Cistite: infecção da bexiga

A cistite é uma evolução da uretrite. Ela indica que o conjunto bacteriano responsável pela infecção na uretra se deslocou para a bexiga. Uma vez que as bactérias comecem a agir no referido órgão, o indivíduo tende a sentir ou enxergar:

  • traços sanguíneos misturados com a urina;
  • urina com aspecto bem opaco e odor fétido;
  • forte sensação de necessidade de urinar, apesar do baixo volume em cada ida ao banheiro;
  • ardência ao urinar;
  • estado febril — com temperatura máxima de 38º C;
  • dores na região abdominal.

Se o indivíduo manifestar um desses sintomas, ele já deve marcar consulta com um médico especialista em infecções urinárias: o urologista. O rápido início do tratamento pode impedir que as bactérias atinjam os rins.

Além disso, convém manter atenção máxima a alguns sintomas. Se o estado febril for substituído pela febre (temperatura superior a 38º C) e esta for seguida de crises de vômitos, será necessário se direcionar de forma imediata ao pronto atendimento médico.

Pielonefrite: infecção nos rins

Pielonefrite é o nome usado como referência à infecção urinária que acomete os rins. Trata-se de um caso grave. Felizmente, ele não é muito frequente, já que na maioria das vezes as bactérias não alcançam os rins. Se for este o caso, os sintomas dessa condição mais grave serão:

  • liberação de secreção purulenta ou de traços de sangue misturados à urina;
  • temperatura corporal elevada superior aos 38,5º C;
  • urina com aspecto turvo;
  • número de micções acima do normal;
  • sensação de ardor ao urinar;
  • dores acentuadas nas regiões das costas, da virilha ou do abdômen;
  • sensação de calafrios;
  • náuseas — acompanhadas ou não de vômitos;
  • indisposição;
  • confusão mental — sintoma apresentado por pacientes que estejam na terceira idade.

Cabe alertar que a mínima desconfiança de pielonefrite deve ser o suficiente para que o paciente se dirija a um pronto-socorro. Se a infecção renal for confirmada, a equipe médica providenciará a injeção de medicação antibiótica diretamente na veia do indivíduo. Devido à gravidade desses casos, não há nenhum tempo a perder.

Sintomas de infecção urinária no bebê

Em bebês, a tarefa de detecção dos sinais de uma possível infecção urinária é complicada. A dificuldade se inicia na própria dificuldade de comunicação. Mesmo em se tratando de crianças, essa comunicação é repleta de “ruídos”. De qualquer forma, os pais devem ficar atentos a esses indícios:

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  • urina com cheiro forte;
  • detecção de vestígios de sangue na fralda;
  • queda repentina do apetite;
  • crises de impaciência;
  • corpo febril.

No caso dos bebês, é importante notar se eles não choram enquanto urinam. Caso o choro esteja atrelado a alguns dos demais sintomas, os pais devem buscar um atendimento pediátrico para que ele possa confirmar o diagnóstico e providenciar o melhor tratamento.

Sintomas de infecção urinária na gravidez

Em se tratando de infecção do trato urinário, não há diferença entre os sintomas exibidos pela mulher antes ou após o período gestacional. Porém, é importante salientar que essa variedade infecciosa é bem frequente durante a gravidez. As explicações para essa evevada incidência são:

  • queda brusca dos níveis de defesa do sistema imunológico do organismo;
  • maior proliferação bacteriana devido ao aumento da disponibilidade de proteínas na circulação urinária.

Mais uma vez, o tratamento é efetuado mediante o uso de antibióticos. Como a gravidez é um período delicado, os tipos de antibióticos precisam ser cuidadosamente selecionados, a fim de não complicarem o progresso gestacional do bebê. Alguns desses remédios são a Cefalotina e a Cefadroxila.

A infecção urinária pode parecer um problema simples. De fato, desde que ele não seja ignorado o tratamento é bem tranquilo e efetivo. Contudo, a negligência dos primeiros sintomas pode acarretar uma infecção na bexiga. Nos casos mais graves, a lesão alcança os rins. Portanto, não deixe de ir ao médico assim que notar os primeiros sintomas de uma infecção urinária.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Camille Rocha Risegato

Ginecologista e Obstetra - CRM SP-119093

Dra Camille Vitoria Rocha Risegato - CRM SP nº 119093 é formada há 14 anos pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro.

> Consultar CRM (Fonte: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos&Itemid=59)

Dra Camille mudou-se para São Paulo onde realizou e concluiu residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (RQE nº 25978) no Centro de Referência de Saúde da Mulher no Hospital Pérola Byington em 2007.

Em 2008 se especializou em Patologia do Trato Genital Inferior nesse mesmo serviço. Ainda fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia na Escola Cetrus.

Trabalha em setor público e privado, atendendo atualmente em seu consultório médico particular situado na Avenida Leoncio de Magalhães 1192, no bairro do jardim São Paulo, zona norte de São Paulo.

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Bibliografia
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    Última atualização da página em 08/09/24