O que é o câncer do colo do útero? O colo do útero corresponde à parte inferior estreita do útero que se abre dentro da vagina.
O vírus do papiloma humano (HPV), que é uma doença sexualmente transmissível extremamente comum, e a principal causa de quase todos os casos de câncer de colo do útero.
As estimativas mostram que aproximadamente 14 milhões de novas infecções ocorrem todos os anos.
No entanto, a maioria das pessoas infectadas com HPV nunca sentiram nenhum sintoma.
Além disso, em muitos casos o vírus simplesmente desaparece sem tratamento.
No entanto, algumas estirpes do vírus podem infectar determinadas células e alguns causar problemas, como verrugas genitais ou até mesmo algum tipo de câncer.
Dentre todos os tipos, o câncer de colo do útero costumava ser a principal causa de morte entre as mulheres, no entanto ele é considerado o câncer feminino mais fácil de prevenir.
Os exames regulares de Papanicolau, as vacinas contra o HPV e teste simples de HPV são medidas preventivas contra o câncer de colo do útero.
Conhecer os sintomas associados a este tipo de câncer também favorece a detecção precoce e a rapidez do tratamento.
Sintomas do câncer do colo do útero
As mulheres raramente apresentam sintomas causados pelo câncer cervical durante os estágios iniciais.
Daí a importância de se fazer um exame de Papanicolau regularmente, para garantir a detecção precoce e tratamento das lesões pré-cancerígenas.
Geralmente, os sintomas só aparecem quando as células cancerígenas, os tumores, avançam sobre o tecido inferior da camada superior do tecido cervical.
Esta situação ocorre quando as células pré-cancerígenas são deixadas sem tratamento, levando-as a progredir para o câncer invasivo do colo do útero. (Ver Imagem)
Nesta fase, as mulheres tendem a confundir os sintomas da doença com outras ocorrências comuns, como sangramento vaginal anormal e corrimento vaginal.
Sangramento vaginal anormal
O sangramento vaginal irregular é o sintoma mais comum do câncer de colo do útero.
Esse sangramento pode ocorrer entre os períodos menstruais ou após o sexo.
Por vezes, ele se revela em um rastro de sangue que aparece devido ao corrimento vaginal, o que muitas vezes é tratado como se fosse um sangramento intermenstrual.
O sangramento vaginal também pode ocorrer em mulheres na pós-menopausa, que já não têm períodos menstruais.
Esta situação “nunca pode ser considerada como algo normal” pois pode ser um sinal de alerta apontando para o câncer de colo do útero ou para outro problema grave.
Portanto, incentivamos a visitar o médico se tal situação acontecer.
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Corrimento vaginal
Juntamente com o sangramento, muitas mulheres também começam a apresentar um corrimento vaginal anormal e que pode ser:
- esbranquiçado
- claro
- aguado
- marrom
- exalar mau cheiro
- tingido de sangue
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Sintomas avançados
Enquanto o sangramento e o corrimento podem ser sinais precoces de câncer cervical, os sintomas mais graves se desenvolvem em fases mais tardias.
Os sintomas de um câncer do útero avançado podem incluir:
- dor pélvica ou nas costas
- dificuldade para urinar ou defecar
- inchaço em uma das pernas ou em ambas
- fadiga
- perda de peso
HPV e câncer de colo do útero
O HPV é transmitido através do contato sexual.
A transmissão ocorre quando a pele ou as membranas mucosas de uma pessoa infectada estabelecem contato físico com a pele ou a mucosa de uma pessoa ainda não contaminada.
Na maioria dos casos, a infecção não causa sintomas, o que facilita ainda mais a transmissão inconsciente para outra pessoa.
Mais de 40 diferentes estripes (cepas) de HPV são transmitidas sexualmente, mas apenas alguns deles produzem sintomas visíveis.
Os HPVs 6 e 11, por exemplo, causam verrugas genitais, mas não provocam câncer.
Embora várias estripes diferentes de HPV possam causar o câncer, apenas duas dessas variantes, os tipos 16 e 18, são responsáveis pela maioria dos casos de câncer relacionados ao HPV.
Fatores de risco: Que mulheres estão em risco de desenvolver o problema?
Conhecer os sintomas de alerta, além dos riscos, aumenta as chances de detecção precoce do câncer e do HPV — antes que ele progrida.
Entre os fatores de risco relacionados ao câncer cervical estão:
- risco elevado para contrair o HPV
- uso a longo prazo de pílulas anticoncepcionais
- sistema imunológico debilitado
- uso de dietilestilbestrol durante a gravidez
Os fatores de risco para o HPV são:
- número elevado de parceiros sexuais
- primeira relação sexual em uma idade muito jovem
- sistema imunológico debilitado
Prevenção do HPV e do câncer do colo do útero
Exames
A vacinação contra o HPV é a melhor medida preventiva contra o câncer cervical.
Para as mulheres que ainda não receberam a vacina, os exames de Papanicolau são a principal forma de prevenção do câncer.
O exame de Papanicolau é um dos exames disponíveis mais confiáveis para investigar a existência de câncer.
Este exame consegue detectar possíveis células anormais e alterações pré-cancerígenas no colo do útero.
A detecção precoce permite que essas células anormais e alteradas sejam tratadas antes que se transformem num grave problema de saúde.
O médico pode realizar um exame de Papanicolaou durante um exame pélvico de rotina.
Este exame envolve a limpeza ou raspagem do colo do útero para coletar as células que serão investigadas através de microscópio.
O médico também podem realizar o teste de HPV simultaneamente ao exame de Papanicolau. Posteriormente, as células são avaliadas para constatar se existem vestígios de DNA do HPV.
Vacinação
É aconselhada a vacinação contra o HPV em mulheres com idades entre os 9 e 26 anos, visando prevenir a contaminação do referido vírus, do câncer, e o desenvolvimento de verrugas genitais.
A vacina só é eficaz quando aplicada em mulheres que ainda não tenham sido infectadas com o vírus.
E é por essa mesma razão que a vacina deve ser aplicada antes que a mulher se torne sexualmente ativa.
O gardasil é uma vacina que protege contra os dois tipos mais comuns de HPV: o 16 e o 18.
Essas duas variações são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. A vacina também protege contra os tipos 6 e 1, que causam 90% das verrugas genitais.
Uma vez que os homens também transportam o HPV, eles devem também abordar o médico sobre esta vacinação.
De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), as meninas e os meninos pré-adolescentes devem ser vacinados entre os 11 e 12 anos de idade.
A vacina deve ser tomada numa série de três doses, separadas pelo intervalo de oito meses.
As mulheres jovens podem aplicar a vacina até os 26 anos de idade.
Já os homens podem se vacinar até aos 21 anos de idade, desde que ainda não tenham sido expostos ao HPV.
Referências
http://www.cdc.gov/cancer/cervical/statistics/
http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Risk/DES
http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/risk/HPV
http://www.nature.com/
http://www.cdc.gov/std/hpv/pap/
http://www.mayoclinic.com/health/cervical-cancer/
http://www.cancer.gov/cancertopics/wyntk/cervix
Enfermeiro - Coren nº 491692
O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.
Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.
Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.
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