Embora existam muitas informações disponíveis para ajudar a mulher a descobrir se o tamanho dos seus seios é normal (sem falar na própria evidência visual), as vaginas continuam ainda muito misteriosas 🙂
Como é difícil obter fatos concretos sobre a vagina, recorremos à médica Brook McFadden, professora assistente do departamento de medicina e de cirurgia reconstrutiva pélvica feminina da Universidade Estadual de Ohio, Estados Unidos.
O que dificulta estabelecer comparações entre o tamanho normal da vagina é a quantidade super-reduzida de pesquisas existentes sobre o assunto.
Atualmente existe a ideia de que o tamanho da vagina pode influenciar na imagem corporal da mulher, e McFadden está em missão para mudar essa mentalidade e má tendência!
Na sua mais recente pesquisa, ela replica um estudo da cientista Jillian Lloyd “Female genital appearance: normality unfolds“, publicado na edição de maio de 2005, na Revista Britânica de Obstetrícia e Ginecologia.
Ela mediu as partes íntimas de 50 mulheres que compareceram ao ginecologista devido a diferentes disfunções pélvicas.
Para elaborar a pesquisa, McFadden estudou 168 mulheres (com idade média de 57 anos) usando a mesma técnica de Lloyd — assim, o mundo científico pode começar a criar um importante banco de dados sobre o corpo da mulher.
Os pequenos lábios vaginais
Esses são os lábios menores, aqueles internos que envolvem a abertura vaginal. Em se tratando de largura, McFadden (que prefere adotar os centímetros) descobriu que os pequenos lábios vaginais esquerdos tinham, em média, 2,1 cm, com uma variação de 0,4 a 6,4 cm.
Os lábios vaginais direitos exibiram uma média de 1,9 centímetros de largura, com uma variação de 0,3 a 7,0 cm.
Os pequenos lábios vaginais esquerdos tinham uma média de 4,0 centímetros de comprimento (aproximadamente o tamanho de uma cenoura pequena), com uma variação de 1,2 a 7,5 centímetros, enquanto os lábios direitos tiveram uma média de 3,8 centímetros de comprimento, com uma variação de 0,8 a 8,0 cm.
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Notou alguma coisa interessante nesses números?
Para começar, os pequenos lábios vaginais possuem comprimentos bem diferentes de uma mulher para outra.
Em segundo lugar, as medidas das duas laterais não são iguais!
“Há uma diferença estatisticamente significativa entre os pequenos lábios da esquerda e os da direita, o que demonstra a normalidade dos diferentes tamanhos,” diz McFadden.
Você só deve realmente se preocupar com as dimensões da sua vagina se sentir um intenso atrito ou fricção, ao ponto de causar algum desconforto.
“Este é o momento de buscar uma avaliação médica,” diz McFadden.
Se você estiver pensando em fazer uma cirurgia plástica nos lábios por razões estéticas, saiba que as pesquisadoras nem sequer confirmam se há uma melhora da autoestima.
“Não há nenhuma evidência válida, pois é um tema muito controverso,” diz McFadden.
Conheça algumas Cirurgias Estéticas para apertar a Vagina:
– Labioplastia (reduzir os pequenos lábios vaginais)
– Vulvoplastia
– Vaginoplastia
– Labioplastia
– Perineoplastia
– Himenoplastia (ficar novamente virgem?)
– 11 Remédios Caseiros para Apertar a Vagina Larga
Os grandes lábios vaginais
Esses formam uma espécia de “parênteses” em torno dos pequenos lábios.
Como os grandes lábios são externos, eles delimitam a extensão do restante da anatomia do órgão reprodutor.
Ambos os grandes lábios das participantes detinham uma média de 8,1 cm de comprimento (aproximadamente o tamanho de um vidrinho de esmalte), com uma variação de 4,0 a 11,5 cm.
De acordo com o estudo, conforme você envelhece seus pequenos e grandes lábios diminuem. Interessante, não?
Artigo simplificado sobre » Anatomia da Vagina: Tudo o que precisa saber sobre a Vagina
O clitóris
Muito semelhante com o restante de sua anatomia, existe uma variação muito ampla quando se trata do “botão do prazer”.
No estudo de McFadden, a largura do clitóris variou de 0,2 a 2,5 cm, com uma média de 0,8 cm.
As participantes apresentaram um comprimento de 0,4 a 4,0 cm, com uma média de 1,6 cm (medida ligeiramente inferior ao botão de um jeans).
Uma descoberta muito interessante é que o “a largura ampliada do clitóris está associada com a probabilidade de orgasmo durante a relação sexual” — conforme afirma a pesquisa.
Então, se você é “sorteada” em quase todas as relações sexuais, é possível que você tenha a sorte de ter um clitóris mais amplo do que as demais mulheres.
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O canal vaginal
As conclusões de McFadden sobre o canal vaginal ainda não foram apresentadas, mas por enquanto ela acha que faz sentido seguir as diretrizes de comprimento apresentadas num estudo realizado em 2005.
Esses parâmetros descobriram que a tamanho médio de uma vagina é 9,6 cm (aproximadamente o mesmo comprimento de um tubo de gloss labial), enquanto a variação ficou entre 6,5 e 12,5 cm.
Quanto à largura da vagina, a pesquisa mais recente é de 1995 (Sim, é sério!) e pertence a um estudo chamado “Vaginal anatomy and sexual function”, publicado na revista Obstetrics & Gynecology.
Ainda que esta pesquisa não seja recente, McFadden se sente confortável ao assegurar que a variação do diâmetro vaginal é de 2,1 a 3,5 cm.
“Uma coisa a notar é que somente duas mulheres com diâmetros de 2,1 cm eram sexualmente ativas e que ambas sentiam dor durante a relação sexual”, destaca McFadden.
A menos que você esteja sentindo dor durante o sexo ou uma incapacidade de usar absorventes internos, ou mesmo um problema para menstruar, você provavelmente estará dentro da faixa de normalidade quanto à largura e o comprimento do canal vaginal.
É claro que o comprimento e a largura da vagina se ajustam durante determinados eventos, como uma relação sexual e o parto, para que o corpo possa lidar com a situação da melhor maneira possível.
A menos que você esteja sentindo algum tipo de desconforto na linha inferior da vagina ou interrupção no ato sexual, é provável que esteja tudo bem.
Embora influências externas possam afetar o que se considera “normal”, as chances são de que tudo esteja bem e funcionando dentro do esperado.
O mesmo estudo conclui que, apesar de as medidas variarem de mulher para mulher, “elas não se correlacionam com a autoestima corporal ou genital.”
Ainda não tem certeza se está tudo bem com a sua vagina? Agende uma consulta com o seu ginecologista. É para isso que eles existem, afinal de contas!
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Ginecologista e Obstetra - CRM SP-119093
Dra Camille Vitoria Rocha Risegato - CRM SP nº 119093 é formada há 14 anos pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro.
> Consultar CRM (Fonte: https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos&Itemid=59)
Dra Camille mudou-se para São Paulo onde realizou e concluiu residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (RQE nº 25978) no Centro de Referência de Saúde da Mulher no Hospital Pérola Byington em 2007.
Em 2008 se especializou em Patologia do Trato Genital Inferior nesse mesmo serviço. Ainda fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia na Escola Cetrus.
Trabalha em setor público e privado, atendendo atualmente em seu consultório médico particular situado na Avenida Leoncio de Magalhães 1192, no bairro do jardim São Paulo, zona norte de São Paulo.
Também pode encontrar a Dra Camille no Linkedin, Facebook e Instagram
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