Uretrite não Gonocócica

Revisão Clínica: Reinaldo Rodrigues (Enfermeiro - Coren nº 491692). Atualizado: 09/09/24

Informação sobre a uretrite não gonocócica também designada como uretrite não específica nos Homens (infecção no pénis):

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A uretrite é uma infecção da uretra. A uretra é o tubo que transporta a urina desde a bexiga até à cabeça do pénis. A bexiga é o órgão em balão no qual se faz a retenção da urina.

O facto de ser “não específica” significa que a sua origem é desconhecida. A uretrite é muitas vezes disseminada através do contacto sexual sem qualquer tipo de protecção com uma pessoa que tenha a doença.

O sexo é considerado como sendo sem protecção quando não é utilizado um preservativo de látex. É possível apanhar esta doença mais do que uma vez.

Causas

A uretrite é muitas vezes provocada por germes designados como bactérias, ou vírus.

A infecção costuma ser provocada por vários tipos de bactérias: (Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Candida albicans, Gardnerella vaginalis, Trichomonas vaginalis etc.

As lesões ocorridas na uretra provocadas por traumas, cirurgia ou químicos também poderão provocar a uretrite.

A utilização de sais de banho com grande frequência ou a utilização de gel de banho poderão provocar a irritação da uretra.

Uma infecção no tracto urinário (bexiga, uretra e rins) também pode estar na origem desta doença.

Sinais e sintomas

Poderá sentir dores ou ardor ao urinar. Poderá observar o corrimento de fluído manchado, esbranquiçado ou amarelo-esverdeado no pénis.

Poderá também sentir dores durante as relações sexuais. Os homens com idade superior a 50 anos poderão gotejar urina do pénis.

Cuidados a ter

Não tenha relações sexuais antes de deixar de tomar todos os medicamentos. Pergunte ao médico quando será seguro voltar a ter relações sexuais.

Utilize sempre um preservativo de látex correctamente quando tiver relações sexuais. Evitará assim ficar novamente infectado com uretrite.

Use um preservativo novo após cada ejaculação. Não tenha relações sexuais (incluindo sexo oral) com pessoas infectadas com uretrite.

Tratamento

Poderá necessitar de tomar antibióticos para matar as bactérias. Comunique à(ao) sua(seu) parceira(o) sexual que sofre de uretrite.

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Qualquer pessoa com a qual mantenha relações sexuais deverá também ser tratada. Utilize sempre um preservativo de látex durante a relação sexual para evitar contagiar a(o) sua (seu) parceira(o) com esta ou outras doenças sexualmente transmissíveis.

Uretrite não gonocócica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis(infecção causada por bactéria transmissível em relações sexuais):

A Chlamydia trachomatis é uma bactéria que causa uma infecção dos órgãos sexuais, transmissível durante as relações sexuais.

É muito importante que a infecção seja tratada numa fase inicial, sendo necessárias duas semanas de tratamento para erradicação da Chlamydia trachomatis.

Porém, se não for tratada, a Chlamydia pode infectar os órgãos genitais profundos e vir a provocar graves problemas.

Nas mulheres, por exemplo, a infecção pode atingir o útero e as trompas de falópio, provocando danos responsáveis por posterior dificuldade de engravidar.

Causas

Esta infecção é provocada por uma bactéria. É transmitida através do sexo vaginal, oral (boca) ou anal (ânus). As mulheres grávidas que estejam infectadas por Chlamydia podem transmitir a infecção ao recém-nascido.

A probabilidade de infecção por Chlamydia é maior na presença de outras doenças de transmissão sexual, como por exemplo a gonorreia.

A probabilidade de infecção é também maior se houver relações sexuais com múltiplos parceiros.

Sinais e sintomas

  1. Muitas vezes, a pessoa não sabe que está infectada porque não tem queixas, mas pode transmitir a infecção ao seu parceiro sexual. A seguir estão descritos alguns dos possíveis sintomas:
  2. Uma mulher poderá ter rubor, coceira ou corrimento da vagina. Outros sinais nas mulheres poderão ser micções dolorosas, dores durante as relações sexuais, dores abdominais ou febre
  3. Os homens têm sintomas com maior frequência. Um homem pode ter rubor, comichão ou corrimento do pénis.
  4. Poderão também ter dores durante a micção ou febre.
  5. Poderá haver corrimento pelo ânus, no caso da prática de sexo anal.

Diagnóstico

Recolhe-se uma amostra do corrimento genital para ser examinada. O diagnóstico faz-se através do uso de testes de diagnóstico rápido, que demonstram a presença de Chlamydia trachomatis nas secreções genitais.

De forma indirecta, a observação microscópica do corrimento permite identificar pús. É também possível pesquisar anticorpos no sangue, que confirmam o contacto com a bactéria.

Prevenção e Cuidados a ter

A utilização de preservativo durante as relações sexuais previne esta e outras infecções de transmissão sexual.

Riscos e Complicações

As complicações são devidas à disseminação da bactéria para os órgãos genitais mais profundos, causando infecções graves como doença inflamatória pélvica na mulher ou orquite (infecção do testículo) no homem.

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A Chlamydia pode também desencadear uma reacção inflamatória generalizada (tipo reumática), designada por doença de Reiter. Os recém-nascidos de mulheres infectadas podem sofrer de conjuntivite ou pneumonia.

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Tratamento

A infecção trata-se com antibiótico. O(s) parceiro(s) sexual(is) deve(m) ser também observado(s) e tratado(s), caso contrário poderá voltar a haver infecção.

Não se devem ter relações sexuais enquanto os respectivos tratamentos não estiverem terminados. No caso de gravidez, o médico deve ser avisado.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Reinaldo Rodrigues (Enfermeiro - Coren nº 491692)

Enfermeiro - Coren nº 491692

O Reinaldo Rodrigues formou-se em agosto de 2016, pela Universidade Padre Anchieta, em Jundiai. Fez curso de especialização em APH (Atendimento Pré-Hospitalar), pela escola 22Brasil Treinamentos, em Barueri, curso de 200 horas práticas, com foco em acidentes de trânsito.

Trabalha como Cuidador de Idosos há 5 anos, e possui experiência em aspiração de vias aéreas, banho de aspersão, curativos, tratamento e prevenção de Lesão por Pressão, gerenciamento de Equipe de cuidadores com elaboração de escalas. Treinamento e acompanhamento de cuidadores nas casas dos pacientes.

Também pode encontrar o Reinaldo no Linkedin.

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    Última atualização da página em 09/09/24