Existem muitas variedades e tipos de tangerina (também conhecida como mexerica e laranja-
Existem numerosas variedades que se originaram por mutações espontâneas ou por cruzamentos com outros citrinos.
É muito difícil a classificação botânica das tangerineiras, pelo que uma forma simples de a realizar é seguir critérios comerciais.
Assim, dividem-se em 4 grupos: ‘Satsuma’, ‘Clementinas’, ‘Comuns’ ou ‘Mediterrânicas’ e um quarto grupo, os ‘Híbridos’.
Tangerineiras Satsuma
Neste grupo encontram-se as tangerineiras originárias do Japão. A maior parte das plantações de Espanha e do Japão são de ‘Satsuma’.
De todas as tangerinas, é a mais resistente ao frio. As ‘Satsumas’ utilizam-se a nível industrial para produzir conservas de gomos em calda de açúcar ou sumo natural, já que não têm sementes.
A Espanha e o Japão são os maiores exportadores de conservas de gomos de tangerina. As tangerinas desta variedade são as primeiras a amadurecer, mas uma vez atingida a maturação o teor em ácidos do fruto decresce rapidamente, o que as tornam menos apetecíveis que outras variedades.
A procura destas variedades decresce quando começa a época de maturação das ‘clementinas’. As variedades mais importantes deste grupo são a ‘Owari’, a ‘Clausellina’ e a ‘Okitsu Wase’.
Tangerineiras Clementinas
Sob a designação de Clementinas estão as tangerinas com as seguintes características comerciais: tamanho do fruto entre pequeno e médio e têm origem na tangerineira comum.
Esta variedades tem o inconveniente de ser alternante na produtividade; num ano proporcionam uma forte produção de frutos de pequeno calibre e no ano seguinte a produção é baixa com frutos de maior calibre.
As variedades principais deste grupo são a ‘Fina’, ‘Clemenules’, ‘Oroval’, ‘Marisol’, ‘Oronules’, ‘Esbal’, ‘Clemenpons’, ‘Loretina’, e ‘Hernandina’.
Tangerineiras Comuns
Dentro deste grupo encontram-se todas as tangerineiras de origem mediterrânica e que praticamente só se produzem em explorações do tipo familiar.
Possuem boas qualidades organolépticas, mas a presença de sementes e a sua escassa conservação fazem com que não tenham muita importância no mercado mundial, embora a possam ter no comércio local.
Em Portugal existe uma variedade de tangerina originária de Setúbal, a ‘Setubalense’, muito produtiva mas acentuadamente alternante, com polpa doce, de sabor agradável e muito aromática.
Híbridos
Entre grupo engloba as tangerineiras resultantes do cruzamento entre espécies. Algumas das variedades deste grupo possuem características comerciais interessantes, como por exemplo a tangerina ‘Ortanique’.
As variedades deste grupo podem ter a pele mais agarrada à polpa. Em Portugal as principais variedades são a Fortuna, Encore, Wilking e Fremont.
Descrições de algumas variedades de tangerina
Owari
Pertence ao grupo das ‘Satsumas’. O fruto é de tamanho médio-pequeno, com elevado teor em sumo, cor-de-laranja pouco intenso, de forma achatada, e às vezes a zona de união do fruto ao ramo tem a forma de pêra. É uma tangerina de fraca qualidade.
Clausellina
Pertence ao grupo das ‘Satsumas’. O fruto tem um tamanho superior ao da variedade ‘Owari’, ainda que a sua qualidade seja menor, já que é menos doce. É uma variedade muito precoce e pode-se começar a colher a meio do mês de Setembro no Hemisfério Norte.
Okitsu Wase
É do grupo das ‘Satsumas’. O fruto desta variedade é mais achatado e maior que o das variedades Owari e ‘Clausellina’. A maturação é mais precoce; em alguns locais de Espanha a sua colheita inicia-se a meados de Setembro.
Fina
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’. O fruto é de pequeno, de grande qualidade, com alto teor em sumo muito doce, com um bom nível de acidez, sem sementes e possui um forte e agradável aroma.
Clemenules
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’. É uma mutação da variedade Fina. O fruto é de maior tamanho que a variedade Fina, de casca um tanto rugosa, não tem sementes e possui um bom teor em sumo. A sua qualidade é inferior à ‘Fina’. A maturação ocorre posteriormente à ‘Fina’.
Oroval
É do grupo das ‘Clementinas’. É outra mutação genética da variedade Fina. É um fruto de bom tamanho e coloração e tem a casca rugosa. Tem um elevado teor em sumo, não tem sementes e é um pouco ácido. A sua colheita pode iniciar-se a meados de Outubro, embora não aguente muito tempo na árvore.
Marisol
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’. É uma mutação genética da variedade Oroval. O fruto assemelha-se ao da variedade Oroval, ainda que a sua forma seja mais esférica, tenha uma casca mais rugosa e seja de menor qualidade.
Oronules
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’,. É de maturação precoce e em Espanha pode-se iniciar a sua colheita no início de Outubro. O fruto é pequeno, de forma esférica, de cor muito intensa, sem sementes e de muito boas qualidades comerciais.
Esbal
É uma ‘Clementina’ que amadurece unos dias antes da ‘Fina’. É uma mutação genética da variedade Fina. O fruto é maior do que o da ‘Fina’ e apresenta muito bom sabor e uma polpa muito macia.
Clemenpons
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’. É uma mutação genética da tangerina ‘Clemenules’, sendo os seus frutos semelhantes.
Loretina
É do grupo das ‘Clementinas’ e provém de uma mutação genética da tangerina ‘Marisol’. O fruto é pequeno, de cor intensa, sem sementes, com uma casca um tanto rugosa e tem boas características organolépticas.
Hernandina
Pertence ao grupo das ‘Clementinas’. É uma mutação genética da variedade ‘Fina’ e por isso os seus frutos são muito parecidos e não têm sementes. Nalguns frutos desta variedade o desenvolvimento da cor não se processa totalmente, ficando a zona de união ao ramo ligeiramente verde.
Tangerineiras Comunes
São frutos redondos, achatados nos pólos, de casca fina não aderente à polpa, lisa e cor laranja-amarelada. O fruto tem um agradável perfume e possui numerosas sementes.
Ortanique
Na realidade é uma tângera porque resulta do cruzamento entre laranja e tangerina. O fruto é grande, com poucas sementes, de casca vermelho-alaranjada e colhe-se em finais de Maio.
Links Úteis
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- Tangerina – Benefícios, Vitaminas e Propriedades Medicinais
Nutricionista Clínica e Estética - CRN-3 nº 37006
A Drª Caroline Vallinhos é graduada em ciências da nutrição pela Universidade de Guarulhos/SP. Possui 7 anos de experiência em Nutrição clínica e estética. Forte atuação em coaching de emagrecimento e qualidade de vida para pessoas em busca de melhoria alimentar e enfermos com necessidade de melhoria de quadro clínico.
Vasta experiência com consultoria para empresas do ramo alimentício, tais como grandes indústrias de alimentos, cozinhas experimentais e mercado de food service.
Com registro no Conselho Regional de Nutricionistas CRN-3 (Brasil) nº 37006
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