Urina Espumosa e Proteinúria

Revisão Clínica: Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653). Atualizado: 09/09/24

Além das alterações na coloração, a urina também pode apresentar excesso de espuma, o que pode igualmente ser forte indício de que os rins estão doentes.

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Geralmente, quando a urina se torna demasiadamente espumosa é provável que o indivíduo esteja excretando grandes quantidades de proteínas através da urina.

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Urina Espumosa e Proteinúria

 

O que é proteinúria

Proteinúria é a denominação concedida ao processo de excreção de proteínas por meio da urina.

Quando estão saudáveis, os rins têm como uma de suas principais atribuições liberar na urina todo o excesso de compostos aglutinados na corrente sanguínea, além de toda e qualquer substância considerada tóxica ao organismo, ou ainda aquelas que não cumpra um papel relevante e possam ser descartadas.

As proteínas jamais devem ser incluídas nesse procedimento, mas tal evento pode ocorrer. Ao ser identificada a proteinúria, isso significa que os chamados glomérulos (parte dos rins incumbida de filtrar a corrente sanguínea) possuem alguma disfunção.

Desse modo, a distinção das substâncias que deveriam ser realmente eliminadas do sangue passa a ser executada de maneira deficitária.

Nessas circunstâncias, os glomérulos se tornam incapazes de preservar substâncias essenciais para o funcionamento do corpo, como as proteínas.

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Estabelecimento da proteinúria

A evidência mais marcante da proteinúria é o excesso de espuma presente na urina. A palavra “excesso” deve ser levada em consideração, uma vez que é perfeitamente normal que, ao urinar, ocorra a formação de espuma no vaso sanitário em decorrência do choque da urina com o líquido do vaso.

Além disso, vale a pena se atentar com relação à presença de aditivos químicos nos vasos, que também elevam a concentração de espuma ao urinar.

Já a proteinúria é caracterizada pela existência de uma espuma mais densa, comparável à exibida por um copo com chope, e que leva um tempo maior para se dissipar.

Com frequência, quem sofre de proteinúria percebe claramente que há um forte desvio do padrão do teor de espuma contida na urina.

Seja como for, a recomendação médica é para que todas as pessoas que desconfiarem do nível de espuma gerado pela urina realizem uma consulta com um profissional qualificado.

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Por meio de um exame de urina é possível detectar se, de fato, existe alguma parcela de proteínas no líquido excretor.

Este exame pode ser a análise de urina tipo 1, ou 2, o qual exige um pequeno volume do líquido para chegar a uma conclusão plausível.

Como estabelecer os níveis de proteinúria

A proteinúria pode apresentar diferentes patamares de concentração de proteína na urina. A determinação do nível atingido pelo problema é imprescindível para que o médico tenha noção sobre a deterioração dos rins.

Com isso, é possível estabelecer hipóteses de diagnóstico mais precisas, descobrindo assim qual é a verdadeira causa do mau funcionamento dos rins.

Como existem diversas doenças que podem levar à proteinúria, o processo de diagnóstico sempre deve ser conduzido com máxima cautela.

Quanto à excreção de proteínas através da urina, é normal que o total seja de, aproximadamente, 150 mg diários.

Contudo, também é mantida como critério a quantidade limite de 30 mg de albumina (excreção intitulada de albuminúria), variedade proteica mais presente na corrente sanguínea.

O restante do cálculo corresponde aos aminoácidos, e aos anticorpos (as imunoglobulinas).

Dessa forma, sempre que o organismo exibir índices de proteinúria superiores a 150 mg diários, ou de albuminúria acima dos 30 mg durante o mesmo período, significará que ele está perdendo proteínas em excesso.

É interessante observar que um critério não elimina o outro.

Em outras palavras, os casos de pacientes que apresentem perda de proteinúria inferiores a 150 mg diários, mas estejam perdendo uma concentração de albumina superior a 30 mg ao dia são igualmente problemáticos.

Para determinar os indicadores referentes à albuminúria e à proteinúria são utilizados dois exames: urina de 24 horas (processo no qual o paciente deve realizar várias coletas de urina dentro do período de 24 horas), e a análise da correlação existente entre os volumes de creatinina e de proteína na urina.

Existe uma grande parcela de médicos que tende a solicitar o exame de urina de 24 horas. Portanto, este exame é o mais comum quando o objetivo é descobrir a taxa de proteinúria.

No entanto, caso o tratamento seja conduzida por um nefrologista, profissional especializado em diagnosticar e trata problemas renais, o paciente pode passar por uma avaliação mais detalhada.

De qualquer modo, para ser diagnosticado de maneira inequívoca, o paciente deve ser submetido a mais de um exame e em dias distintos.

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Essa cautela se deve ao fato da proteinúria ser efêmera, podendo ocorrer em virtude de um estado febril, ou depois do corpo passar por um exigente treinamento físico.

Assim, faz-se necessário que o paciente realize diversos exames nos quais possam ser verificadas as mesmas (ou similares) condições clínicas com relação à quantidade de proteína que está sendo excretada através da urina.

Diferentes níveis de proteinúria

Conforme as análises realizadas na urina do paciente, é possível definir qual é o nível de proteinúria registrado e, consequentemente, qual é a gravidade do problema.

Na prática, quando a albumina estiver acima de 30 mg, mas não ultrapassar os 300 mg diários, é caracterizado o quadro de microalbuminúria.

Já considerando o total de proteínas excretadas, quando o índice superar 300 mg, mas ainda for inferior a 500 mg diários, o estágio do problema é denominado proteinúria discreta.

Acima de 500 mg, mas abaixo de 1000 mg diários, o grau de proteinúria é considerado leve.

Caso a quantidade de proteínas excretadas ultrapasse 1000 mg, mas limite-se a 3500 mg diárias, a proteinúria será tratada como moderada.

Finalmente, caso o total esteja acima de 3500 mg ao dia, a proteinúria é chamada de nefrótica, o estágio mais grave da doença.

Principais sintomas da proteinúria

De uma forma geral, as microalbuminúrias, e as proteinúrias classificadas como discretas tendem a ser assintomáticas.

Isso equivale a dizer que, na maioria dos casos, o paciente sequer nota qualquer discrepância quanto ao volume de espuma presente na urina.

Isso acontece porque esses dois estágios indicam que os rins possuem um dano mínimo. Para confirmar essa lesão o paciente precisa efetuar exames conduzidos por laboratórios.

Por outro lado, quando o nível de proteinúria ultrapassa os 1000 mg diários o indivíduo começa a manifestar alguns sinais.

Os primeiros sintomas costumam ser inchaço nos membros inferiores, e a típica urina com espuma em demasia. O inchaço é proporcional ao agravamento da proteinúria.

Nos quadros mais avançadobs, o indivíduo afetado pode começar a reter volumes exorbitantes de líquido, o que pode culminar no surgimento de inchaços em diversas regiões do corpo, como rosto, abdômen, pulmões, e braços.

Toda essa conjunção de características resulta na chamada síndrome nefrótica.

É importante ressaltar que, ao longo dos anos, a continuidade da proteinúria pode acarretar a insuficiência dos rins.

Principais causas da proteinúria

Os danos proporcionados aos glomérulos, que por sua vez provocam a proteinúria, pode ter várias origens. Dentre os fatores mais relevantes estão: câncer, hepatite, obesidade, sífilis, lúpus, hipertensão, AIDS, diabetes, reações medicamentosas quanto ao uso de anti-inflamatórios, e mieloma múltiplo.

De todos os fatores que levam à proteinúria, o diabetes ocupa o topo da lista. Por esse motivo, é fundamental que todos os indivíduos diabéticos realizem exames regulares da urina a fim de identificar qualquer tipo de anormalidade.

Caso seja detectada a microalbuminúria, ela passa a ser considerada a evidência inicial de nefropatia diabética, uma disfunção renal gerada em virtude da elevada concentração de glicose.

Urina com excesso de espuma – O que fazer?

Caso a urina permaneça extremamente espumosa de um dia para o outro, é de vital importância que o indivíduo realize uma consulta médica e efetue os exames laboratoriais solicitados.

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Se a proteinúria for constatada, a próxima etapa é a descoberta do fator motivador. A única certeza vale para os diabéticos, que já são propensos a apresentar algum nível de proteinúria.

Ressalte-se de que o nefrologista é o profissional mais indicado para conduzir os exames relacionados a qualquer complicação renal.

Afinal, em algumas situações é preciso efetuar uma biópsia dos rins antes de chegar a um diagnóstico fidedigno.

Tratamento para urina com excesso de espuma

Em alguns casos a proteinúria pode ser totalmente curada, mas a porcentagem de cura está associada ao fator responsável pela origem do problema.

Dessa forma, é possível deduzir, por exemplo, que os casos de proteinúria provocados em função da nefropatia diabética jamais possuem cura, uma vez que o a raiz do transtorno, o diabetes, é incurável.

Em circunstâncias como esta, o paciente pode apenas tentar manter os níveis de glicose na corrente sanguínea estáveis, evitando que a doença evolua.

Em contrapartida, caso a proteinúria seja incitada como consequência de alguma glomerulonefrite, tais como a nefropatia membranosa, glomerulosclerose segmentar e focal, ou a nefropatia por IgA, a probabilidade de cura plena é significativa.

Caso o paciente tenha desenvolvido o quadro de proteinúria em decorrência da existência do lúpus, também há algumas chances de reversão do problema.

Seja o que estiver causando a proteinúria, quem apresentar o problema deve manter a pressão arterial sob controle, e não consumir sal em excesso.

Em alguns casos, o médico pode receitar remédios com o fim de amenizar o grau de proteinúria.

Entre os principais medicamentos utilizados estão o lisinopril, enalapril, candesartana, losartan, valsartana, e ramipril.

Ao regular o nível de proteinúria é possível desacelerar a evolução dos danos provocados aos rins. Com isso, diminui-se o risco de falência renal ou a necessidade de efetuar hemodiálise.

Nota: Este conteúdo, desenvolvido com a colaboração de profissionais médicos licenciados e colaboradores externos, é de natureza geral e apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento médico. Este Conteúdo não pretende substituir o aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Consulte sempre o seu médico ou outro profissional de saúde qualificado sobre a sua condição, procedimento ou tratamento, seja um medicamento prescrito, de venda livre, vitamina, suplemento ou alternativa à base de ervas.
Autores
Drª Raquel Pires (Nutricionista - CRN-6 nº 23653)

Nutricionista Clínica - CRN-6 nº 23653

A Drª Raquel Pires é Nutricionista, Health Coach e Personal Diet, com grande experiência em atendimento em consultório e Idealizadora do Projeto ESD (Emagrecimento sem Dor).

Formação Acadêmica

- Graduada pela Universidade Santa Úrsula. - Pós Graduada em Nutrição Clínica. - Pós Graduada em Prescrição de Fitoterápicos e suplementação Nutricional Clínica e Esportiva. - Pós Graduada em Nutrição Aplicada ao Emagrecimento e Estética.

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Marcação de consultas 85-99992-2120

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    Última atualização da página em 09/09/24