O que é e onde pode ser encontrada? A toxina botulínica é uma proteína molecular produzida pela bactéria “Clostridium Botulinum”, presente em todo o mundo (tanto em terra como na água), estando normalmente inativa durante anos, mas sob certas condições é ativada e produz toxina botulínica, dando origem à contaminação de alimentos, carne ou vegetais.
O consumo de alimentos infectados pela toxina botulínica pré-formada provoca botulismo, uma intoxicação alimentar reconhecida pelo desenvolvimento de distúrbios vegetativos (secura na boca, náuseas e vômitos) e paralisia muscular progressiva.
Essa capacidade da toxina botulínica originar paralisia muscular é usada clinicamente para tratar algumas doenças neurológicas que apresentam hiperatividade muscular.
O seu uso difundiu-se não apenas no campo médico, mas também em outras áreas, como a estética. A neurologia é uma das especialidades médicas nas quais a toxina botulínica oferece os maiores benefícios terapêuticos.
Embora existam inúmeras entidades neurológicas potencialmente tratáveis com a toxina, seu uso mais frequente é limitado a doenças caracterizadas por movimentos involuntários, principalmente no caso de distonia.
Como é administrada
A técnica de aplicação varia de acordo com plano terapêutico estabelecido pela clínica. A medida inicial mais importante para a administração é a identificação por palpação das áreas dolorosas e dos músculos hiperativos responsáveis pela postura distônica. Por vezes é útil pedir ao paciente para identificar os pontos mais dolorosos.
No caso de pacientes obesos ou posturas distônicas complexas, é importante identificar os músculos envolvidos pelo registro eletromiográfico.
Não existe dose padronizada de toxina botulínica para o tratamento da distonia. A melhoria é geralmente observada durante a primeira semana e a duração do efeito varia entre 2 a 4 meses.
Quando é indicada
A infiltração local de toxina botulínica é considerada o tratamento de escolha e mais eficaz na maioria das distonias focais. Esses tipos de distonia são caracterizados por afetar um único músculo ou um grupo muscular, e são os mais frequentes durante a idade adulta.
Pelo contrário, o tratamento da distonia generalizada (distonia de torção idiopática) é principalmente farmacológico (anticolinérgicos, benzodiazepínicos, neurolépticos).
O blefarospasmo, ou a contração intermitente ou persistente da musculatura orbicular dos olhos, foi a primeira distonia focal a ser tratada com infiltração local de toxina botulínica. Saiba aqui, mais sobre o Blefaroespasmo: Suas causas, sintomas e tratamentos.
Outros tipos de distonia que podem beneficiar com este tratamento são a distonia cervical (torticolis espasmódica) e certas distonias de membros ocupacionais (câimbras do escritor). O benefício terapêutico no caso da distonia oromandibular e laríngea é geralmente mais discreto.
Outros distúrbios neurológicos que podem ser tratados com infiltração local de toxina botulínica são o espasmo hemifacial, certos tremores e rigidez ou espasticidade após um derrame, por exemplo.
A primeira aplicação clínica da infiltração local de toxina botulínica foi realizada em 1977 como tratamento corretivo do estrabismo, uma patologia oftálmica caracterizada pela hiperatividade dos músculos responsáveis pela mobilização do globo ocular. Desde então, o seu uso se estendeu não apenas na área médica, mas também em outras áreas, como a estética. (Fonte)
Quais são os efeitos colaterais
A infiltração local de toxina botulínica na distonia focal, especialmente no tratamento do blefarospasmo, torcicolo espasmódico e cãibra do escritor, é considerada um tratamento seguro e eficaz.
Fraqueza muscular excessiva é o efeito adverso mais comum que ocorre após o tratamento.
No caso do blefarospasmo, a fraqueza é manifestada pela queda às vezes completa das pálpebras superiores.
No caso da distonia cervical, dificuldade em engolir (disfagia), fraqueza do músculo cervical e dor local no momento da injeção são os efeitos colaterais mais frequentes.
A incidência de efeitos adversos relacionados à infiltração de toxina botulínica é dependente da dose. Em geral, esses efeitos colaterais são leves e transitórios e não limitam o desempenho de infiltrações sucessivas.
Dúvidas frequentes
Quais são as bactérias que produzem toxina botulínica?
A toxina botulínica do tipo A é uma proteína produzida por uma bactéria chamada Clostridium botulinum, que contém a mesma toxina que causa a doença grave e muitas vezes fatal da intoxicação alimentar chamada botulismo. (Fonte)
Como o botulismo se manifesta?
Os sinais e sintomas do botulismo de origem alimentar podem incluir: Dificuldade em engolir ou falar; Boca seca; Fraqueza facial em ambos os lados do rosto; Visão turva ou dupla; Queda das pálpebras; Problemas para respirar; Náusea, vômito e cólicas abdominais; Paralisia. (Fonte)
Quando inicia e quanto tempo dura o efeito da toxina?
O efeito da toxina botulínica começa aproximadamente 1 a 3 dias após a aplicação inicial e atinge seu efeito máximo após 10 dias. Em geral, o efeito dura em média 5 meses. É importante que o tratamento não seja repetido com menos frequência do que a cada três meses.
Qual é o seu mecanismo de ação?
A toxina botulínica age localmente, bloqueando a liberação de acetilcolina, resultando em paralisia muscular temporária. O efeito farmacológico final é uma desnervação química temporária na junção neuromuscular sem produzir nenhum dano físico às estruturas nervosas. (Fonte)
Dermatologista - CRM: 46.608 / RQE: 32.368
O Dr. Daniel Seixas Dourado é Graduado em Medicina pela Universidade Severino Sombra – RJ – 2007. Para além disso possui:
- Especialização em Dermatologia: Hospital Eduardo de Meneses (FHEMIG) – 2009.
- Pós-Graduação Lato-Sensu em Medicina e Cirurgia Aplicada a Estética: CEMEPE – Belo Horizonte – 2010.
- Título de especialista em Dermatologia: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela associação médica brasileira – AMB.
- Especialização em cirurgia da restauração capilar: Facultè de médecine Pierre et Marie de Curie de Paris / France – 2014.
- É membro titular da sociedade brasileira de dermatologia – SBD.
- Membro titular da sociedade brasileira de cirurgia Dermatológica (SBCD).
- Membro da associação brasileira de cirurgia e restauração capilar- ABCRC.
Endereço: Rua Bernardo Guimarães, 2717, sala 903 - Santo Agostinho, Belo Horizonte – MG
Email: atendimento@drdanieldourado.com.br
Telefone: (31) 9 9446 2446
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- Sociedade Brasileira de Dermatologia
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/toxina-botulinica-tipo-a/13/
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