A taquicardia paroxística supraventricular, ou TPSV, é uma doença associada a um batimento cardíaco muito rápido caracterizado por um ritmo regular.
Durante a crise de TPSV, o seu coração pode bater entre 150 a 250 pulsações por minuto.
Um coração normal bate cerca de 70 a 80 pulsações por minuto. Poderá viver uma vida normal se a sua TPSV for devidamente tratada.
O coração possui 4 cavidades ou câmaras. As câmaras superiores são designadas por aurículas (direita e esquerda) e as câmaras inferiores por ventrículos (direito e esquerdo).
Quando o coração “bate”, as aurículas passam o sangue para os ventrículos, que depois o ejectam para fora do coração. Existem válvulas entre cada uma destas cavidades.
Estas válvulas funcionam como portas que regulam o fluxo sanguíneo que se processa através do coração.
O seu coração possui um sistema especial de condução que organiza e envia impulsos eléctricos através do mesmo. Determinadas células localizadas em locais especiais no interior do coração enviam impulsos para os músculos cardíacos obrigando o coração a bater.
Estas células são designadas por células pacemaker.
No caso de uma taquicardia paroxística supraventricular, as células não desempenham eficazmente a sua função, o que origina uma aceleração dos batimentos cardíacos.
Abaixo você tem um índice com todos os pontos que discutiremos neste artigo:
Causas da taquicardia paroxística supraventricular
A taquicardia paroxística supraventricular é, frequentemente, provocada pela existência de circuitos eléctricos extra no coração.
Também pode resultar de uma doença valvular ou de obstrução nas artérias coronárias. A doença da tiróide ou a insuficiência cardíaca também podem originar este problema.
Outras causas podem incluir a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, o tabagismo ou a ingestão excessiva de cafeína através do café ou de determinados refrigerantes, por exemplo.
O uso excessivo de medicamentos para a constipação também pode provocar uma TPSV. O stress, por seu turno, pode desencadear uma crise de TPSV.
Sinais e sintomas
Durante uma crise de TPSV sentirá, provavelmente, o seu coração a bater de forma muito rápida. É possível que também sinta palpitações no peito, atordoamento ou sensação de desmaio.
Se sofrer de uma outra doença cardíaca, pode durante a crise de TPSV sentir dificuldade respiratória ou dores no peito.
Diagnóstico
O diagnóstico da arritmia cardíaca baseia-se no registo em electrocardiograma convencional (ECG), em electrocardiograma de 24 horas (Holter) ou ainda em registadores intermitentes automáticos ou activados pelo paciente que podem vigiar o ritmo durante semanas.
Em casos seleccionados pode ser necessário o registo da actividade do seu coração directamente através de um exame chamado estudo electrofisiológico (EEF).
Igualmente importante é o diagnóstico da causa subjacente à taquicardia, podendo ser úteis análises clínicas, a ecocardiografia ou outros exames.
Cuidados a ter
Se a sua taquicardia for desencadeada por actividade física, bebidas alcoólicas, cafeína entre outros evite-os. Mantenha a medicação regular prescrita como aconselhado pelo seu médico.
Riscos e Complicações
A TPSV raramente se complica. Em casos excepcionais pode associar-se a enfarte do miocárdio, perda de consciência ou muito raramente paragem cardíaca.
Tratamento da taquicardia paroxística supraventricular
Poderá ter de se deslocar ao hospital para a realização de exames e tratamentos. É possível que o médico comece por tentar abrandar a sua frequência cardíaca sem recorrer à medicação.
Se tal não funcionar, poderá dar-lhe medicamentos para reduzir o ritmo cardíaco.
Se a medicação não for eficaz no abrandamento da frequência cardíaca, poderá necessitar de uma cardioversão, ou seja, da administração de um choque eléctrico ao coração.
Uma vez diagnosticado o seu tipo de TPSV é possível na grande maioria dos casos o uso um procedimento planeado, chamado estudo electrofisiológico, em que a estrutura cardíaca extra responsável pela arritmia é eliminada pela aplicação intracardíaca de calor, curando a arritmia.
Informação para profissionais de saúde e estudantes de medicina
Taquicardia paroxística supraventricular
. Grupo de arritmias, incluindo taquicardia reentrante supraventricular (mais de 90% dos casos), taquicardia atrial automática e taquicardia juncional
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. Em geral, os ataques começam e terminam abruptamente, com duração de segundos a horas
. Os pacientes com frequência são assintomáticos durante episódios transitórios, mas queixam-se de palpitações, dispnéia leve ou dor torácica em episódios mais longos
. O eletrocardiograma entre os ataques é normal, a menos que o paciente tenha síndrome de Wolff-parkinson-White ou intervalo PR muito curto
. A menos que ocorra condução aberrante, os complexos QRS são regulares e estreitos; a localização da onda P ajuda a determinar a origem da TSVP.
. O estudo eletrofisiológico define o diagnóstico correto.
Diagnóstico diferencial
Ausência de P:
. Taquicardia de reentrada no nó atrioventricular
Intervalo RP curto:
. Taquicardia reentrante atrioventricular
. Taquicardia de reentrada intra-atrial
Intervalo RP longo:
. Taquicardia atrial
. Alguns casos de taquicardia de reentrada no nó atrioventricular
. Taquicardia de vaivém juncional permanente.
Tratamento
. Muitos episódios sofrem regressão espontânea; se isso não ocorrer, tentar inicialmente manobras vagais, como massagem do seio carotídeo, ou adenosina para bloquear transitoriamente o nó AV e romper o circuito de reentrada.
. A prevenção de episódios frequentes pode ser obtida com digoxina, bloqueadores dos canais de cálcio, betabloqueadores ou antiarrítmicos, como procainamida ou sotalol
. O estudo eletrofisiológico e a ablação do foco ou circuito de reentrada anormal, quando disponíveis, constituem o tratamento de escolha (taxa de sucesso > 90% dos casos).
Dica
Nas leituras computadorizadas do infarto com ondas Q e intervalos PR curtos, procurar cuidadosamente uma onda delta; este pode ser seu diagnóstico.
Referência
Blomstrom-Lundvist C, Scheinman MM , Aliot EM, et al. ACC/AHA/ESC guidelines for the management of patients with supraventricular anhythmias.
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
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