Antes de “desvendarmos” quais as principais estripes (cepas) de HPV existentes, é importante perceber que existem mais de 100 tipos de HPV.
Muitas dessas infecções desaparecem naturalmente, mas os tipos mais graves de HPV podem levar ao desenvolvimento de câncer do colo do útero.
Para termos uma ideia da “infeliz grandeza” do problema, o vírus do papiloma humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum nos Estados Unidos.
79 milhões de americanos atualmente têm HPV, sendo que surgem 14 milhões de novas infecções por ano.
Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV e alguns costumam causar mais complicações do que outros.
São categorizados como HPV de baixo ou alto risco.
Os tipos de baixo risco não causam câncer cervical, além de serem tratáveis.
Já os tipos de HPV de alto risco podem favorecer o desenvolvimento de células anormais no colo do útero, as quais podem formar um câncer, caso não sejam devidamente tratadas.
Continue a leitura para saber mais sobre os tipos mais comuns de HPV!
Tipos mais comuns de HPV
A identificação do tipo de HPV ajuda o médico a determinar os passos a seguir.
Enquanto alguns tipos simplesmente desaparecem sem nenhuma intervenção médica, outros podem acarretar algum tipo de câncer.
Cabe ao médico analisar a situação para que, caso haja o desenvolvimento de células cancerígenas, o problema possa ser detectado com antecedência.
HPV-6
O HPV-6 é um tipo de HPV de baixo risco.
Os HPVs 6 e 11 estão correlacionados a aproximadamente 90% das verrugas genitais.
As verrugas genitais parecem protuberâncias na genitália em forma de “couve-flor”.
Elas surgem algumas semanas ou meses após a exposição da região a um parceiro sexual infectado.
É possível tentar prevenir o vírus do HPV-6 através de vacina e da abstenção de relações sexuais com vários parceiros.
Em caso de infecção do HPV 6, o médico pode prescrever determinados medicamentos, como o Aldara e o Zyclara, que podem melhorar a capacidade de combate do sistema imunológico, e o podofilox (Condylox), uma medicação tópica que destrói os tecidos da verruga genital.
HPV-11
Assim como o HPV-6, o HPV-11 é um tipo de baixo risco, igualmente capaz de causar verrugas genitais, além de também ocasionar alterações no colo do útero.
A vacinação contra o HPV oferece alguma proteção contra o HPV-11.
Você também deve limitar o número de parceiros sexuais, a fim de reduzir o risco.
A prescrição da droga Imiquimod (Aldara, Zyclara) ou do podofilox (Condylox) ajuda a tratar os sintomas do HPV-11.
Trata-se de duas medicações tópicas (cremes) que o paciente pode aplicar diretamente sobre as verrugas genitais.
HPV-16
O HPV-16 é o tipo de HPV de alto risco mais comum e, geralmente, não causa nenhum sintoma, sendo responsável pelo desenvolvimento de 50% dos canceres cervicais em todo o mundo.
HPV-18
O HPV-18 é um tipo de alto risco. Assim como o HPV 16, normalmente não causa sintomas e pode levar ao câncer de colo do útero.
Juntos, os HPVs 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% de todos os canceres de colo do útero em todo o mundo.
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Diagnóstico
Disponível apenas para mulheres, o teste de HPV pode ser executado simultaneamente com o exame de Papanicolaou, que é usado para investigar um possível câncer cervical.
O teste pode determinar a presença do vírus e o grau de risco deste.
O teste para o despiste do HPV não é recomendado para mulheres com menos de 30 anos.
Caso o teste dê positivo para o HPV, isso não significa que a mulher desenvolverá câncer cervical, mas sim que possui um dos tipos de HPV de alto risco e que, portanto, corre o risco de desenvolver o câncer do colo do útero.
Saiba Tudo Sobre » Vírus do Papiloma Humano (HPV) e Câncer Cervical
Estatísticas
Estima-se que cerca de 79 milhões de americanos estão infectados com HPV atualmente, enquanto 14 milhões de novos diagnósticos serão realizados ainda neste ano.
Quase todas as pessoas sexualmente ativas terão pelo menos um tipo de HPV ao longo da vida.
Estima-se que o HPV desaparece sem a necessidade de tratamento em 80% a 90% dos casos.
Embora o vírus seja menos comum em mulheres acima de 30 anos, nessa fase o risco de câncer cervical aumenta.
Desta forma, é fundamental consultar o ginecologista regularmente.
Prognóstico
O HPV é um vírus comum. A maioria das pessoas com HPV não sabe que está infectada e nem apresenta sintomas.
Se você tiver HPV, isso não significa que desenvolverá câncer cervical.
Conhecer a existência de um tipo de HPV de alto risco ajuda na elaboração de um plano de tratamento adequado para minimizar o risco de câncer no útero.
Dicas para prevenção
Siga essas dicas para evitar o vírus:
Obtenha a vacina contra o HPV. Essa vacina é composta por três doses, aplicadas em intervalos de seis meses, e só é recomendada para mulheres com menos de 26 anos.
Pergunte ao seu médico qual vacina você está recebendo. A vacina bivalente (Cervarix) contra o HPV só protege dos HPVs 16 e 18.
Já as vacinas recombinante (Gardasil 9), quadrivalente (Gardasil) e a vacina HPV-9 valente recombinante previnem contra os tipos 6, 11, 16 e 18.
Sempre que se envolver em relações sexuais, use preservativos de látex.
O HPV é transmitido através do contato da pele, e não através da troca de fluidos corporais.
Por isso, a camisinha não pode impedir a disseminação do HPV, mas pode reduzir o risco.
Limite o número de parceiros sexuais e conheça cada um deles.
Se você é uma mulher, marque uma consulta com seu ginecologista para investigar um possível câncer de colo do útero. Você deve iniciar este exame a partir dos 21 anos e continuar realizando-o até os 65 anos.
Se você que está a ler esta matéria for uma mulher, saiba que pode diminuir significativamente o risco de contrair o HPV. Como?
Basta apenas realizar o exame para diagnosticar o câncer de colo do útero regularmente, manter suas vacinas atualizadas, e ter apenas um parceiro sexual.
Continua » Posso Estar com HPV mesmo se Não Tiver Verrugas?
Referências
http://www.cdc.gov/std/hpv/stdfact-hpv.htm
http://www.ashasexualhealth.org/stdsstis/hpv/
http://www.cancer.org/cancer/
http://www.cdc.gov/vaccines/
http://www.cancer.gov/
http://www.cdc.gov/std/hpv/pap/
http://www.nccc-online.org/hpvcervical-cancer/
http://www.mayoclinic.org/
http://www.cancer.org/cancer/cervicalcancer/
https://www.sanfordhealth.org/
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube
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