Assim como existe um termo técnico – tricoptilose – para descrever as pontas duplas nos cabelos, os nós que surgem nos fios são chamados de triconodose.
Desse modo, quando os cabelos se tornam indóceis, impossibilitando ao máximo a escovação, eles estão com triconodose.
Fatores que causam a triconodose
Os principais fatores que levam à triconodose são a ausência de hidratação adequada administrada sobre os fios e a falta dos nutrientes necessários para a manutenção da boa saúde dos cabelos.
Durante o banho, o hábito automático de lavar os cabelos através de movimentos circulares também ajuda a desenvolver a triconodose.
Os especialistas alertam que a quantidade de círculos efetuada é diretamente proporcional ao volume de fios que ficam embaraçados, condição ideal para a formação dos temidos nós.
Quando isso acontece, pentear os cabelos se torna uma tarefa árdua.
A elevada incidência de raios ultravioleta sobre os fios também contribui bastante para agravar o problema, circunstância que se torna ainda pior se houver contato dos cabelos com a água da piscina.
Tudo isso provoca determinadas reações químicas nos fios, deixando-os debilitados e mais predispostos a apresentarem nós.
Naturalmente, o uso exacerbado de produtos químicos sem períodos nos quais os cabelos possam “respirar” também criam condições propícias ao desenvolvimento dos nós.
Dentre os produtos que encabeçam a lista dos mais nocivos aos cabelos estão todos aqueles envolvidos nos processos de descoloração, coloração, relaxamentos, e alisamentos. Manter os cabelos bem hidratados não deve servir de motivo para exagerar na aplicação de produtos químicos.
Outro fator que pode ocasionar a triconodose e que merece menção é a utilização indiscriminada de aparelhos desenvolvidos para os cabelos, principalmente a chapinha, o secador, e o babyliss.
Ainda sobre este ponto, deve-se observar que o ato de aplicar chapinha sem pentear corretamente os fios apenas piora o quadro da triconodose.
Classificações da triconodose
De acordo com a origem, a triconodose recebe duas classificações:
Mecânicas
Dentre as causas mecânicas que provocam a triconodose estão:
- O hábito de prender constantemente os fios com elásticos ou apetrechos equivalentes
- Deixar de escovar ou pentear os cabelos todos os dias, ou fazê-lo com força desmedida
- Lavar ou secar os fios com excesso de movimentos circulares
- Deitar com os cabelos molhados, ou prendê-los quando ainda estiverem úmidos
- Lavar os cabelos sem utilizar condicionador
Físicas e químicas
Dentre os fatores físicos e químicos que produzem a triconodose estão:
- Uso de produtos repletos de corantes, sal, ou que contenha pH alcalino
- Não respeitar o intervalo necessário para repetir determinado tratamento capilar (a escova progressiva, que deve ser realizada, em média, a cada seis meses é um bom exemplo)
- Contato excessivo dos fios com água marinha ou de piscina
- Utilização diária de determinados aparelhos que incidam altas temperaturas sobre os fios, como chapinha, babyliss, e secador
- Realização de muitos tratamentos de alisamento
- Uso constante de xampus dotados de elevadas concentrações de detergente
Tratamento indicado para triconodose
Para controlar a triconodose é recomendado a aplicação de uma máscara de hidratação.
Em seguida, deve-se pentear os fios com a ajuda de um pente de cerdas extensas enquanto os cabelos ainda estiverem molhados.
Outro método para amenizar os nós é a adoção de óleo, ou sérum, sobre os fios, penteando-os na sequência com um pente talhado em madeira e composto por cerdas amplas.
Utilizar creme próprio para pentear também produz um bom efeito no gerenciamento da triconodose.
No entanto, conforme sugerido anteriormente, além da qualidade do creme e dos compostos presentes na fórmula, é preciso atenção ao modelo de pente a ser usado – o material mais recomendado é a madeira, e as cerdas devem ser bem largas.
Uma alternativa ao creme, sérum, e óleo, todos desenvolvidos para pentear, alguns fabricantes têm investido em um leite criado especificamente para atingir o mesmo objetivo: facilitar o ato de pentear.
Como prevenir a triconodose
Para evitar o surgimento da triconodose é fundamental que os fios sempre estejam bem hidratados.
Uma das melhores maneiras para alcançar esse resultado é utilizar uma máscara de hidratação semanalmente.
Na hora de tomar banho, prefira não exceder na temperatura da água. Observe-se que o cuidado se refere aos dois extremos, ou seja, temperaturas muito baixas ou muito altas.
Em se tratando da triconodose, tanto a água gelada quanto a água excessivamente quente favorecem o desenvolvimento dos nós.
Dentre os cuidados extras para evitar a triconodose estão o uso moderado do secador de cabelos, babyliss, e chapinha, além do hábito de aplicar um óleo reparador de pontas todos os dias, uma vez que as pontas duplas (tricoptilose) ficam mais propensas a se entrelaçarem e criarem nós.
Dermatologista - CRM-SP 195965 / RQE 73850
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O Dr. Pedro Secchin é Graduado em Medicina pela Universidade Gama Filho (UGF) – 2011. É Mestrado em Medicina pela Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Além disso o Dr. também possui:
- Especialização em Dermatologia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ) - 2018.
- Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).
- É membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Endereço: Rua Inglês de Sousa, 449. CEP: 01546-010 - Jardim da Glória São Paulo - São Paulo Telefone: (11) 4301-9931
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