A Alopecia areata, tal como a Academia Americana de Dermatologia indica é uma doença em que o sistema imune ataca os folículos capilares, causando perda desigual ou completa dos cabelos.
Apesar de existirem inúmeras opções de tratamento, a sua melhor e mais simples aposta é utilizar tratamentos caseiros. Tais opções incluem:
- Suco de cebolas e alho;
- Óleo de alecrim,
- óleo essencial de lavanda;
- óleo de amêndoas;
- óleo de mostarda;
- óleo de coco;
- Leite de coco;
- Mel;
- Folhas de ginkgo biloba;
- Raiz de regaliz ou alcaçuz;
- Entre outros.
Opte por reduzir o estresse e apanhar sol regularmente para prevenir maiores danos no cabelo.
A Alopecia areata, é uma doença que faz com que seu sistema imune ataque os folículos capilares, levando à perda de cabelo severa.
A calvície, total ou parcial, pode acontecer em qualquer local do corpo onde exista cabelo, mas é mais proeminente no escalpo.
Por mais que o cabelo cresça novamente no local onde caiu anteriormente, o afinamento e perda podem começar em outras áreas do corpo.
Uma vez que a perda de cabelo pode ser temporária ou permanente, torna-se arriscado não realizar nenhum tratamento. Mas, vamos conhecer melhor a patologia.
O que é e quais os Sintomas mais comuns
Trata-se de uma doença auto-imune em que o nosso próprio sistema imunológico ataca as células presentes nos folículos pilosos, levando assim à perda de cabelo.
A palavra Alopecia significa “calvície”, em latim, e Areata significa “em manchas.” O nome explica perfeitamente que a doença resulta em pequenas manchas de calvície em todo o couro cabeludo e outras partes do rosto e do corpo.
A quantidade de cabelo perdido varia em cada pessoa. Algumas pessoas desenvolvem apenas pequenas falhas de cabelo em forma redonda, que é o mais comum. No entanto, outras experimentam uma perda de cabelo mais extensa ou mesmo total.
Os sintomas mais comuns da doença incluem:
A perda de cabelo: O local mais comum para esta perda de cabelo é o couro cabeludo. Mas por vezes esta perda estende-se a outros locais do corpo, como a barba, sobrancelhas e cílios.
Alguns estudos mostram que quando a pessoa desenvolve estes sintomas mais cedo, significa que a longo prazo essa queda normalmente torna-se mais acentuada e grave. Principalmente se a perda de cabelo começou nos primeiros 20 anos de vida.
No entanto, o curso da doença pode ser imprevisível.
O Cabelo normalmente volta a crescer espontaneamente em 80 por cento dos casos no primeiro ano. Mas existem recaídas súbitas que podem ocorrer a qualquer momento.
A alopecia areata pode converter-se em dois outros tipos de alopecia. Esta situação ocorre em cerca de 7 por cento dos pacientes com o problema.
Estes dois tipos de alopecia incluem:
Alopecia Totalis – perda de cabelo em todo o couro cabeludo (ocorre em cerca de 5 por cento dos casos)
Alopecia Universalis – perda total de cabelo (ocorre em cerca de 5 por cento dos casos), em todo o couro cabeludo, rosto e corpo, incluindo áreas como as sobrancelhas, cílios, braços, pernas e pêlos pubianos.
Alterações das unhas: As pesquisas mostram que ocorrem alterações nas unhas em dez a 38 por cento dos pacientes com a doença.
A gravidade destas mudanças corresponde com a extensão da perda de cabelo.
Algumas mudanças comuns incluem deformações nas unhas, que podem ficar estriadas, ásperas, paracendo que foram lixadas.
O início da doença geralmente começa quando uma pessoa está entre os 20 e os 40 anos de idade. Mas os sintomas podem ocorrer em qualquer idade.
Alguns estudos mostram que, em cerca de 82 a 88 por cento dos casos, os pacientes experimentam o seu primeiro aparecimento com 40 anos de idade.
40% dos pacientes desenvolvem sintomas a partir dos 20 anos.
As pessoas com alopecia areata também estão em risco de desenvolver outras patologias, tais como, ansiedade e depressão, doença da tiróide (incluindo doença de Hashimoto), vitiligo, atopia (uma resposta imunitária aumentada a alérgenos comuns, o que pode levar a doenças como a asma e eczema), lúpus, psoríase, doença inflamatória intestinal, artrite reumatóide e outras doenças auto-imunes.
Os estudos mostram também que entre os pacientes com a doença, 38 a 39 por cento deles desenvolvem sinais de depressão e 39 a 62 por cento desenvolvem transtorno de ansiedade generalizada.
Estes transtornos psiquiátricos podem desenvolver-se antes ou depois do início dos sintomas da doença.
Além disso, a pesquisa mostra que os eventos estressantes ocorrem antes do início da doença em cerca de 10 por cento dos adultos e em 10 a 80% das crianças com a doença.
Causas e Fatores de Risco
Na alopecia areata, as células brancas do sangue – que supostamente só deviam proteger o nosso corpo contra invasores externos, como vírus e bactérias – atacam as células dos folículos pilosos.
Como resultado disso, os folículos pilosos tornam-se mais pequenos e dá-se então a redução na produção de cabelo.
Genética: Os cientistas acreditam que a combinação dos genes pode predispor a pessoa a desenvolver o problema. Mas ao contrário de algumas doenças genéticas, é improvável que uma criança herde todos os genes necessários que a predisponham à doença auto-imune.
De acordo com uma revisão publicada pelo Cosmetic and Investigational Dermatology em 2015, onde os pesquisadores coletaram dados de todos os estudos publicados num período de 51 anos associados à doença, apenas 8,6% dos pacientes com alopecia areata relataram histórico familiar da doença.
Fatores Ambientais: Alguns dos fatores ambientais que podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença incluem, infecções virais, estresse psicológico e trauma.
Os cientistas acreditam que os fatores ambientais perpetuam na resposta inflamatória que interage com os folículos capilares e aumenta a resposta imune do corpo.
Essa interação desencadeia os processos que levam à perda de cabelo. Para explicar isso melhor, os cientistas apontam para o ciclo sazonal da doença e o aumento das recaídas no início da primavera, que é quando existe um aumento de infecções virais.
A investigação mostra também que as pessoas que têm um membro da família com outras doenças auto-imunes, como artrite reumatóide, diabetes tipo-1, lúpus, doença da tiróide ou doença de Addison, têm um risco aumentado de desenvolver a doença.
Medicamentos e Tratamento médico
Atualmente não existe cura para a doença. O cabelo geralmente volta a crescer por conta própria. Os tratamentos apenas aceleram o crescimento do cabelo e evitam a remissão. De acordo com a Academia Americana de Dermatologia os tratamentos convencionais mais comuns incluem:
Corticosteróides
Na primeira opção, o médico injeta corticosteróides tópicos, injetados localmente ou de forma sistêmica, para reduzir a inflamação e promover o crescimento do cabelo.
O procedimento necessita ser repetido a cada quatro a seis semanas e não impede a ocorrência de uma nova perda de cabelo.
Este tratamento só é administrado para ajudar o cabelo a crescer nas áreas calvas. Um dos efeitos colaterais das injeções de corticosteróides é que ele podem deixar depressões na pele após um tratamento.
Outros efeitos colaterais incluem dores de estômago, clareamento da cor da pele onde foi administrada a injecção, e inflamação no local da injeção.
Minoxidil
O Minoxidil é um fármaco encontrado em alguns produtos para queda capilar, como o exemplo do Rogaine). Trata-se de um medicamento usado para favorecer o crescimento do cabelo.
É aplicado topicamente em adultos e crianças, em todas as áreas onde existam falhas, seja no couro cabeludo, rosto ou corpo.
O Minoxidil é normalmente combinado com outras terapias, e não é eficaz na perda de cabelo muito acentuada.
Ditranol (antralina)
O Ditranol ou antralina é utilizada para alterar a função imunológica da pele. É aplicado topicamente durante 20 a 60 minutos e lavado de seguida.
O Creme Antralina é usado para ajudar o cabelo a crescer em áreas calvas. Mas, pode irritar a pele e até mesmo causar a descoloração da testa e da pele temporariamente.
Difenciprona
A Difenciprona é aplicada topicamente nas áreas afetadas, a fim de estimular o sistema imunológico.
Provoca uma reacção alérgica moderada, enviando desta forma células brancas para a superfície das áreas calvas.
Espera-se com isto que, este combate à inflamação no local das áreas afetadas, estimule os folículos pilosos a cabelos crescerem. Este tipo de “imunoterapia” é usada para tratar os casos mais graves da doença, incluindo a alopecia totalis e a alopecia universalis.
Imunossupressores
Os imunossupressores, como o metotrexato e a ciclosporina, bloqueiam a resposta imune que está a causar a perda dos fios.
Num estudo realizado em 2014 para avaliar a eficácia do metotrexato na alopecia areata, os investigadores verificaram um crescimento capilar superior a 50% em 67% dos pacientes.
Alguns efeitos colaterais da toma de drogas imunossupressoras como o metotrexato incluem, náuseas, diarreia, feridas, pele pálida e cansaço.
Tratamentos Caseiros
Uma das melhores opções para curar o problema, provavelmente são os tratamentos naturais, nos quais se utilizam ingredientes e remédios caseiros.
De seguida enumeramos 21 curas naturais comprovadas que promovem o crescimento capilar e outras soluções com as quais poderá tentar resolver o problema:
Cebola
As cebolas são vegetais incríveis que podem tornar qualquer prato muito mais saboroso! Mas, ainda existem muitas outras razões pelas quais você deve tê-las em sua despensa.
Uma delas é que as cebolas promovem o crescimento capilar em pacientes com alopecia areata. Por conterem grande quantidade de enxofre, além de serem antissépticas, as cebolas melhoram a circulação sanguínea no escalpo, o que ajuda a prevenir qualquer tipo de infecção que causa a perda de cabelo. (1)
Como usar: esmague/triture/liquidifique uma cebola para obter o suco. Aplique o líquido no couro cabeludo. Deixe descansar por 15 minutos, lavando com shampoo e água morna na sequência.
Alternativamente pode esfregar a casca de cebola nas áreas afetadas. Lembre-se de deixar o cabelo secar naturalmente, sem usar o secador.
Óleo essencial de lavanda
Este óleo essencial calmante é de fato extraordinário, apesar de ser frequentemente utilizado para reduzir o estresse, ansiedade, depressão, e melhorar o bem estar, ele oferece muito mais benefícios!
O óleo de lavanda é um excelente remédio caseiro para tratar a perda de cabelo causada pela alopecia areata.
Estudos realizados mostram que os compostos dos óleos essenciais que contêm lavanda fortalecem os folículos capilares e induzem o crescimento de cabelo. (2)
Como usar: Misture óleo de lavanda com um óleo carreador/transportador como o de amêndoas ou coco e aplique.
Alternativamente, misture o óleo com, tomilho, cedro e alecrim, usando sempre um óleo carreador, que pode ser o óleo de semente de uva ou jojoba.
Óleo essencial de alecrim
O alecrim é outro ótimo óleo essencial para tratar a alopecia areata. Um estudo comparou a efetividade do alecrim em tratar a doença contra o medicamento comumente prescrito para a condição, o minoxidil.
Apesar de ambos estimularem o crescimento dos cabelos de forma equivalente, o alecrim não causou tanta coceira quanto o minoxidil. (3)
O óleo essencial de alecrim também funciona bem juntamente com outros óleos e misturas de aromaterapia para auxiliar no tratamento da enfermidade.
Como usar: Misture o óleo de alecrim a um óleo carreador ou faça uma mistura e massageie-a diretamente no escalpo. Alternativamente, ferva e coe as folhas de alecrim em água e lave seus cabelos com o líquido.
Alho
O alho, assim como a cebola, nutre o cabelo e também adiciona sabor à culinária. Este vegetal rico em enxofre é um dos melhores remédios naturais para tratar esta doença autoimune. (4)
Ele acelera o crescimento capilar e previne a queda ao melhorar a produção de colágeno.
Como usar: Esmague alguns dentes de alho e esprema-os para obter o suco. Misture o resultado com algumas colheres de óleo de coco e amorne por alguns minutos no fogo.
Tire do calor e deixe esfriar, aplicando posteriormente no escalpo e massageando levemente. Lave com água fria depois de 30 minutos.
Sementes de feno-grego
A síntese de dihidrotestosterona (DHT) é uma das maiores causas de perda de cabelo. O feno-grego é um poderoso bloqueador dessa síntese, além de encorajador do crescimento capilar.
Este tratamento caseiro é especialmente eficaz àqueles que sofrem de alopecia androgenética. (5) (6)
Como usar: Mergulhe as sementes de feno-grego na água e deixe durante a noite.
Moa-as com água no dia seguinte, criando uma pasta. Aplique o resultado no escalpo, deixando por meia hora. Lave com shampoo na sequência.
Chá verde
Este método de tratamento é muito simples e compreende apenas o seguinte: faça um pouco de chá verde, beba um pouco e reserve o resto para aplicar no couro cabeludo.
O chá verde é um poderoso antioxidante e contém polifenóis, o que fortalece os folículos capilares, previne infecções e regenera as células saudáveis do couro cabeludo. (7)
Como usar: Faça um pouco de chá verde e deixe-o esfriar. Mergulhe uma bola de algodão no líquido e aplique diretamente no couro cabeludo. Deixe descansar por uma hora, lavando após isso.
Hibisco
O hibisco da china, mimo-de-vênus, ou simplesmente hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), é um remédio floral para esta doença de pele com o potencial de aumentar o crescimento capilar e impedir a sua queda. (8 Documento PDF)
Também se acredita que essa planta previne as pontas duplas e deixa o cabelo extremamente lustroso.
Como usar: Misture algumas pétalas de hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) em óleo de dente de leão. Aplique o resultado diretamente no couro cabeludo. Lave depois de aproximadamente 15 minutos.
Óleo de amêndoas
Apesar de não existirem muitas pesquisas para suportar como o óleo de amêndoas pode contribuir ao cuidado dos cabelos, este óleo frequentemente aparece em produtos para acelerar o crescimento capilar.
Usar o óleo de amêndoas frequentemente reduzirá a caspa e as pontas duplas, o que consequentemente pode interromper a perda de cabelo causada pela doença autoimune.
Como usar: Aplique o óleo de amêndoas diretamente no cabelo, deixando atuar durante a noite. Pela manhã, lave com shampoo e água morna.
Mel
O mel puro e orgânico é um ingrediente frequentemente mencionado nos remédios caseiros da Ayurveda para tratar a queda de cabelo, e por uma boa razão: ele reduz infecções, o que por sua vez, evita a perda de cabelo relacionada.
Se utilizado por um longo período de tempo, pode interromper a perda de cabelo devida à alopecia areata para o resto da vida. (9)
Ou, também pode ser usado como medida complementar ao tratamento médico.
Como usar: Use apenas o mel ou misture-o em quantidades iguais de, coalhada, suco de limão ou suco de cebola, aplicando o resultado no couro cabeludo. Lave após aproximadamente 15 minutos.
Raiz de Alcaçuz
A raiz de regaliz ou alcaçuz, comumente utilizada como substância relaxante, também pode rejuvenescer o escalpo, acabar com a caspa e prevenir infecções que causam a perda de cabelo.
Tudo isso pode ajudar você a manter o seu precioso cabelo e torná-lo saudável enquanto combate a alopecia. Além disso, estudos realizados indicam que o extrato de raiz de alcaçuz demonstra promover o crescimento capilar, especialmente em mulheres. (10)
Como usar: pode usar a raiz de alcaçuz contra a alopecia areata de várias formas. Uma boa forma de o fazer é misturando o pó fino da raiz de alcaçuz com leite e açafrão.
Aplique o resultado da mistura ao couro cabeludo e deixe durante a noite. Lave pela manhã com água morna.
Óleo de mostarda
Apenas algumas colheres de óleo de mostarda podem evitar a calvície que ocorre devido ao problema. Este óleo facilmente encontrado em lojas de produtos naturais melhora taxa de crescimento, aumenta o volume e reduz a perda de cabelo.
Além disso, também funciona muito bem quando misturado com outros óleos como o de amêndoas ou coco.
Como usar: ferva o óleo de mostarda. Esmague algumas folhas de henna (Lawsonia inermis) e misture com o óleo. Deixe a mistura arrefecer, coe e aplique diretamente no couro cabeludo.
Folhas de Curry Indiano
As folhas do Curry Indiano, também conhecido como árvore-do-caril (Murraya koenigii) contêm uma quantia equilibrada de nutrientes que previnem a queda de cabelo, estimulando o recrescimento dos folículos capilares e ajudando a evitar o envelhecimento precoce dos cabelos. (11)
Consequentemente, as folhas do curry indiano são um ótimo tratamento natural complementar para a alopecia areata.
Como usar: Coloque de 5 a 6 folhas da árvore-do-caril em uma pequena panela com óleo de coco. Coloque a panela já com os ingredientes em um recipiente cheio de água quente.
Assim que o óleo tiver aquecido, você verá um certo resíduo preto nele. Deixe a mistura esfriar e guarde em um recipiente hermético bem fechado.
Aplique a solução duas vezes por semana, deixando descansar durante a noite e lave pela manhã.
Ginkgo Biloba
A folha do Ginkgo Biloba é um remédio herbal que melhora a circulação no couro cabeludo e cria uma atmosfera saudável para o crescimento capilar.
A planta é frequentemente usada na aromaterapia para o tratamento desta patologia. (12)
Como usar: Pode tomar o ginkgo biloba em forma de suplemento. Verifique a dosagem correta com o seu médico.
Leite de coco
O leite de coco é um remédio de fácil uso para o tratamento desta disfunção orgânica, sendo uma das melhores opções para massagear o couro capilar.
Fazer isso estimula os folículos capilares e acelera o crescimento do cabelo.
Como usar: Apenas moa a polpa do coco e esprema o leite. Aplique o leite sobre o escalpo e massageie gentilmente para que ele entre na raiz.
Use shampoo suave para lavar após deixá-lo descansar por alguns minutos.
Óleo de coco
O óleo de coco é um dos ingredientes mais comuns nas fórmulas da Ayurveda, especialmente quando se trata da perda de cabelo.
A aplicação frequente do óleo de coco mantém o cabelo lustroso e saudável quando a pessoa sofre desta que é muitas vezes chamada de “peladeira”.
Ele pode até mesmo prevenir possíveis danos ao cabelo quando você o penteia. (13)
Como usar: Pegue num frasco de óleo de coco puro e orgânico e aplique diretamente no cabelo, deixando durante a noite. Pela manhã, lave com água fria.
Probióticos
Sabe-se que sistema digestivo controla o nosso sistema imunológico. É por isso que os probióticos podem ajudar a tratar uma série de doenças auto-imunes, incluindo esta.
Investigadores do Massachusetts Institute of Technology descobriram que alimentar ratinhos com as bactérias probióticas causou alterações benéficas no seu sistema tegumentário, resultando numa pele e cabelo mais saudável. (14)
Os Suplementos probióticos podem ser usados para melhorar o sistema imunológico de forma a que o nosso corpo não reaja de forma exagerada às ameaças percebidas e cause inflamação.
Nestes casos é prioritário comer alimentos probióticos diariamente, como kefir, kombucha, iogurte natural e vinagre de maçã.
Zinco
O Zinco pode atuar beneficamente no problema uma vez que ajuda a impulsionar o sistema imunológico e reparar o intestino, vitais para uma resposta imunitária normal.
Além disso, o zinco é um mineral necessário em muitas atividades funcionais dos folículos pilosos.
Um estudo realizado em 2016, publicada no International Journal of Dermatology, descobriu que os níveis séricos de zinco reduzidos são comuns em pacientes com a doença.
As pesquisas sugerem que asuplementação de zinco pode proporcionar um benefício terapêutico, especialmente em pacientes com deficiência de zinco.
Incluir alimentos ricos em zinco na sua dieta tais como, sementes de abóbora, carne de carneiro biológica, grão de bico, caju, iogurte e espinafre, também pode ajudar. (15)
Quercetina
A quercetina é um tipo de antioxidante flavonóide conhecido pela sua capacidade em reduzir a inflamação e combater os danos desencadeados pelos radicais livres.
É um antioxidante com fortes efeitos sobre a imunidade e funciona para regular, ou suprimir, as vias inflamatórias. Dai ser muitas vezes é usado para tratar sintomas relacionados com doenças auto-imunes.
Um estudo de laboratório realizado em 2012 em ratos, descobriu que a quercetina é eficaz na estimulação do crescimento do cabelo, quando comparada com injecções de placebo.
Os cientistas acreditam ser devido às propriedades anti-inflamatórias da quercetina. (16)
Os Suplementos e cremes de quercetina estão disponíveis em lojas de produtos naturais. Certifique-se de comprar uma marca de qualidade e certifique-se de que a quercetina é o ingrediente principal.
Ginseng
O Ginseng (Panax ginseng) é talvez a planta mais utilizada na Medicina Traticional Chinesa, uma vez que contém vários compostos farmacológicos.
A planta age na redução da inflamação e no aumento da função imunológica, o que ajuda o organismo a manter a homeostase imune.
Um estudo realizado em 2012 na Coreia pelo University College of Medicine descobriu que o Ginseng Vermelho Coreano serve como um tratamento eficaz para a alopecia areata.
As pessoas que recebem injeções de corticosteróides podem usá-lo como tratamento complementar. (17)
Existem muitas formas e variedades de ginseng disponíveis atualmente, incluindo fórmulas em pó, cápsulas, e tablets, tanto para o ginseng asiático (Panax ginseng) como o americano (Panax quinquefolius).
Alimentos anti-inflamatórios
Um dos componentes mais importantes no tratamento natural de uma doença auto-imune, é ingerir alimentos ricos em nutrientes que irão trabalhar para reduzir a inflamação e permitir que o corpo se recupere rapidamente.
Evite todos os alimentos processados e açúcar. Em vez disso, comer faça uso de alimentos anti-inflamatórios, como os vegetais de folhas verdes, beterraba, brócolos, mirtilos, nozes, sementes, especiarias (especialmente cúrcuma e gengibre), salmão selvagem capturado, e óleo de coco.
Estes alimentos fornecem antioxidantes, minerais e ácidos gordos essenciais muito importantes ao nosso organismo.
É muito comum o paciente com alopecia areata ter deficiências nutricionais. Portanto, realize uma dieta bem equilibrada, com uma boa variedade de cores, a fim de se certificar que recebe as vitaminas e os minerais que precisa para estar bem.
Verifique com o seu médico se tem alguma deficiência nutricional. Se sim, tome medidas específicas para corrigir essa deficiência. (18)
Reduzir o stress
Para tratar a queda de cabelo associada ao problema, é importante reduzir os níveis de estresse e permitir que o corpo cure.
Existe uma série de apaziguadores de estresse que podem ajudar a estimular a circulação sanguínea e promover o crescimento capilar.
Estes “calmantes” incluem exercícios como, o yoga, meditação, e passar mais tempo ao ar livre.
Lidar com a perda de cabelo pode ser difícil emocionalmente, uma vez que com isso vem também a insegura sobre a sua aparência.
Cerque-se de amigos e familiares que lhe deem força durante estes tempos difíceis. E, conecte-se com outras pessoas que também estão a lidar com o problema.
Outros tratamentos caseiros recomendados
Além das 21 soluções naturais mencionadas anteriormente, existem outras mezinhas muitas vezes sugeridas como a cura para a queda de cabelos ocasionada por esta doença de pele.
Contudo, a maioria delas não possui evidência científica, ou mesmo uma prova substancial, necessitando de maior pesquisa sobre os seus possíveis benefícios.
(1). Os ovos contém muitos nutrientes, incluindo enxofre, iodo e proteínas, o que pode acelerar o crescimento capilar.
Misture uma clara de ovo com uma colher de óleo de oliva (azeite). Aplique o resultado final no cabelo, deixe atuardurante 15 minutos e lave com shampoo.
(2). Acredita-se que a aveia inibe a queda de cabelo devido aos ácidos graxos ômega-3 presentes no cereal. Ingerir aveia pelo menos uma vez por dia pode prover os nutrientes que supostamente fazem bem ao seu cabelo.
(3). O limão é muitas vezes utilizado para reduzir a caspa por um curto período de tempo e, desta forma, acredita-se que ele induz o crescimento de cabelo no caso de alopecia areata.
(4). O gel de aloe vera é frequentemente recomendado para aplicação no escalpo no tratamento de perda de cabelo.
(5). As frutas e os vegetais ricos em vitamina C podem ajudar a proteger o cabelo de danos.
(6). O cardo mariano ou cardo-leiteiro (Silybum marianum), uma flor maravilhosa, é tida como desintoxicante e pode prevenir a queda dos fios, bem como os danos que possam ocorrer no cabelo.
(7). A canela contém propriedades nutricionais e anticaspa que promovem o crescimento capilar. Faça uma pasta com canela em pó e água e aplique ao cabelo. (14)
(8). Os vegetais ricos em silício podem melhorar a qualidade dos cabelos, além de reduzir o risco da doença. Dentre esses vegetais, temos o pepino, a batata e as pimentas, que podem ser massageados nas áreas afetadas pela condição.
(9). Acredita-se que a banana pode reduzir a perda de cabelo em pacientes com a doença. Pode deliciar-se com uma vitamina (batido) de banana, feita com mel e leite.
Apesar da alopecia areata ser causada pelo sistema imune, existem outros fatores, como o estresse e a deficiência de vitamina D que podem contribuir para o problema.
Então, realize atividades que ajudem você a aliviar o estresse (como hobbies e meditação), faça exercícios regularmente e se certifique de estar consumindo vitamina D o bastante (ou apanhar sol).
Saia ao sol e seja mais ativo, não deixe que essas falhas de cabelo te desanime!
Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653
A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).
Formação Acadêmica
- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.
Também pode encontrar a Drª Raquel no Linkedin, Facebook e Youtube
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